Led Zeppelin | 5 Fatos Exóticos Sobre a Histórica Banda de Classic Rock

 

Símbolos ocultistas, plágio, outro baterista na formação! Confira 5 fatos exóticos na biografia do Led Zppelin, uma das maiores bandas da história do classico rock.

Qual cantor famoso tocou bateria com o Led Zeppelin em 1985? De qual satanista Jimmy Page comprou sua mansão? Por que não puderam tocar em Singapura? Eles realmente cometeram plágio em “Stairway to Heaven”? De onde vieram e quais os significados do quatro símbolos que aparecem em “Led Zeppelin IV”? Neste artigo comentamos estes fatos exóticos sobre esta lendária banda inglesa de Classic Rock.

Led Zeppelin - Phil Collins - Four Symbols - Cingapura - Plágio - Aleister Crowley - Ocultismo

Abaixo você tem  uma lista com os melhores 5 discos do Led Zeppelin
  1. Led Zeppelin I – Confira o disco neste link;
  2. Led Zeppelin II – Confira o disco neste link;
  3. Led Zeppelin III – Confira o disco neste link;
  4. Led Zeppelin IV – Confira o disco neste link;
  5. Physical Graffiti – Confira o disco neste link;

O Led Zeppelin é um dos maiores nomes da história do rock, sendo uma das bandas que injetaram peso e velocidade no blues rock acelerando-o rumo ao heavy metal, ao meso que acenavam para o folk rock com a mesma determinação e classe técnica com que exploravam as possibilidades do blues.

A banda surgiu pelas mãos de Jimmy Page, ainda no final de sua versão dos Yardbirds, quando ele recrutou os músicos John Paul Jones (baixista), Robert Plant (vocais) e o lendário John Bohnam (bateria). Enquanto o quarteto fazia a transição da musicalidade tipicamente blues rock dos Yardbirds para algo mais próprio, eles perceberam, assim como os músicos do Black Sabbath, que existia uma nova geração de fãs que ansiava por bandas novas distantes da geração hippie.

Com o objetivo de retomar o apelo lisérgico e insinuante do blues ao mesmo tempo que modernizava a proposta ampliando os horizontes musicais, o Led Zeppelin antecipou a música e o comportamento social da década de 1970 já no final da década anterior. Não à toa foi a banda de classic rock mais popular e imitada da década de setenta e mudou a história do gênero com ao menos seis discos antológicos lançados em sequência.

Músicas lendárias como “Immigrant Song”, “Kashmir”, “Black Dog”, “Stairway to Heaven” “Whole Lotta Love”, só para citar algumas das mais populares, sintetizam a musicalidade de uma banda que estava sempre à frente do seus contemporâneos e o conjunto da sua obra superou a barreira do tempo. Neste artigo escolhi seis curiosidades que considero obrigatórias para todo fã do Led Zeppelin e que, obviamente, rendem boas conversas.

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1) Phil Collins já foi baterista do Led Zeppelin… Por um dia apenas!

Sempre afirmo que, para mim, o segredo do Led Zeppelin estava nas assinaturas rítmicas marcantes de John Bonham, o baterista tão técnico quanto criativo. Tanto que após seu falecimento trágico em 1980 o Led Zeppelin nem tentou continuar com outro músico em seu lugar.

Mas Jimmy Page e companhia já subiram nos palcos com outros bateristas, incluindo Jason Bonham, filho do baterista original do quarteto inglês, na histórica e rara turnê de 2007, que resultou no disco ao vivo  “Celebration Day” (2012). O próprio Jason, em entrevista da época, compartilhou uma conversa com Robert Plant em que o vocalista disse ter sentido muito a morte de seu pai e entendeu que a partir daquele momento a banda estava realmente acabada. “Ele me disse: ‘Quando seu pai nos deixou, deixou o mundo, foi o fim para o Led Zeppelin… Foi vital demais’”, comentou.

Duas década antes foi a vez de Phil Collins substituir John Bonham no lado americano do “Live Aid”, de 1985. Phil Collins, além de um cantor de enorme sucesso solo e ter uma era empunhando o microfone do Genesis, deve ser lembrado como baterista desta mesma banda na fase em que Peter Gabriel era o vocalista, mesmo período em que gravaram meia dezena de clássicos do rock progressivo. 

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Phil Collins substituiu John Bonham no lado americano do “Live Aid” de 1985.

Porém, Jimmy Page disse que, pensando bem, foi uma má ideia fazer com que Phil Collins tocasse bateria com o Led Zeppelin e colocou sobre o baterista toda a responsabilidade do show ruim que, de fato, foi apresentado. Embora eu ache um pouco injusto colocar o peso do fracasso desta apresentação toda na conta de Phil Collins.

Falando ao The Times, Jimmy Page chegou a dizer que “não foi muito inteligente” convidar Phil Collins para substituir John Bonham, que havia morrido cinco anos antes. “O baterista não conseguiu começar ‘Rock & Roll’”, ele continua, aparentemente se referindo a Collins. “Então, tínhamos problemas reais com ele”.


2) Jimmy Page comprou a casa de um satanista famoso

Jimmy Page sempre teve um grande interesse pelas ciências ocultas, chegando a colecionar artigos relacionados ao polêmico ocultista Aleister Crowley. Sobre Crowley, o guitarrista chegou a dizer que ele foi “um gênio mal compreendido do século XX”, com “uma incrível obra literária. Um estudo para uma vida”! Em 1976 ele chegou a abrir uma livraria dedicada a Crowley, chamada The Equinox.

Dentre os itens da coleção de Jimmy Page sobre o ocultista inglês estava a casa, conhecida como Boleskine House, comprada em 1970, enquanto a banda gravava “Led Zeppelin III”, mas ele nunca efetivamente morou nela. Até vendê-la em 1992 por 225 mil libras, Jimmy Page contou com os serviços de um caseiro, Michael Dent, que após deixar seu posto na casa, contou histórias interessantes protagonizadas por satanistas tresloucados, visões, barulhos e assombrações.

Jimmy Page boleskine House
Jimmy Page na entrada da Boleskine House, mansão que pertenceu ao ocultista Aleister Crowley e que foi comprada pelo guitarrista em 1970

O guitarrista comprou a casa para ficar mais perto daquilo que estudava e o influenciava. Jimmy Page passava períodos de no máximo três dias na Boleskine House e algumas partes do filme “The Songs Remais the Same”, do Led Zeppelin, chegaram a ser gravadas ali. Coincidência ou não, é fato que ao mesmo tempo que o Led Zeppelin ascendeu de forma vertiginosa, tragédias começaram a cercar seus integrantes após a compra da mansão.

Nas gravações de Physical Graffiti” (1975), estas forças pairavam sobre a banda, fazendo com que John Paul Jones caísse de cama e interrompesse as gravações do álbum. Em certa entrevista, Jimmy Page chegara a afirmar que “fenômenos estranhos aconteciam na casa”, mas que nada tinham a ver com Crowley. Segundo ele, “as energias ruins já estavam lá”. 


3) O Led Zeppelin não pôde se apresentar em Singapura em 1972 porque eram cabeludos!

Em fevereiro de 1972, o Led Zeppelin foi proibido de tocar em Singapura simplesmente porque as autoridades acharam que os cabelos dos integrantes eram muito compridos. Parece estranho, mas na época existia uma lei que proibia qualquer homem de ter cabelos compridos naquele país. Isso aconteceu em resposta à contracultura hippie, a qual o governo considerava uma influência negativa e prejudicial ao desenvolvimento da nação. Inclusive alguns cidadãos mais rebeldes tiveram os cabelos cortados à força.

O Led Zeppelin não foi o único nome da música vítima desta lei. Bee Gees, Cliff Richard e Kitarō foram obrigados a cancelar seus shows pelo mesmo motivo. No caso dos estrangeiros, eles eram convidados a sair do país caso tivessem cabelos compridos e se recusassem a aceitar a política.

A história diz que Led Zeppelin estava programado para se apresentar em um local ao ar livre em Singapura em 14 de fevereiro de 1972. Depois de chegarem em seu jato particular, Robert Plant, Jimmy Page, John Bonham e John Paul Jones foram da pista de pouso para a alfândega, onde esperavam receber o tratamento VIP completo. Eles não foram muito longe. Ao pisar fora do avião, o controle de fronteira os parou em seu caminho, negando a entrada da banda em Singapura. Como Stephen Davis escreveu em “Hammer of the Gods: The Led Zeppelin Saga”: “ Não só o Led Zeppelin não foi autorizado a entrar no país, como também foi recusada a permissão para sair do avião e tiveram que voar de volta para Londres”.

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4) “Dazed and Confused” é plágio! Mas “Stairway to Heaven”, não… Ao menos para a justiça de Los Angeles.

Uma das lendas que circulam o Led Zeppelin e suas relações com o ocultismo afirmam que “Stairway to Heaven” traria mensagens macabras se fosse tocada ao contrário no toca-discos. O único fato sobre esta música, além, obviamente, dela ser um dos maiores clássicos do rock, é que ela foi acusada de ser um plágio!

Os compositores de “Stairway to Heaven” são Jimmy Page e Robert Plant, mas o espólio do guitarrista norte-americano Randy Wolfe, conhecido como Randy California, criou uma ação de plágio alegando que a introdução deste clássico do Led Zeppelin presente em seu quarto álbum lançado em 1971 foi plagiada da música “Taurus”, lançada pela banda de Randy, o espetacular Spirit, em 1968.

Segundo o guitarrista brasileiro Mozart Mello, diretor pedagógico da Escola de Música e Tecnologia de São Paulo, “a sequência de acordes iniciais é igual, mas depois de quatro compassos a música do Led Zeppelin toma um rumo diferente.” O mais curioso é que o próprio Randy Wolfe, que só faleceu em 1997, nunca reclamou das coincidências entre as duas músicas. O mais interessante é que Robert Plant afirmou que “nunca ouviu Spirit nem para se inspirar”.

Em outubro de 2020, a dupla Page/Plant venceu a longa batalha legal. O júri de Los Angeles considerou que o riff que eles foram acusados ​​de roubar não era intrinsecamente semelhante aos acordes de abertura de “Stairway to Heaven”. Francis Malofiy, que representou o espólio de Wolfe, disse, logo após a sentença, que o Led Zeppelin “ganhou por um detalhe técnico” e que o processo atingiu seu objetivo: “Hoje, o mundo sabe que: 1) Randy California escreveu a introdução de ‘Stairway to Heaven’; 2) Led Zeppelin são os maiores ladrões de arte de todos os tempos; e 3) os tribunais são tão imperfeitos quanto estrelas do rock”.

Esta música não foi a primeira a ser acusada de plágio. O músico folk  Jake Holmes reclamou direitos autorais sobre a ótima “Dazed and Confused”, do primeiro álbum do Led Zeppelin, e chegou-se a um acordo fora dos tribunais e, desde 2012, a assinatura de Page foi acrescida do aposto “inspirada por Jake Holmes”.

Led Zeppelin I
Clique na imagem e confira o clássico “Led Zeppelin I”

5) Os Quatro Símbolos da banda tinham origens ocultistas.

O clássico disco “Led Zeppelin IV”que trazia, dentre outros, clássicos como “Black Dog”, “Rock n’ Roll” “Stairway to Heaven”, ficou também conhecido como “O Disco dos Quatro Símbolos” por causa dos quatro símbolos presentes na parte interna da capa. Estes símbolos se tornaram parte da imagética do Led Zeppelin como um todo, sendo o mais reconhecível o símbolo Zoso escolhido pelo guitarrista Jimmy Page.

Os quatro símbolos ocultistas que aparecem em "Led Zeppelin IV".
Os quatro símbolos ocultistas que aparecem em “Led Zeppelin IV”.

Obviamente, já sabemos que Jimmy Page era fortemente interessado em temas de ocultismo, o que nos tira qualquer surpresa de saber que, embora nenhum dos símbolos do Led Zeppelin tenha sido explicitamente explicado pelos membros da banda, Jimmy Page confirmou que todos foram escolhidos de um livro de referência padrão de símbolos ocultos (ou sigilos, como são chamados no reino da magia).

O símbolo escolhido por Jimmy Page tem sido objeto de muita controvérsia, com algumas teorias até especulando que o símbolo Zoso é na verdade de origem satânica. O símbolo mais próximo deste foi encontrado em um livro de 1557 do matemático Girolamo Cardano chamado “Ars Magica Arteficii”, um antigo grimório alquímico, onde foi identificado como um sigilo consistindo de signos do zodíaco, sendo uma representação do planeta Saturno.

O mesmo símbolo foi retrabalhado, e aparece bem próximo ao que vemos no disco do Led Zeppelin, numa reimpressão de 1850 de um texto de 1521 intitulado “Le Dragon Rouge”, que incluía os segredos de Artephius, os segredos de Cleópatra e como se tornar invisível. O símbolo Zoso está na página 51 em uma coleção de símbolos aplicáveis ​​ao planeta Saturno (regente de Capricórnio, signo astrológico do sol de Jimmy Page).

Os símbolos dos outros músicos são mais simples e diretos:

  • O símbolo de Robert Plant é um círculo em torno de uma pena, representando pena de Ma’at, a antiga deusa egípcia da verdade, justiça, harmonia e equilíbrio, e pode ser encontrado tanto nos textos da civilização Mu quanto nos textos da civilização índia vermelha;
  • O símbolo do baterista John Bonham consiste em três anéis entrelaçados, também conhecidos como anéis Borromeu, e podem ser encontrados no “Livro dos Símbolos”, publicado em 1933 por Rudolph Koch. O livro explica que este símbolo representa uma versão inicial da trindade, e muito parecido com o símbolo Zoso este sofreu muita especulação ao longo dos anos.
  • O baixista do Led Zeppelin, John Paul Jones, também escolheu um símbolo do “Livro de Símbolos” de Koch, mas que também aparece na capa de um livro sobre os Rosacruzes. Aleister Crowley estava interessado nesta sociedade secreta porque seu principal sistema de crenças indicava que sua sabedoria lhes era passada desde os tempos antigos.
Abaixo você tem  uma lista com os melhores 5 discos do Led Zeppelin
  1. Led Zeppelin I – Confira o disco neste link;
  2. Led Zeppelin II – Confira o disco neste link;
  3. Led Zeppelin III – Confira o disco neste link;
  4. Led Zeppelin IV – Confira o disco neste link;
  5. Physical Graffiti – Confira o disco neste link;

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