Pink Cream 69 – “Headstrong” (2017) | Resenha

 

“Headstrong” é o décimo segundo álbum de estúdio da banda alemã de hard rock Pink Cream 69, lançado em 2017. O disco ganhou uma versão nacional em 2020, à cargo do selo Shinigami Records, em formato duplo.

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Mesmo que tenha uma carreira consolidada dentro do Hard Rock, muitos ainda conhecem o Pink Cream 69 como a banda de onde o vocalista Andi Deris saiu para substituir Michael Kiske no Helloween, em 1994.

Fundada em 1987 pelo próprio Deris junto ao guitarrista Alfred Koffler e ao baterista Kosta Zafiriou, a banda chega a seu aniversário de trinta nos oferencedo seu décimo segundo álbum de estúdio, “Headstrong”.

E apresentando a mesma formação que registrou “Cerimonial” (2013), álbum anterior, o Pink Cream 69 entrega aquilo que se espera, ou seja, Hard Rock de extrema qualidade e alta adrenalina, cunhado por guitarras poderosas e trabalho vocal empolgante.

Produzido pelo baixista da banda, Dennis Ward, que também é um produtor de renome, a banda vem menos guiada por teclados e mais orgânica, sem aquele escopo clínico que embalava sua sonoridade, o que deu mais sinceridade e vivacidade às guitarras, fato já alardeado no riff de “We Bow To None”, que abre o álbum.

Em outras palavras, “Headstrong” tem uma positiva vibração mais Rock N’ Roll e menos “plastificada”, que chega a seu ápice em “Man of Sorrow” e sua vibe Classic Rock à lá Whitesnake, que também aparece na belíssima “The Other Man”.

Talvez por isso, a banda soe mais propensa ao peso do Heavy Metal nestas novas dez composições.

É fato que em sua história sempre caminharam sobre a fronteira entre o Hard Rock e o Heavy Metal, mas desta vez eles desequilibraram um pouco mais a proposta, chegando às raias do Power Metal em certos momentos.

E a boa dinâmica das composições, com feeling e criatividade, permite ainda que tenhamos aqueles esperados ganchos de AOR/Hard Rock (confira “Bloodsucker”), e alta classe melódica, como na belíssima power ballad “Vagrant Of The Night”.

Além disso, não poderiam deixar de imprimir a força teutônica (principalmente pela bateria bombástica de Chris Schmidt e o baixo versátil de Ward) em faixas como “Path Of Destiny”.

Ainda temos que destacar as linhas vocais do inglês David Readman, que vêm cheias de ganchos (como na ótima “Walls Come Down”), se dividindo entre a força do metal e a malícia Hard Rock, principalmente nos refrãos (o de “Whistleblower” é irresistível), que carregam o espírito retrabalhado das grandes harmônias oitentistas junto com as guitarras de Alfred Koffler e Uwe Reitenauer, com riffs e solos de tirar o chapéu, com bem mostram os Heavy Rocks de “Unite And Divide” e “No More Fear” (com performance destacável de Ward).

Na edição nacional temos um CD bônus com nove faixas ao vivo gravadas em Ludwigsburg, na Alemanha, em 2013, com destaque a músicas como “Break the Silence” (uma das melhores do hard rock), “Do You Like It Like That”, “Livin’ My Life For You” “Shame”, e que aumenta o tom de comemoração de “Headstrong”.

Enfim, mais um lançamento impecável desta instituição do Hard Rock germânico!

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