“Cosmosis” é o primeiro álbum da banda italiana de heavy rock Evilgroove. À seguir, uma resenha do nosso colaborador Will Bernardes.
Os Italianos do Evilgroove apresentam seu debut “Cosmosis” consolidando seus 20 anos de trabalhos prestados ao rock, trazendo toda a elegância do estilo alternativo americano dos anos 90.
O álbum se revela interessante pelas construções de forma concisa das passagens explosivas do grunge combinadas à técnica do groove e explorações instrumentais do metal alternativo, resultando numa sonoridade complexa e difícil de ser definida, contudo é notável a gama de influências presentes, como Alice in Chains, Soundgarden, Tool, Pantera, Corrosion of Conformity e Black Label Society, enaltecendo toda a versatilidade musical da banda.
Sua faixa de abertura “Turn Your Head” já apresenta todo seu poder de fogo, com riffs pesados e firmes viradas na batera, progredindo em ótima cadência tendo como grande ponto a ser observado a incrível semelhança vocal de Luca Frazzoni com o de Zakk Wilde.
A ótima “Lucusta” encanta logo em seu início psicodélico lembrando os veteranos do Tool, seguindo com elementos contemporâneos combinando peso com harmônicas linhas alternativas, onde os riffs sólidos de Daniele “DOC ” Medici em perfeita cozinha com a batera de Christian Rovatti são o grande destaque, nos hipnotizando com todo seu clima envolvente.
Já na rápida “Space Totem” quem toma frete com dedilhados fortes e concisos no baixo é Matteo Frazzoni logo em seu início, alternando andamentos velozes com pegada levemente prog na sequência.
O grande trunfo do Evilgroove em “Cosmosis” é a qualidade de produção apresentada no trabalho, estritamente profissional e tecnicamente bem arranjada, lembrado que se trata de um álbum independente, mostrando experiência mas optando em manter em certa zona de conforto.
Apesar de estar entrando recentemente no mercado, com uma fórmula não tão em evidência, irão agradar os fãs do gênero, por ora é certo que em meio a todas as referências tachadas, o quarteto se mostra com muita personalidade, propondo diferenciados estilos em suas composições, com “Kick The Can” (apresentando elementos (bem poucos) progressivos) e “What I Mean” compostas de singelos riffs de groove. Outras ótimas músicas são “Voodoo Dawn”, “Soul River” e a faixa-título “Cosmosis”, encerrando em grande estilo.
Há uma certa complexidade estrutural que não deixa as músicas frisadas na cabeça, o que torna se necessário ouvi-lo mais vezes atentando aos detalhes, todavia, tamanha qualidade musical apresentada em “Cosmosis” chama a atenção.
É daqueles discos para se colocar no CD player do carro e seguir estrada afora!
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Esse álbum é muito bom, e é justamente essa “complexidade estrutural que não deixa as músicas frisadas na cabeça” que me deixaram viciado nele.