“Unbroken” é o nono álbum da banda britânica de heavy metal Tokyo Blade, lançado em 2018, marcando a volta da banda depois de 7 anos.
Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco que ganhou edição nacional em 2022 via Hellion Records.
A banda Tokyo Blade é um dos nomes mais icônicos da New Wave of British Heavy Metal. Liderada pelo guitarrista Andy Boulton desde sua formação no final dos anos 1970, a banda marcou época com seu clássico primeiro álbum autointitulado de 1983, e com o segundo trabalho, o seminal “Night of the Blade”, lançado no ano seguinte.
Porém, “Blackhearts & Jaded Spades” (1985) marcou uma mudança na sonoridade que buscava espaço no comercial mercado fonográfico norte-americano. Não deu certo e o Tokyo Blade viu o fim de sua era clássica ainda naquele mesmo ano. Andy manteve o nome vivo, com uma série de álbuns que não mantinham a qualidade de antes, chegando a iniciar um hiato em 1991.
Desde então, o Tokyo Blade experimentou idas e vindas, tendo inclusive uma encarnação norte-americana depois que Andy Boulton deixou a formação de 2008-2009, liderada por Bryan Holland. Só em 2009, quando Andy Boulton decidiu reformular a banda que as coisas começaram a estabilizar novamente.
Em 2017 os fãs do Tokyo Blade puderam ver a formação clássica reunida novamente, quando o vocalista original Alan Marsh se juntou a Boulton e Steve Pierce, John Wiggins e Andy Wrighton. Esta reunião frutificou no seu nono álbum de estúdio, “Unbroken”, de 2018.
O disco abre com a poderosa “Devil’s Gonna Bring You Down”, uma faixa com ritmo envolvente que colocando o ouvinte no clima para o resgate da sonoridade clássica do Tokyo Blade que será desenvolvida também nas outras dez músicas.
Em “Bullet Made Of Stone”, a faixa seguinte, além do solo de guitarra tempestuoso e impressionante podemos constatar que o vocalista Alan Marsh ainda está em plena forma, entregando linhas dinâmicas e determinadas, esteticamente desenhadas com o vibrato tradicional dos melhores vocalistas da fase de ouro de NWOBHM.
E não pense que por isso “Unbroken” é um disco nostálgico, pois instrumentalmente eles mostram que estão contextualizados às formas atuais de se praticar o heavy metal clássico, algo evidente quando “Burn Down the Night” se apresentar, principalmente pelas linhas de baixo e pelos riffs pesados e sólidos com uma vibe Metallica bem evidente. Se bem que mais pro final do disco “My Kind of Heaven” trará à mente os velhos tempos da NWOBHM, pois esta música podia muito bem estar em “Tokyo Blade”, primeiro disco de 1983.
Voltando à sequência das faixas, “The Man In Black” e “No Time To Bed” trarão fortes e bem vindas influências do Thin Lizzy, de maneiras diferentes, com destaque à segunda pelo alívio melódico que ela traz ao álbum, sendo mais suave e dando um respiro para um repertório cheio de energia e determinado, que seguirá em alta velocidade já em “Dead Again” e permanecerá na interessante “Bad Blood”, que tem um “q” de Queen nas guitarras.
Mas se você quer o puro heavy metal de riffs incisivos e insinuantes, solos que compulsoriamente provoquem o air guitar e refrão que peça o punho erguido para ser entoado com força, como um hino, então “Black Water” é a faixa que você estava esperando. E por ter todos estes requisitos é um dos grandes momentos de “Unbroken” ao lado da belíssima “The Last Samurai”.
Confesso que não acompanhava a carreira do Tokyo Blade além dos seus ótimos três primeiros discos (sim, eu gosto de “Blackhearts & Jaded Spades” [1985]), mas este “Unbroken” não fica devendo em nada ao legado deixado pelo Tokyo Blade, mostrando que eles vão além de ser um ícone do passado, da NWOBHM, e podem entregar bons discos de heavy metal nos dias atuais. Agora é conferir os outros trabalhos da banda que deixei passar!
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