Victory – “Gods of Tomorrow” (2021) | Resenha

 

“Gods of Tomorrow” é primeiro disco em 10 anos da banda alemã de hard n’ heavy Victory, formada por Herman Frank, ex-Accept, ainda nos anos 1980.

Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco que foi lançado no Brasil pela parceria entre os selos Shinigami Records, Valhall Music e AFM Records.

"Gods of Tomorrow" é primeiro disco em 10 anos da banda alemã de hard n' heavy Victory, formada por Herman Frank, ex-Accept, nos anos 1980.

Da formação original do Victory, lá pelos idos dos anos 1980, apenas o guitarrista Herman Frank permanece no time que gravou “Gods of Tomorrow”, o sucessor de “Don’t Talk Science” (2011), disco que chega dez anos depois com novas quatorze composições  misturando hard rock com heavy metal tradicional numa fórmula tipicamente teutônica.

Quando se fala no hard n’ heavy alemão, muitos se lembram de Scorpions, Warlock e Accept, mas o Victory está entre uma das bandas mais relevantes da safra oitentista na Alemanha. Após a fundação na cidade de Hannover, no ano de 1984, até o ano de 1992, eles lançaram seis álbuns que merecem ser redescobertos, principalmente títulos como “Don’t Get Mad… Get Even” (1986), “Culture Killed The Native” (1989) e “Temples Of Gold” (1990).

Após 1992, com o declínio do hard rock, o Victory entrou num inferno astral, culminando no fim da banda. O retorno só viria em 2003, lançando quatro álbuns desde então, sendo este “Gods of Tomorrow” o mais recente deles até o momento, com uma formação completamente renovada, tendo apenas Herman Frank do time de músicos do álbum anterior.

Para quem acompanhou a primeira fase da banda, nos anos 1980, musicalmente posso adiantar que o som do Victory atual é mais pesado, tanto em timbres quanto em performance, talvez influenciado pelo legado de Herman Frank no Accept e pelo excelente e pesado Panzer, onde ele tocou de 2014 a 2016 ao lado de Schimier, do Destruction.

Ainda assim, o que ouvimos nestas quatorze faixas é um hard n’ heavy com referências a ícones do estilo como AC/DC, Krokus, Van Halen, Michael Schenker Group, Scorpions e, obviamente, o Accept, com riffs pesados injetados de adrenalina e energia, sustentados pelo baixo pulsante e uma bateria sólida, formando uma seção rítmica com os cacoetes do power metal melódico alemão, num equilíbrio envolvente de peso, melodia e paixão.

“Love & Hate” chega com um refrão tão insinuante quanto marcante logo após a introdução, sendo um dos grandes destaques do disco ao lado de “Cut to the Bone” (com solo de guitarra bem desenhado e linhas de baixo proeminentes), “Dying in your Arms” (com guitarras limpas e linhas vocais cativantes), “Into the Light” (mostrando que peso e velocidade também estão na ordem do dia) e “In Rock We Trust” (com o melhor refrão do disco).

Além de Herman Frank na guitarra, completam o time de músicos Gianni Pontillo (vocal), Mike Pesin (guitarra), Malte Frederik Burkert (baixo) e Michael Stein na bateria. No âmbito das performances individuais o vocalista Gianni Pontillo é um talento à parte, com similaridades de timbre e empostação com os de Ronnie Romero, se encaixando perfeitamente nas novas canções, sendo parte importante de uma formação que funciona como a máquina do heavy metal  bem lubrificada.

“Gods of Tomorrow” é a prova de que o Victory esta renascido pelas mãos de Herman Frank com força total, amparado por um grande time de músicos e um repertório cativante, variado e forte. Certamente quem curtiu algum dos discos do Victory no passado vai aprovar o que ouvir neste novo trabalho.

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