Municipal Waste – “Electrified Brain” (2022) | Resenha

 

“Electrified Brain” é o sétimo álbum de estúdio da banda estadunidense de thrash metal e crossover, Municipal Waste, que entrega exatamente aquilo que se espera dela.

Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco lançado pela parceria entre os selos Nuclear Blast e Shinigami Records.

"Electrified Brain" é o sétimo álbum de estúdio da banda estadunidense de thrash metal/crossover Municipal Waste.

“Electrified Brain” chega cinco anos após “Slime And Punishment” (2017) com uma capa provocativa e promissora em comparação com a capa do álbum anterior. Musicalmente, pouco mudou neste ínterim e temos novamente quatorze pedradas cheias de energia, groove, peso e melodia como já é de costume no crossover/thrash metal desenvolvido pelo Municipal Waste.

Mas ninguém minimamente identificado com o som do Municipal Waste espera mudanças na musicalidade. Aliás, tudo o que seus fãs querem é a pratica consciente dos velhos hábitos musicais herdados de bandas como D.R.I., Suicidal Tendencies, Anthrax e Nuclear Assault, renovando os riffs cativantes e atualizando a energia do crossover para os tempos modernos, sem abandonar seus elementos básicos ou buscar as modernidades do heavy metal.

Tudo em “Electrified Brain” é sem excessos, direto e na cara como uma sequência de golpes instintivos, mas com qualidade para ser um dos melhores momentos da discografia do Municipal Waste. A dieta de harmonias de guitarra thrash metal, completada pelos gang vocals do hardcore e pelos refrãos lineares é frugal e sem ingredientes sofisticados.

Sendo bem sincero e nunca pejorativo, o Municipal Waste soa como uma versão “comédia pastelão” do crossover e do thrash metal, pois tudo aqui é cercado de um humor ácido, ora sarcástico, ora escrachado. Isso pode ser sentido até mesmo nos vocais extremamente agudos e nas estruturas por vezes “inocentes” demais. Mas funciona e diverte ao longo de sua meia hora de execução.

O álbum como um todo é bem genérico dentro daquilo que o Municipal Waste propõe, e não estamos querendo pedir que eles façam algo diferente de tocar o mais alto e mais rápido que conseguirem, pois esta sempre foi a premissa. Entretanto não há como negar que com isso várias faixas são um tanto repetitivas e previsíveis.

Com isso, temos um repertório linear e acima da média, com pontos de máximo em faixas como “High Speed ​​​​Steel”, “Demoralizer” (com suas guitarras gêmeas e riffs certeiros), “Grave Dive” (pelo ritmo envolvente e agressivo) e “Blood Vessel – Boat Jail” (uma composição interessante pela forma tardia e inesperada com que os vocais aparecem).

Outro ponto positivo vai para a produção de Arthur Rizk, cujo trabalho em estúdio conseguiu, pela primeira vez, capturar a energia que o Municipal Waste emana em seus shows, acabando por potencializar a musicalidade básica da banda neste “Electrified Brain”, que, de fato, é um disco um tanto previsível no geral.

Se você gosta do seu thrash metal energizado com uma boa dose de hardcore, daqueles para ouvir com empolgação, praticar a arte do mosh, exorcizar os demônios e depois voltar à vida normal sem ser afetado filosófica e artisticamente pela música, “Electrified Brain”, do Municipal Waste, é indicadíssimo. Caso contrário, pode deixar passar!

Ofertas de discos do Municipal Waste:

  1. Municipal Waste – Art Of Partying [Disco de Vinil]
  2. Municipal Waste – Electrified Brain [Disco de Vinil Colorido]
  3. Municipal Waste – Last Rager [Disco do Vinil]
  4. Municipal Waste – Slime And Punishment [CD Nacional]
  5. Municipal Waste – The Fatal Feast [Disco de Vinil]

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