Metal Church – Resenha de “XI” (2016)

 

O riffão de “Reset” dá, aos fiéis que louvam os deuses do Heavy Metal, a certeza de que a Igreja do Metal está novamente plena e ativa.

Esta faixa abre o novo álbum do Metal Church com muita energia e peso numa versão mais voraz do classicismo metálico do Judas Priest, fato que se repetirá posteriormente em “No Tomorrow”.

Ter um álbum inédito de uma banda como o Metal Church em mãos por si só já seria empolgante, se pensarmos nos problemas que banda atravessou entre idas e vindas, o retorno e a re-saída de David Wayne, até que Mike Howe – que cantou nos álbuns Blessing In Disguise (1989), The Human Factor (1991)Hanging In Balance (1993) – retornou para empunhar o microfone da banda.

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Metal Church: “XI” (2016, Rat Pack Records, Nuclear Blast, Shinigami Records)

Mas eles ainda dão vida a uma aula de Heavy Metal, mesclando, de modo equilibrado, peso, melodia, inteligência musical e técnica apurada, que formatam arranjos esmerados, destacando o versátil trabalho de guitarras.

Apesar de enaltecermos sempre seus dois primeiros álbuns (Metal Church (1984) e The Dark (1986)), é importante salientar a qualidade dos trabalhos da fase Mike Howe, vocalista que sempre esbanjou classe em suas linhas e expandiu as possibilidades de composição com sua versatilidade, fato que se repete agora em XI, principalmente em faixas como “Sky Falls In”, “Blow Your Mind” (que remete ao clássico The Dark) e “It Waits”, que representam bem o amadurecimento dos integrantes como compositores.

Já “Signal Path”, com suas palhetadas precisas, introdução melódica e momentos quase progressivos, remete diretamente aos álbuns Blessing In Disguise (1989) e Hanging In Balance (1993), enquanto “No Tomorrow” (se esta faixa não te empolgar, você não gosta de Heavy Metal) possui todos os elementos básicos do Metal Church.

Dosando com maestria as partes Thrash, Speed e Metal Tradicional, conseguem transitar muito bem entre peso e melodia, por andamentos bem compostos e versáteis, alicerçados em riffs épicos e vocais grandiosos, além de um performance impressionante de Jeff Plate.

Destaques finais às cadenciadas “Needle and Suture”“Shadow”, além das rápidas “Soul Engine Machine” e “Killing Your Time”.

Um álbum para fazer a assembléia de fiéis aos deuses do metal se ajoelharem e agradecerem por mais esse álbum pesado, poderoso e melódico!

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