O termo Supergrupo foi cunhado no final da década de 1960 para rotular bandas formadas por nomes consagrados no cenário musical. Mas nem todos os supergrupos deram certo! Muitos deles ficaram obscurecidos no underground e alguns nem chegaram a gravar discos. Por diversas razões, que vão do ego à famosa química entre os integrantes, estes times de estrelas musicais falharam miseravelmente quando unidos. Vamos falar sobre alguns deles neste artigo.
Em 1975, a banda Armageddon era formada por Keith Relf (vocal dos Yardbirds), Martin Pugh (Rod Stewart), Bobby Caldwell (Johnny Winter, Capitain Beyond) e Louis Cennamo (Renassaince). Um line-up invejável que por conter muitos talentos pode não ter dado certo e gravou apenas o ótimo álbum auto-intitulado em 1975, e que vem sendo redescoberto pelos fãs de rock setentista.
Em 1977, o foi a vez do Rough Diamond que trazia na sua formação o vocalista David Byron (Uriah Heep), junto a Clem Clempson (Humble Pie), Willie Bath, Damon Butcher e Geoff Britton (Paul McCartney and Wings). E mesmo com todo esse time de talento, a banda se desfez após lançar o primeiro e não tão consistente álbum homônimo que você pode ouvir facilmente no YouTube.
Na década seguinte tivemos mais alguns de supergrupos fracassados. Começamos com o Power Station, de 1984. O grupo era formado por Robert Palmer, John Taylor (Duran Duran), Andy Taylor (Duran Duran) e Tony Thompson (CHIC), membros de grupos famosos do pop-rock daquela década. Incrivelmente, o grupo não deu liga e não saiu do underground, sendo desconhecido até os dias de hoje.
Todavia, a grande interrogação dos anos 1980 foi a banda The Firm. Confira o time: Paul Rodgers (Free, Bad Company), Jimmy Page (Led Zeppelin), Tony Franklin (Roy Harper, Blue Murder e Whitesnake) e Chris Slade (Uriah Heep). Mas as vendas dos dois álbuns lançados foram um verdadeiro fiasco, culminado na dispensa da gravadora.
Nas fileiras dos fracassos oitentistas mais ilustres encontra-se o Gogmagog, o maior fracasso de um supergrupo do heavy metal. Paul Di’Anno (Iron Maiden), Janick Gers (Gillan e depois Iron Maiden), Pete Willis (Def Leppard), Neil Murray (Gary Moore, Whitesnake) e Clive Burr (Iron Maiden) se uniram para montar uma grande banda de Heavy Metal, mas não funcionou. Gravaram apenas um EP chamado de “I Will Be There”. Nele podemos perceber que a banda teria futuro, o que atrapalhou foram as drogas consumidas por Di’anno e Burr.
Ainda no heavy rock, o Desperado, formado também por Clive Burr (Iron Maiden), ao lado do mestre Dee Snider (Twisted Sister), Bernie Torme (Gillian e Ozzy Osbourne) e Marc Russel chegou a gravar um álbum em 1988, denominado “Bloodied But Unbowed”, mas não conseguiu nem lançá-lo à época, falindo antes mesmo de estrear. por decisão da gravadora Elektra, falindo antes mesmo de estrear. O álbum só seria lançado em 1996, pela Destroyer Records.
Um dos supergrupos que mais se destacou nos anos 80 pela ascensão e queda instantâneas foi o Bad English. Formado nos EUA, em 1988, por Neal Schon e Jonathan Cain, nomes vinculados ao multi-platinado Journey, junto a John Waite (The Babys), Rick Phillips (The Babys) e Deen Castronovo (Cacophony), lançaram dois álbuns e emplacaram alguns sucessos, mas em pouco tempo a banda implodiu.
Agora, se você gosta de hard rock, construa mentalmente este line-up: Michael Schenker (um dos maiores guitar-heroes de todos os tempos que tocou no Scorpions e no UFO), Tracii Guns (Guns N’ Roses e L.A. Guns), Bobby Blotzer (Ratt), Richard Black (Shark Island) e Share Pedersen (Vixen). Um dream-team do hard rock oitentista. Mas não deu certo! Sob a alcunha Contraband lançaram apenas um álbum no início dos anos 90, mas a época já era dominada pelo grunge e o disco passou batido.
Pulando um pouco no tempo, no começo dos anos 2000 era criado o Zwan. A formação trazia Billy Corgan e Jimmy Chamberlin do Smashing Pumpkins, Matt Sweeney (Cat Power e Guided By Voices), David Pajo, e Paz Lenchantin (A Perfect Circle, Queens Of The Stone Age), que chegou a ser bem falado pelo álbum “Mary Star of the Sea” (2003), mas que teve seu fim em 2004 quando Billy Corgan declarou: “meu coração esteve sempre com o Smashing Pumpkins”.
Para finalizar nossa rápida viagem pelos supergrupos que não deram certo, em 2006, um reality-show construiu um supergrupo chamado Damnocracy. A banda trazia Sebastian Bach (Skid Row), Ted Nugent (Amboy Dukes e Damn Yankess), Scott Ian (Anthrax, SOD), Evan Seinfeld (Biohazard) e Jason Boham (UFO e Foreigner), que não gravou nenhum disco e compôs a faixa “Take It Back”, parecendo mais um produto de marketing do que uma banda de Rock!
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O power station colocou duas musicas no top 10 americano e o album tmb foi top 10 vendendo 3 milhoes de copias!
Alexandre, você está certo, o Scott Ian nunca foi do System of a Down. Mas acho que você se enganou apenas na leitura do artigo, pois o SOD referente ao Scott Ian não é do System of a Down (cujo acrônimo é SOAD) e sim Stormtroopers of Death, banda fundada em 1985, uma precursoras do crossover/thrash. Era um projeto paralelo dos músicos Billy Millano (M.O.D.), Scott Ian (Anthrax), Dan Lilker (Nuclear Assault) e Charlie Benante (Anthrax) e indico fortemente o clássico “Speak English or Die” (1985), um disco excelente. Abraços!
Reportagem bacana, mas o Scott Ian nunca foi do System of a Down