Confira a proposta desta seção aqui…
Dia Indicado Pra Ouvir: Sexta-Feira
Hora do dia indicada para ouvir: Meia-Noite (de preferência no último volume)
Definição em um poucas palavras: pesado, extremo, apocalíptico.
Estilo do Artista: Death/Black Metal
Comentário Geral: Se o segundo disco “Apocalyptic Revelation” (1998) colocou o Krisiun como a maior banda de death metal do Brasil e abriu as portas do mercado europeu para o trio, “Conquerors of Armageddon” foi o responsável por colocá-los entre os grandes nomes mundiais do gênero.
Já eram dez anos de uma luta incansável desde que o trio fraterno começou a se dedicar ao metal extremo ainda no Rio Grande do Sul, e enfim o trabalho começava a render frutos ainda mais promissores.
Trabalho árduo que começou a ser feito com a primeira excursão do Krisiun pela Europa divulgando o primeiro álbum, “Black Force Domain” (1995) ao lado de Kreator e Dimmu Borgir, o que resultou numa boa repercussão com o nome da banda pelo underground ao ser lançado por lá pela Gun Records.
Com a território europeu já marcado pelo extremismo de peso e velocidade devastador do Krisiun, “Apocalyptic Revelation” levou o trabalho da banda a ser reconhecido também nos Estados Unidos enquanto eram aclamados como a banda mais veloz do metal.
Não só isso, Apocalyptic Revelation” mostrava que se você desse as condições ideais de trabalho para o trio, eles seriam capazes de saltos evolutivos amplos em qualidade e maturidade de suas composições.
Naquele disco uma técnica acima da média para o death metal se desenvolvia por linhas de bateria que pareciam solos, guitarras cortantes e um baixo encorpado.
Até por isso, a expectativa cresceu quando o Krisiun assinou com a Century Media. Pois se com a estrutura da mediana Gun Records eles produziram tal petardo, o que poderia vir com o suporte daquela que era a maior gravadora do heavy metal à época?
O Krisiun não decepcionou e entregou, quiçá, seu maior clássico da discografia: “Conquerors of Armageddon”.
Nas nove faixas deste terceiro trabalho de estúdio, Moyses, Max e Alex mostravam uma evolução impressionante!
Desde o trabalho em estúdio de primeiro nível, passando pelo exercício inteligente de guitarras que traziam influência do thrash metal oitentista, até as linhas de bateria que foram além dos limites do death metal tanto em velocidade quanto em precisão.
As influências dos primeiros nomes do metal extremo brasileiro como Sepultura, Sarcófago e Dorsal Atlântica eram nítidas e retrabalhadas para algo ainda mais extremo nas composições de “Conquerors of Armageddon”, gerando um sabor diferente para o death metal do Krisiun, mais moderno que seus contemporâneos, e oferecendo um caminho diferente para o gênero.
Se olharmos em retrospecto, no fim do milênio o death metal estava em alta, com força total, mas as principais bandas do gênero como Morbid Angel, Deicide, Obituary, Cannibal Corpse, etc. já demostravam certo cansaço e os modos clássicos do gênero estavam saturados.
O Krisiun foi inteligente ao se inserir na lacuna que se abria para quem fosse capaz de renovar o gênero, mas sem perder em peso, agressividade e temática ou se render a artifícios “modernosos” e computacionais. Em entrevista da época, Moyses Kolesne falava exatamente disso: “estamos no ano 2000, temos que apresentar algo de novo, sair do padrão normal e estar acima”.
E “Conquerors of Armageddon” dava exatamente isso, já à partir de “Ravager” e “Abyssal Gates”, faixas que abrem o trabalho, mostrando como ser extremamente brutal, tanto em música quanto em letra, mas ao mesmo tempo técnico, musicalmente relevante, renovado e bem produzido.
Aliás, a produção de Erik Rutan é muito importante para o resultado final deste trabalho, definindo a brutalidade nítida, transformado o ruído disforme em algo ordenado, como reforça Moyses Kolesne: “ele foi um fator fundamental para que a gente atingisse a perfeição nesse disco”.
O maior reflexo deste brilhantismo na produção talvez esteja nos vocais de Alex, que mesmo extremamente guturais, não se amontoaram numa massa sonora junto ao instrumental, sendo possível destaca-lo, bem como cada instrumento, em meio ao caos metálico que funciona com a precisão de um relógio suíço, tanto em arrasa quarteirões como “Cursed Scrolls”, “Iron Stakes” e “Endless Madness Descends”, quanto em faixas com “ritmo mais marcado” (na falta de termo melhor) como “Messiah’s Abomination”.
De fato, o trabalho em estúdio era um diferencial em relação aos discos anteriores e apesar da personalidade intacta (continuavam assassinando o silêncio de forma feroz e vulgar) apresentavam indiscutível amadurecimento como músicos e compositores, indo além do fascínio profano gerado pela brutalidade sistemática do death metal.
Observe com atenção a versatilidade dos solos de Moyses, transitando por referências clássicas do death metal, mas com estilo próprio e muito poder (note como ele usa as escalas no solo de “Endless Madness Descends”), isso sem falar na técnica, velocidade e energias abismais de Max. O que ele faz na bateria é algo desumano!
Pegue composições como “Sould Devourer”, “Conquerors of Armageddon” e “Hatred Inherit”, as três melhores faixas do disco e compare com quaisquer outras dos discos anteriores e você verá esse amadurecimento. Aliás, “Hatred Inherit” duela com “Kings of Killing”, na minha opinião, pelo posto de melhor música do Krisiun!
Porém, mesmo com toda essa excelência, o Krisiun soava avassalador, megalítico, impiedoso e apocalíptico. Não há um segundo de respiro ou descanso, é porrada atrás de porrada!
Tanto que quando cessam os quase quarenta e dois minutos de ataque sonoro, certamente nos encontramos um pouco tontos, como se um abismo de silêncio se escancarasse aos nossos pés!
“Conquerors of Armageddon” é o primeiro grande clássico do death metal no novo milênio, fruto de um trabalho contínuo, paixão e esforço do Krisiun, e até por isso VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO!
Ano: 2000
Top 3: “Hatred Inherit”, “Soul Devourer” e “Conquerors of Armageddon”.
Formação: Moyses Kolesne (guitarra), Alex Camargo (baixo/vocal), Max Kolesne (bateria).
Disco Pai: Deicide – “Legion” (1992)
Disco Irmão: Rebaelliun: “Annihilation” (2001)
Disco Filho: Funeratus: “Accept the Death” (2018) – confira a resenha desse disco aqui.
Curiosidades: Após a gravação do álbum, o Krisiun entrou numa turnê européia junto com Morbid Angel, Gorgoroth, Amon Amarth e God Dethroned para promover o álbum, que no site da banda é referenciado como seu álbum de maior sucesso.
Pra quem gosta de: Livro do Apocalipse, blasfêmias, metal que pesa uma tonelada, e cerveja.
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