Praying Mantis – ” Katharsis” (2022) | Resenha

 

“Katharsis”, 12º álbum da banda britânica de melodic rock Praying Mantis, o terceiro com a mesma formação, pratica o mais do mesmo com muita competência, lembrando seus melhores momentos da carreira.

Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco que foi lançado no Brasil pela parceria entre os selos Frontiers Records e Shinigami Records.

"Katharsis", 12º álbum da banda britânica de hard rock melódico Praying Mantis, o terceiro com a mesma formação, pratica o mais do mesmo com muita competência, lembrando seus melhores momentos da carreira.

O Praying Mantis surgiu na cena inglesa do início da década de 1980, comandada pelo irmãos Troy, o guitarrista Tino e o baixista Chris, tendo se destacado com o ótimo álbum “Time Tells No Lies” (1981), pelo seu hard rock cheio de melodias e tangências AOR, mesmo que muitos se lembrem da banda como uma representante da New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM).

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Porém, a cena britânica tinham uma competição muito forte com várias bandas experimentando as instabilidades da vida na estrada numa época de intensa luta por espaço no mercado fonográfico, sendo que várias delas ficaram pelo caminho, como o próprio Praying Mantis, que foi dispensado pela sua gravadora à época, a Arista. Eles ainda assinariam com a Jet Records, mas como os dois próximos singles foram praticamente ignorados por público e crítica, desistiram da carreira musical.

Mesmo assim, eles conseguiram manter uma base fiel de fãs no Japão, responsável por apoiar a reformulação do Praying Mantis em 1990, que chegou a ter o vocalista Paul Di’Anno e o guitarrista Dennis Stratton, ambos ex-Iron Maiden, na formação por esta época.

Após este retorno lançaram uma sequência periódica de discos, sempre lutando com instabilidades na formação e desde o álbum de 2009, “Sanctuary”, os discos do Praying Mantis são editados pelo selo italiano Frontiers, não sendo diferente com “Katharsis”, seu mais recente trabalho de estúdio, que chega num momento histórico para a banda, pois este é seu período de maior estabilidade na formação.

Sendo “Katharsis” o terceiro disco com a mesma formação, podemos afirmar que o entrosamento entre o músicos contribuiu bastante para a coesão que ouvimos nestas onze faixas, onde o Praying Mantis se apresenta calibrando bem as melodias, sem soar meloso ou pomposo demais, com dramaticidade e ganchos bem administrados com feeling e atitude, numa produção que traz toda a organicidade da sonoridade original da banda à luz da modernidade.

O disco abre muito bem, pois as faixas “Cry for the Nations” (com progressões melódicas típicas do power metal) e “Closer to Heaven” (essa música vai pegar em cheio quem gosta de Survivor, Journey e Foreigner) chegam com determinação melódica que empolga, e mais no meio do trabalho “Masquerade” evidencia certa ousadia nos arranjos bem elaborados, chamando a atenção junto com “Long Time Coming”, que parece como uma fusão do Boston com o Bad Company; porém, o restante das composições se desdobram em clichês do AOR que deixa tudo meio parecido e previsível.

Não vou mentir, “Katharsis” não é nenhum tesouro manufaturado por este que é um dos pilares do AOR inglês, mas ainda assim é altamente divertido se você gosta de toda aquela sonoridade oitentista que pode ser oxigenada se impressa com a produção certa. O único momento de surpresa chega em “Wheels In Motion”, onde o baixista Chris Troy assume o microfone para entregar um vocal elegante e bem diferente do holandês Jaycee Cuijpers.

Quanto a performance da banda, não dá pra negar que os músicos dão o máximo de si. Os guitarristas Tino e Andy Burgess desfilam harmonias de muito bom gosto, apesar de abusarem dos clichês, enquanto o vocalista desenha suas linhas melódicas simples, mas com muito feeling e a seção rítmica cumpre seu papel sem ousadias, mas com precisão.

Mesmo com toda essa previsibilidade, posso afirmar que o o Praying Mantis pratica o mais do mesmo com muita competência, lembrando seus melhores momentos da carreira. Além disso, os pontos positivos fazem de “Katharsis” o seu melhor trabalho em estúdio desde o distante “Forever in Time”, de 1998!

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