Resenha | Scour -“The Black EP” (2020)

 

“The Black” é o terceiro EP da banda norte-americana Scour, formada em 2015 por nomes de peso na cena extrema.

Nos vocais temos o polêmico Phil Anselmo (o eterno vocalista do Pantera); no baixo vem John Jarvis (do Agoraphobic Nosebleed e ex-Pig Destroyer); Derek Engemann (que toca com Phil Anselmo no The Illegals) e Mark Kloeppel (do Misery Index) são os responsáveis pelas guitarras; e na bateria temos Adam Jarvis (Pig Destroyer e Lock Up).

Ou seja, não seria exagero chamar o Scour de um supergrupo do metal extremo.

Scour - Black EP (2020, Shinigami Records

“The Black EP” chega para dar continuidade ao que ouvimos em “The Grey EP” (2016) e “The Red EP” (2017), de uma forma ainda mais brutal e contando com participações de Erik Rutan (Hate Eternal), Pat O’Brien (Cannibal Corpse) e do (sempre dispensável) ator Jason Momoa.

Musicalmente, o Scour se aproxima muito daquele black metal ríspido e que canaliza toda a agressividade e negatividade do ser humano.

O que não impede de ouvirmos inserções radicais e até anti-musicais do grindcore, a rebeldia contestadora do punk, a melodia truncada do thrash metal, mas sem nenhuma preocupação em ministrar qualquer contorno artístico às músicas brutais.

As seis faixas que compõem essa última parte da trilogia de EPs da banda soa ainda mais agressiva e primitiva que nas duas anteriores, claramente buscando, com maturidade (como prova a instrumental “Microbes”), uma brutalidade pura através da bateria seca, das guitarras cortantes, dos vocais guturais e da produção crua.

Nesse sentido, temos primorosas combinações de domínio instrumental e maldade inata em prol do extremismo musical como em “Doom” (com um solo tão cortante quanto macabro), “Flames” (com mudanças de andamentos e solo de Pat O’Brien) e “Subprime”.

Claro que em certos momentos a música do Scour se limita à pura expressão de energia física e da mecânica deliberadamente acelerada.

Isso fica claro em faixas como “Nail” “Propaganda”, que possuem uma dinâmica impetuosa, com sabor acre de auto-destruição e o potencial libertador dos excessos.

Por isso tudo, “The Black EP” é um tiro curto, mas devastador, do mais puro caos e escuridão metálica!

Vale muito a pena conferir se você gosta de música ultra-violenta.

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