Gothic Metal

Podemos dizer que o gothic metal surgiu no início dos anos 1990, de fato, mesmo que a fumaça gótica já permeasse alguns trabalhos dentro da gama existente de subgêneros do heavy metal.

Algumas de suas características principais são: vocais femininos, estética carregada da cultura gótica, guitarras pesadas, ritmos cadenciados, melodias depressivas, teclados bem alocados e ambientação obscura.

Claro que estas não são características necessárias para o gothic metal, mas sim suficientes para defini-lo, mas já representam um começo, mesmo porque esse subgênero do heavy metal se mistura a diversos outros, como o death metal, o symphonyc metal, o black metal e até o thrash metal (como pode-se ouvir no injustiçado “Endorama”, do Kreator).

Os aspectos sombrios relacionados à cultura gótica sempre encontraram eco no heavy metal, desde sua gênese, principalmente pela temática obscura e densa de ambos.

Podemos dizer que num primeiro momento o heavy metal retirou a dramaticidade e o romantismo vinculado à estética gótica, mas logo esla seria retomada como se atraída por uma força mórbida.

Em grande parte, o gothic metal deu um novo impulso à cultura gótica, depois do declínio do rock gótico dos anos 1980.

Aliás, as similaridades entre o gothic metal e o gothic rock param nas referências estílicas e líricas, pois, musicalmente, as diferenças são bem maiores que as semelhanças.

Mesmo porque, o gothic metal pode ser considerado um filho direto do death metal, por nomes como Anathema, Paradise Lost e My Dying Bride, e olhando um pouco mais atrás, uma espécie de proto-gothic metal foi registrado pelo Celtic Frost (no clássico “Into the Pandemonium” [1987]).

Essas bandas misturaram o ddom metal de Trouble, Candlemass e Black Sabbath ao death metal, e ao inserirem a melancolia enquanto amainavam sua sonoridade que investia no atrito entre “luz” e “sombra”, criaram algo novo.

Claro que estabelecer um marco zero é complexo, mas convenciona-se que o gênero deu início à partir de “Gothic” (1991), do Paradise Lost.

Porém, o grande salto de popularidade do gothic metal aconteceu com o hit “Black Nº1”, do Type O Negative, uma das bandas que ajudaram a definir a personalidade do gênero, ao migrar do doom metal para o gothic metal.

No fim da década de 1990, convencionou-se a chamar de gothic metal bandas que traziam a adição de vocais femininos líricos, amplificando o que já haviam feito Paradise Lost e Anathema.

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