LYRIA | SE7E PERGUNTAS
Para fãs de: Nightwish, Evanescence Within Temptation, Lacuna Coil, Epica
Até pouco tempo existia um pensamento quase que comum de que o rock nacional começou nos anos 1980.
Mas na verdade ele é um pouco mais antigo. O rock no Brasil teve início no Brasil no final da década de 1950, por nomes como Nora Ney, Cauby Peixoto, Celly Campelo, Sérgio Murillo, Wilson Miranda, Ronnie Cord e Demétrius.
As primeiras bandas de rock nacionais surgiram ainda neste período, em sua maioria com nomes em inglês: The Jordans (uma das melhores seguindo o estilo de The Shadows e The Ventures), The Clevers e The Pop’s são exemplos de formações pioneiras de um estilo que engatinhava a níveis mundiais.
Nem o Brasil escapou do sucesso dos Beatles e a beatlemania caiu com grande impacto no nosso recém-nascido rock n’ roll.
Inspirados na forte cena pop britânica, assistimos ao advento da Jovem Guarda, um movimento musical capitaneado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, mas que ainda foi o berçário de grandes nomes como Renato e seus Blue Caps, Os Incríveis, Os Vips, The Golden Boys e, indiretamente (como explicaremos mais tarde) Ronnie Von.
A maior banda do rock nacional foi centrada, em seu nascedouro, na trinca formada pelos irmãos Baptista, Arnaldo e Sérgio, aliados a Rita Lee. Esta primeira formação registrou, entre 1968 e 1972, cinco álbuns dignos de reverência e clássicos absolutos do rock nacional.
Podemos dizer que o rock nacional nasceu com as versões de canções americanas, aprendeu a caminhar com a Jovem Guarda e ganhou corpo com a Tropicália e os Mutantes.
A profissionalização era o próximo passo, que foi dado de imediato, com os shows ficando maiores e os discos com mais produção.
Os músicos também evoluíam e o destino destes representantes foi o rock progressivo, estilo que crescia muito ao norte de nossas fronteiras e do outro lado do Atlântico.
Após a saída de Rita Lee, os Mutantes a cada disco se mostravam mais inseridos na cena progressiva e junto ao Módulo 1000, deram os primeiros passos do Rock Progressivo Brasileiro.
Daí pra frente, o Brasil virou um verdadeiro celeiro de clássicos do rock progressivo e concomitantemente de Classic Rock, por bandas como Casa das Máquinas, O Terço, Som Nosso de Cada Dia, Vímana, Moto Perpétuo, O Peso, Made In Brazil, Bixo da Seda, A Bolha, Patrulha do Espaço e Santa Gang.
Nessa fase de ouro o rock nacional tinha como rei, Raul Seixas, e rainha, Rita Lee, numa época em os artistas misturavam as mais diversas vertentes da música brasileira com o rock.
Um dos grandes responsáveis por tal fusão foi o grupo Secos e Molhados. Mas ao lado dele estavam, o Clube da Esquina (de nomes como Milton Nascimento, Tavito, Lô Borges, ecom enorme influência para o 14 Bis), Quinteto Violado, Ave Sangria, Novos Baianos (de onde sairiam Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira), A Cor do Som, Almondegas, Sá Rodrix e Gurabira, Boca Livre, e Flaviola e o Bando do Sol.
Nessa época, Geraldo Azevedo, Alceu Valença e Zé Ramalho estavam mais para o rock do que a música popular brasileira, assim como a maioria dos nomes ligados à Tropicália.
À partir de 1979 as bandas com filosofia punk invadiram o rock nacional, principalmente no eixo Brasília-São Paulo, com grupos seminais como o Cólera, Olho Seco, Garotos Podres, AI5, Ratos de Porão (que ganhava vida no início dos ano 80 e se tornaria um dos maiores nomes do rock nacional de um modo geral).
Ao mesmo tempo em que o punk nascia na selva de pedra paulista, no Planalto Central, bandas como o Aborto Elétrico, Blitx69, Plebe Rude e Detrito Federal (banda responsável pelo primeiro lançamento genuinamente punk de uma banda de Brasília, isso em 1985).
As bandas que evoluíram da cena punk para o mainstream (como o Camisa de Vênus, Ira!, Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude são exemplos) foram as reais responsáveis por dar certa qualidade ao famigerado amálgama de new wave com rock nacional que assolou os anos 80 sob a alcunha de BRock, após o lançamento do primeiro álbum da banda Blitz.
Nesse período, além de ser marcado pelo início do Rock in Rio que colocaria o rock como moda no cenário nacional, viu-se a explosão de bandas como Titãs, RPM, Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Blitz, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Engenheiros do Hawai.
Esse nomes foram porta-vozes da juventude que procurava alternativas à envelhecida MPB e lutava por liberdade nos estertores da ditadura militar.
O Rock Nacional dos anos 90 passou por grandes influências de Pop e com algumas bandas cantando em inglês, com perspectivas internacionais.
À partide então, os artistas consagrados na década anterior tiveram que se reinvetar, a MTv surfiu com força no mercado fonográfico brasileiro e as bandas novas investiam em misturas rítmicas como rock, reggae, rap e ritmos nordestinos.
Dos nomes que surgiram após os anos 90 podemos destacar Cachorro Grande, Cássia Eller, Charlie Brown Jr., CPM 22, Detonautas, Dr. Sin, Jota Quest, Los Hermanos, Matanza, Nação Zumbi, O Rappa, Pato Fu, Pavilhão 9, Pitty, Planet Hemp, Raimundos, Skank e Fresno.
O trabalho desenvolvido no formato acústico com muitas bandas e artistas também contribuiu para a reinvenção de algumas bandas e composições, trazendo uma nova roupagem e muitas novidades na produção artística e musical.
O avanço da cultura pop e tecnologias deste período influênciou diretamente as bandas e estilo de música, bem como o papel da internet para grupos que passaram a utilizá-la como canal para disseminar suas músicas.
Claro que em todas essas eras existia uma cultura de bandas underground extremamente relevantes, principalmente na atualidade onde os meios digitais permitem que as bandas divulgem seus materiais.
Pra quem gosta de: Dokken, Scorpions, Joe Lynn Turner, L. A. Guns e Cinderella.
Resenha de “Unpuzzle!”, 1º álbum da banda paulista Maestrick. Para fãs de: Metallica, Dream Theater, Queen, Rush e Pink Floyd.
Resenha de “Rock Errado”, 3º disco da banda mineira Seu Juvenal. Para fãs de: Titãs, Sonic Youth, Ação Direta, Inocentes e Mickey Junkies.
Resenha para o primeiro e auto-intitulado disco da banda brasileira HÅRD:ON. Pra quem gosta de: Ratt, Mötley Crüe, The Cult, Def Leppard, e Skid Row.
Resenha de “Once And For All”, 2º álbum da banda Perc3ption. Para fãs de: Threshold, Kamelot, Evergrey e Pain of Salvation.
Perc3ption – Resenha de “Once and For All” (2016) Read More »
Pra quem gosta de: Raimundos, Cachorro Grande, Ira!, Titãs e Pato Fu.
Pra quem gosta de: Frank Zappa, Mahavishnu Orchestra e Ravi Shankar.