Descubra os segredos sombrios e a conexão profunda entre Neil Young, Johnny Rotten e Elvis Presley. Neste mergulho no universo do rock, revelamos mistérios, contradições e a verdade por trás de uma das canções mais emblemáticas de Neil Young.
Neil Young, o ícone canadense do rock, transcende gerações. De sua contribuição ao supergrupo Crosby, Stills, Nash and Young até os clássicos solos, sua carreira é um caleidoscópio de influências. No entanto, a verdade por trás de sua canção “My, My, Hey, Hey” é um enigma intrigante que nos leva a explorar a dualidade entre Johnny Rotten e Elvis Presley.
Em 1970, Neil Young brilhava com o supergrupo Crosby, Stills, Nash and Young, moldando o rock com álbuns clássicos. A carreira solo de Neil Young, iniciada em 1968, produziu clássicos atemporais, como o obrigatório “Harvest” de 1972. Uma jornada musical de mais de quatro décadas repleta de momentos brilhantes.
O álbum “Rusty Never Sleeps” de 1979, meio acústico e meio elétrico, revela a dualidade única de Neil Young. Uma análise profunda da icônica estrofe de “My, My, Hey, Hey” e sua conexão com Johnny Rotten. A verdadeira identidade por trás de “um” Johnny Rotten na canção é revelada. Uma homenagem a Elvis Presley, a contradição entre queimar rapidamente e enferrujar lentamente, e a influência de Johnny Rotten no ethos do rock.
A versão de “Hey Hey My My (Into the Black)” do álbum “Ragged Glory” reforça a afirmação de que o rock é imortal. Neil Young, longe de queimar, construiu uma carreira duradoura que desafia o envelhecimento.
Neil Young – A Morte do Rei e a História de um “Johnny Rotten”
O canadense Neil Young é um dos maiores nomes do rock, sendo sua influência permeável aos mais diversos subgêneros, indo do classic rock ao grunge.
Corroborando com este fato, bandas como Pearl Jam, Bon Jovi, Radiohead e Roxy Music já pagaram o devido tributo a esta lenda, que apesar de não ser natural dos E.U.A., construiu sua sólida carreira na terra do Tio Sam.
Um de seus melhores momentos talvez seja com o grupo Crosby, Stills, Nash and Young, sendo álbuns como Deja Vú (1970) e Four Way Street (1971) clássicos máximos do rock.
Este, na verdade, era um supergrupo formado por membros de bandas como The Byrds, The Hollies e Buffalo Springfield, esta última, banda que Neil Young ajudou a fundar junto com Stephen Stills, em 1967. (Sobre este e outros supergrupos do rock você pode conferir neste texto)
Neil Young também se faz presente nos dois primeiros álbuns do Buffalo Springfield, até debandar após o Monterrey Pop Festival.
A carreira solo do canadense mais americano do rock começou em 1968, com o lançamento de seu primeiro álbum.
Em mais de quarenta anos de carreira, diversos clássicos foram lançados – como o obrigatório Harvest (1972) – e poucos deslizes discográficos foram cometidos.
Alguns dos momentos mais brilhantes da longa carreira de Neil Young estão no álbum mezzo acústico, mezzo elétrico, Rusty Never Sleeps, de 1979, que mesmo sendo um disco ao vivo, era composto apenas por canções inéditas.
Dentre os clássicos, temos a belíssima “My, My, Hey, Hey (Out in the blue)”, dona de uma estrofe que merece ser analisada:
“The king is gone but he’s not forgotten
This is the story of a Johnny Rotten.
It’s better to burn out than it is to rust
The king is gone but he’s not forgotten”
A questão é óbvia: Quem é o Johnny Rotten da canção?
Seria alguma referência ao vocalista do Sex Pistols, nos versos da canção de Neil Young?
Vejamos que sim e que existe muito por trás da mensagem deste hino do rock setentista…
A inspiração para a canção veio da idolatria de Neil Young por Elvis Presley e o lamento pela morte do ídolo ainda clamava em seu espírito de compositor.
Este fato explica quem é o rei que se foi e não será esquecido, pois a canção foi composta pouco tempo após a morte de Elvis Presley.
O mais interessante neste caso é a ligação que o canadense consegue fazer entre as imagens opostas de Elvis Presley e Johnny Rotten, pois sim, a letra da canção em destaque invoca o nome do vocalista do Sex Pistols.
Entretanto, a os versos provocam uma discussão inquietante que em palavras de um grande lobo do rock nacional poderia ser resumida como: “É melhor viver dez anos a mil km/h (como um Johnny Rotten ou Elvis Presley) ou mil anos a dez km/h?”
Esta ideia fica claramente exposta nos versos “It’s better to burn out than it is to rust”, que se alinha com o pensamento dos outros versos “It’s better to burn out, than to fade away”, que aparecem na segunda estrofe da canção e que fora usada por Kurt Cobain em sua carta de suicídio.
Acredito que quando o líder do Nirvana buscou esta frase para sua mensagem final, estava motivado por algumas opiniões glorificadoras quanto ao caráter dos suicidas e autodestrutivos do rock.
Em verdade, Neil Young queria glorificar aqueles que acreditavam que o rock nunca ia morrer, mesmo após a queda de seu rei, e que havia se solidificado como estilo musical forte e eterno.
Esta visão fica clara e evidente nos versos “rock n’ roll is here to stay” e “rock n’ roll can never die”.
Assim, apesar de sabermos que a canção fora inspirada por Elvis Presley, a mensagem de Neil Young fora personificada no nome de Johnny Rotten, líder da banda punk Sex Pistols.
Em vista de tantos nomes icônicos do rock que partiram repentinamente, por qual razão citar um que estava nascendo para o rock poucos anos antes de 1979 e que ainda não tinha morrido?
Se lermos com atenção o verso que traz o nome de Rotten, percebemos o uso do artigo indefinido “um” (esta é a história de “um” Johnny Rotten), ou seja, Neil Young não se refere propriamente ao vocalista do Sex Pistols, mas ao personagem que se tornou maior que o próprio Rotten, uma figura autodestrutiva, que vivia a epígrafe máxima do rock n’ roll, com suas drogas e seu sexo.
Virando o disco Rusty Never Sleeps (sim, minha cópia ainda é no formato vinil), a última faixa do Lado B traz uma releitura da canção, adicionando testosterona nas guitarras, intitulada “Hey Hey My My (Into the Black)”.
Esta versão vem dar mais suporte ao brado de que o rock nunca morrerá, com suas “guitarras distorcidas e base envenenada”.
O mais interessante é que longe de viver os versos de sua canção, Neil Young enferrujou ao invés de queimar (“It’s better to burn out than it is to rust”). Construiu uma longeva carreira que influenciou diversas gerações e foi relevante musicalmente durante todo o percurso.
Para fechar o texto, mais uma contradição do destino.
Quando perguntado sobre sua opinião quanto aos versos “It’s better to burn out, than to fade away”, John Lennon declarou que odiava esta ideia e que é melhor enferrujar como um velho soldado do que queimar rapidamente.
O destino adora pregar suas peças e Lennon queimou enquanto Neil Young enferrujou como o velho soldado do rock.
Conclusão
Neil Young, o “velho soldado do rock,” desafia a noção de que é melhor queimar do que enferrujar. Sua longeva carreira é um testemunho de que o rock n’ roll, apesar das contradições, permanece eterno.
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