Bleed From Within – “Shrine” (2022) | Resenha

 

“Shrine”, sexto da banda escocesa de deathcore Bleed From Within, lançado em 2022, marca uma nova etapa na carreira junto à gravadora Nuclear Blast.

Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco lançado no Brasil pela parceria entre os selos Shinigami Records e Nuclear Blast.

“Shrine”, sexto da banda escocesa de metalcore Bleed From Within, e que marca uma nova etapa na carreira junto à gravadora Nuclear Blast.

O Bleed From Within foi uma das bandas que melhor aproveitou o período de inatividade da pandemia para lapidar sua musicalidade. Após lançar o álbum “Fracture” durante o lockdown, os escoceses rapidamente trabalharam no próximo disco que iria iniciar o contrato com a gravadora Nuclear Blast, após serem enaltecidos como a resposta européia ao Lamb of God.

Abaixo você encontra uma oferta em disco de vinil duplo de “Shrine”, do Bleed From Within.

Batizado de “Shrine”, o novo disco do Bleed From Within foi lançado em 2022 construído sobre os cânones do metalcore, bem pontuado entre o groove metal e o thrash metal, além algumas pinceladas de death metal, com semelhanças a nomes consagradas do gênero, como Lamb of God, Parkway Drive, Bury Tomorrow, At the Gates e While She Sleeps, mas com personalidade própria carregada de ambição e ousadia.

Ambição e ousadia marcadas com mais destaque no uso de um quarteto de cordas, inserção de spoken words e na criação de atmosferas, além do atrito de vocais limpos com guturais. Claro que existem elementos progressivo aqui e ali, como em “Flesh And Stone”, mas, no geral, o disco prima pela pancadaria praticada de forma moderna, como ouvimos em “I am Damnation” (se o Faith No More fosse uma banda de deathcore soaria como nessa música), “Levitate”, “Stand Down” e “Invisible Enemy”, faixas que provocam o headbangin’ involuntário e onde a fórmula de se entregar ora à ternura, ora à agressividade, funciona melhor.

Nestas faixas ouvimos uma combinação de thrash metal brutal com linhas de guitarra inteligentes, vocais agressivos e versáteis, doses de groove, e bateria vertiginosa que formam seus esqueletos, cujas lacunas são preenchidas com andamentos variados, intrincados e um pouco de melodia em contraste à brutalidade, numa abordagem metálica moderna.

Todos estas faixas aparecem na primeira metade do repertório, revelando a grande deficiência de “Shrine”: uma segunda metade menos inspirada e cansativa, mesmo que a musicalidade se mantenha vigorosa, pesada, melódica e mostrando muito potencial para se tornar uma das maiores bandas do seu segmento, pois, ainda nestes momentos mais genéricos, não recusam a violência, mesmo que de modo controlado, ou deixam que a passividade seja um mérito.

Na média final, pesando a primeira e a segunda metades, o Bleed From Within pende claramente para o lado mais melódico e sombrio do metalcore, abusando de uma fórmula conhecida por contrastes vocais (melódicos e guturais), e guitarras com afinações baixas guiando o instrumental assimétrico, esbarrando ora no lugar comum, ora no brilhantismo.

Destaque ainda para a produção límpida e para o excelente vocalista Scott Kennedy, que se mostra extremamente versátil em suas interpretações. “Shrine” ainda não é o disco que explorou todo o potencial do Bleed From Within, mas é um passo firme e decidido rumo à maturidade musical que fará isso acontecer.

Em suma, o que este álbum faz é dar aos apreciadores do metalcore melódico uma fatia de qualidade deste tipo de música para satisfazer seu desejo, afinal “Shrine” é um álbum para quem gosta de peso e virulência musical, mas sem detrimento da técnica e dotado de espírito moderno!

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