Pense nos dez maiores guitarristas de todos os tempos dentro do rock/metal e certamente o sueco Yngwie Malmsteen estará dentre eles. Hoje em dia virou quase clichê criticar e zombar sua postura egocêntrica, e creio que ouvir pela primeira seu histórico disco de 1984, “Rising Force” nos dias de hoje não tenha o mesmo impacto.
Mas virada da década de setenta para a década de oitenta as demo tapes de Malmsteen chamaram a atenção da Shrapnel Records, que o trouxe para os Estados Unidos onde ele passou por bandas como o Steeler e o Alcatrazz até mergulhar numa longeva e prolífica carreira solo. Hoje vamos escolher cinco discos da carreira de Yngwie Malmsteen que ainda merecem nossa atenção.
1. Alcatrazz – “No Parole From Rock ‘n’ Roll” (1983)
No Steeler, ao lado de Ron Keel, Malmsteen teve suas primeiras experiências em estúdio e quando foi recrutado para o Alcatrazz por Graham Bonnet já era um músico de certo nome no meio heavy rock. O trabalho fluiu rápido e em 1983, mesmo ano em que foi formada a banda, seu primeiro disco, “No Parole From Rock N’ Roll”, era lançado pelo selo Grand Slam.
A fórmula seguia o padrão musical do disco gravado por Bonnet no Rainbow, porém, Malmsteen e seu estilo neoclássico chamava a atenção e roubava a cena, gerando problemas com os choques de ego.
O disco trazia destaques como “Islands in the Sun”, “Jet to Jet”, “Hiroshima Mon Amour” e “Too Young to Die”, onde o atrito de egos de Bonnet e Malmsteen gerava momentos musicais brilhantes, pois um impulsionava o outro a se superar. Se Malmsteen entregava a técnica apurada, Bonnet oferecia a emoção em cada nota bem interpretada.
2. “Rising Force” (1984)
O primeiro disco solo de Malmsteen realmente merece destaque, mesmo que falte um pouco de direcionamento e a produção não seja lá estas coisas. Amparado numa formação que trazia o tecladista Jens Johansson (que mais tarde estaria na linha de frente do metal melódico no time do Stratovarius) e o vocalista Jeff Scott Sotto, temos momentos realmente brilhantes, num repertório majoritariamente instrumental.
“Now Your Ships Are Burned” e “As Above, So Below”, as duas únicas com vocais, são dois destaque, entretanto, “Rising Force” tem a seu favor o impacto do ineditismo causado pela virtuose de um guitarrista que trazia para o heavy metal a velocidade e a técnica neoclássica de Paganini. Quando você pensa que ele compôs e gravou toda essa revolução com apenas vinte anos aumenta ainda mais o impacto do que é ouvido aqui.
3. “Trilogy” (1986)
Com o segundo disco solo, “Marching Out”, Malmsteen amadureceu sua fórmula, não discordarão quando afirmo que “Trilogy” (1986), seu terceiro disco solo, é também o melhor da sua carreira. Faixas como “Liar”, “Fire”, “Magic Mirror” e, principalmente, “You Don’t Remember, I’ll Never Forget” mostravam um guitarrista em plena forma como compositor.
Essa última, em especial, trazia um preciso equilíbrio entre o peso metálico e o apelo comercial, mostrando um novo caminho para a música de Malmsteen que, infelizmente ele não saberia desenvolver nos seus próximos trabalhos ao longo de uma década onde ele buscou uma sonoridade mais comercial em discos como “Odyssey” (1988), “Eclipse” (1990) e “Fire & Ice” (1992), criticados com veemência pelo próprio Malmsteen.
4. “Facing the Animal” (1997)
As coisas mudariam novamente somente no pesadíssimo e excelente “Facing the Animal” (1997). Este disco traz uma das últimas (se não a última) gravações do lendário baterista Cozy Powell em estúdio. Só por isso este disco já merecia estar aqui. Nesse disco, o peso e a técnica estão aliados de forma única e quase inédita na carreira solo de Malmsteen, com certo apelo do classic rock encaixado ao peso noventista.
Ignore a capa brega e preste atenção a faixas como “Enemy”, “Sacrifice” e a faixa-título, todas com a força de Cozy Powell e os vocais determinados e mais agressivos de Mats Léven. Em “Facing the Animal” ainda posso destacar as cativantes “Another Time” e a balada “Like An Angel” para engrossar o coro de justificativas de ser este um dos melhores discos da carreira de Malmsteen e na de Powell.
5. “Concerto Suite for Electric Guitar and Orchestra in E Flat Minor Op. 1” (1998)
Esse disco é uma das perfeitas fusões de metal com música erudita. Aqui, Malmsteen está acompanhado “apenas” de um orquestra e sua guitarra. Em “Concerto Suite for Electric Guitar and Orchestra in E Flat Minor Op. 1” Malmsteen registrou o concerto que ele próprio escreveu, resultando num disco ousado e vanguardista para a época
Neste conjunto de faixas Malmsteen se mostrava além de um músico “fritador”, e sim como dono de uma virtuose racional sobre um violão clássico que interage harmonicamente com a Orquestra Filarmônica Tcheca regida por Yoel Levi. Infelizmente, após esse trabalho mais voltado ao erudito é fato que pouco se destaca na carreira do guitarrista sueco, sendo este seu último trabalho com um pouco de seu brilhantismo.
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