Andsolis – “Vigil” (2015) | A riqueza progressiva no Black Metal

 

“Vigil”, do Andsolis, vai encantar pela variedade de estilos além do pilar principal, que passam pelo Folk, Death e Black Metal, além de um certo classicismo metálicos nas linhas de guitarras, fornecendo riqueza musical às composições.

“Vigil” é o primeiro álbum da banda alemã de melodic death metal Andsolis, lançado em 2015. No Brasil, o disco foi lançado pelo selo Shinigami Records.

Andsolis - Vigil (2015, Quality Steel Records, Shinigami Records) Resenha Review Black Metal

De cara percebemos que a proposta extrema e sombria do Andsolis (algo como o “O Sol Oposto”) é diferenciada, afinal, a faixa de abertura, “Stand Vigil”, além de instrumental diversificado, cheio de mudanças de andamentos, numa abordagem quase progressiva do Metal Extremo, traz um contraste entre as linhas dos vocalistas Oliver Kilthau e Manuel Siewert, que se entrelaçam entre limpos e guturais, respectivamente.

Este septeto alemão pratica uma sonoridade tão particular dentro do que se pode classificar como Progressive/Melodic Death Metal, que, em alguns momentos, parece que o Marillion do início de carreira se fundiu ao Borknagar, Cynic, Voivod e Dark Tranquillity pelas vias climáticas do Bathory, e arquivou as inspirações góticas nas suas letras.

Neste contexto, temos um instrumental extremamente técnico e cativante, através de uma produção muito orgânica e que amplifica todas as qualidades da banda, além de oxigenar bem as densas mudanças nas abordagens metálicas e conseguir criar um clima desolado e gótico que envolve e impressiona o ouvinte.

A maioria das sete faixas sde “Vigil” são longas, quatro delas ultrapassam os seis minutos, mas este fato está longe de ser um problema, ou tornar a audição cansativa, muito pelo contrário.

As faixas de “Vigil” estão dinâmicas e muito bem ajambradas em seus detalhes.

Completam a formação neste primeiro, e último, álbum do Andsolis, Simon Abele (guitarrista), Stefan Rosenmeyer (Guitarra), Martin Pohl (Teclados), Bryan Zwiers (Baixo ) e Marco Tecza (Bateria), e como destaques temos as faixas mais progressivas e longas, “In Silent Confidence”, “Meridian Smiles” e a já citada abertura, onde desenvolvem sua proposta de modo pleno, além da ótima “The Mystic” (com bela passagem climática e guitarras tempestuosas) e do desfecho lúgubre e “psicodélico” com “The Laughter Echoes”.

Um trabalho envolvente, sombrio e melancólico, como uma floresta da Europa Setentrional num antigo filme de terror em preto e branco, sendo que o encanto da audição está na variedade de estilos que extrapolam o gênero principal, passando pelo folk, death, doom e black metal, além de um certo classicismo metálico nas linhas de guitarras, fornecendo imensurável riqueza musical às composições.

Aproveite que esta peça saiu em edição nacional via Shinigami Records e garanta na sua coleção este álbum que, certamente, será visto como um dos clássicos perdidos do Heavy Metal Progressivo daqui um tempo, afinal a banda encerrou as atividades pouco menos de um ano após lançar este único álbum.

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