Mauricio Bortoloto e Pedro Ghoneim, respectivamente, vocalista/guitarrista e baixista da banda de metal progressivo UHRUTAU, participam de nossa seção SE7E PERGUNTAS, onde queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de uma entrevista com sete perguntas fixas.
FICHA TÉCNICA
NOME DA BANDA: Uhrutau
ESTILO: Prog Metal
CIDADE/ESTADO: Campinas, Jundiaí, Pitangueiras – SP
INÍCIO DA CARREIRA: 2018
DISCOGRAFIA: “Memory” (2022)
ENTREVISTA
1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco da biografia da Uhrutau.
Maurício Bortoloto: Olá! Nós que agradecemos ao Gaveta pela oportunidade! O Uhrutau se iniciou no fim de 2017, quando o Dhieego Andrade (ex-baterista) me chamou para montarmos uma banda de heavy metal. Nós nos conhecemos através do curso de música da Unicamp, havíamos tocado juntos em bandas cover e de rock autoral, e como os dois gostavam de metal, especialmente o progressivo e o melódico, ele decidiu me fazer esse convite, que foi prontamente aceito! Mais tarde, depois de já estarmos avançados em algumas composições, apenas com guitarras, bateria e vozes, outro amigo de longa data do curso de música topou entrar na banda, o Pedro Ghoneim. Assim consolidamos o power trio e começamos a fazer shows com nossas músicas lá pro meio de 2018. Passamos por casas em Campinas, Piracicaba, Araraquara, São Paulo, entre outras da região.
Em abril de 2019, realizamos a gravação do nosso primeiro álbum, “Memory”, no estúdio Family Mob (Crypta, Ratos de Porão, Mercyful Fate; São Paulo – SP), e nos estúdios Vitrola Digital e no do Victor Vawo, ambos em Campinas. A pandemia atrasou nossos planos, mas finalmente o álbum sairá nesse mês de abril de 2022, e estamos muito felizes pelo lançamento!
2. Quais as principais influências da banda? Existem alguns nomes que indicaria como principais referências para a sonoridade que vocês praticam?
Pedro Ghoneim: Esse disco é uma grande amálgama de referências, diretas ou indiretas. Eu, Maurício e Dhieego buscamos recursos em bandas de black metal, como Oathbreaker, no indie de The Strokes, o progressivo do Dream Theater e Symphony X, o power metal do Angra, o metal experimental do Sumac, e demos abertura para trazer um pouco de nossas vivências na música brasileira e no jazz.
3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, vocês possuem algum posicionamento político ou ideológico?
Maurício: A psicanálise foi o grande guia estético desse primeiro disco, levando as letras a tratar os assuntos não de forma muito direta, mas próxima da associação livre de ideias, como em uma sessão de terapia. Os temas são as questões pessoais, políticas e afetivas que enfrentamos no momento de sua composição. E sim, o Uhrutau deseja com força o fim do capitalismo!
4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona processo de composição da banda?
Maurício: As músicas desse primeiro álbum foram compostas especialmente na guitarra e na voz, e como eu e o Dhieego morávamos em cidades diferentes, eu gravava as minhas linhas e enviava pra ele. Algumas músicas já saiam mais arranjadas, pois eu também tinha como experimentar baterias que eu programava. O Dhieego reproduzia e adaptava ideias que já estavam prontas, e também experimentava bastante pra compor as partes que ainda estavam sem bateria. Quando o Ghoneim entrou na banda, ele colocou sua cara na coisa e eles fecharam juntos os arranjos, consolidando a nossa sonoridade.
As letras sempre vinham depois das melodias, e foram o processo mais difícil. Como elas são muito próximas de nossas vivências, narram conflitos de nossas vidas em um determinado período do tempo, o procedimento era viver, se afetar, compor.
5. Qual das suas músicas você indicaria para alguém interessado em conhecer o som de vocês?
Pedro: Acredito que a faixa “Carnival”, nosso primeiro single, sintetiza bem todos os elementos que trazemos ao longo desse primeiro álbum. Ela traz a referência do progressivo através dos riffs, mostra os vocais limpo e gutural, cria atmosferas densas, além de integrar alguns ritmos regionais brasileiros. Quem gostar dessa música, provavelmente vai gostar também de outras faixas do “Memory”.
Maurício: Já que o Ghoneim recomendou um dos nossos singles, aproveito para recomendar o outro, “Wicked”, a favorita das pessoas que já ouviram o disco todo!
6. Já existem metas de longo e médio prazo para a banda?
Pedro: O plano, no momento, é lançar e tocar o “Memory” ao vivo, para a maior quantidade de pessoas que conseguirmos. Acreditamos muito que nosso som precisa ser experienciado cara a cara, não somente pela gravação. Em paralelo, já estão surgindo diretrizes e ideias para um segundo álbum. Estamos animados para descobrir o que vai acontecer nesse próximo trabalho.
7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.
Maurício: Valeu demais pelo espaço e estamos ansiosos para reencontrar o público e nossos amigos e amigas de outras bandas nos shows e festivais! Sigam nosso Instagram @uhrutau para acompanhar o que temos feito, e não se esqueçam que no final de abril será o lançamento do nosso primeiro álbum, “Memory”! Vem ouvir que está massa!
CONTATO
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