Slayer – Resenha de “The Repentless Killogy” (2019)

 

Slayer - The Repentless Killogy Live At The Forum in Inglewood, CA (2019)
Slayer – “The Repentless Killogy Live At The Forum in Inglewood, CA” (2019 | Shinigami Records)

Eu poderia começar esse texto dizendo que o Slayer é uma instituição do heavy metal. Mas seria pouco!

Assim como o Black Sabbath criou o heavy metal  e o Judas Priest deu sua formatação final, sua imagética bem definida, o Slayer definiu, com seus cinco primeiros discos, o thrash metal em seus cânones principais, estilo inaugurado pelo Metallica.

A influência do Slayer dentro do metal extremo é incalculável! De speed metal ao grindcore seu nome é dado como referência de dez em cada dez bandas que se dedicam a qualquer forma de música extrema.

Desta forma, quando o quarteto norte-americano anunciou o fim das atividades a comoção foi geral dentro do cenário da música pesada. Afinal, é uma entidade do rock que se aposenta ainda em grande fase.

E uma rápida conferida na discografia do Slayer nos mostra o quanto os materiais ao vivo são importantes em sua obra.

Desde o emblemático “Live Undead”, de 1984, passando pelo marco final de sua primeira fase, “Decade of Aggression” (1991), ou os videos como “Live Intrusion” (1995) e “Still Reigning” (2004). Sendo assim, nada mais justo que seu último ato discográfico ainda em atividade seja um disco ao vivo.

“The Repentless Killogy (Live at the Forum in Inglewood, CA)”, lançado em 2019, foi gravado em agosto de 2017 em meio a sua turnê de despedida e também a de divulgação do ótimo “Repentless” (2015 – que resenhamos aqui).

Até por isso, temos em meio a um ataque impiedoso de clássicos, quatro composições deste mais recente trabalho de estúdio: “Repentless”, “When the Stillness Comes”, “You Against You” “Cast the First Stone”.

E elas não fazem feio frente a pedradas como “The Antichrist”, “Hate Worlwide” (um arrasa-quarteirão do subestimado “World Painted Blood” [2005]) e “Discipline”, por exemplo, só pra citar algumas.

Aliás, “Discipline” vem nos mostrar que mesmo o disco mais fraco do Slayer (pra mim, obviamente) tem suas potencialidades. Tudo bem que dali também tiraram o ponto mais fraco do repertório deste disco ao vivo: “Bloodline”.

A identificação do Slayer com seu público é algo que beira o espiritual e isso está bem registrado desde o início com a macabra e densa “Delusions of Saviour” e quando “Postmortem” explodir certamente você estará assim como os fãs no dia do show: hipnotizado e rendido ao poder musical do quarteto.

O repertório está impecável!

“War Esemble”, “Rainning Blood” e o final com “Angel of Death” são todos momentos catárticos! Já “Hell Awaits” é uma invocação demoníaca, enquanto “Seasons in the Abyss” é uma celebração.

“Mandatory Suicidade” é hipnótica, contrastando com a avalanche de brutalidade thrash metal de “Halloweed Point”, “Chemical Warfare” “Born of Fire”. 

Por sua vez, “South of Heaven” continua sendo a melhor forma de provar como o thrash metal pode ser ainda mais impactante com riffs macabros e velocidade controlada!

E que me perdoe “Angel of Death” e seus defensores como a grande música do Slayer, mas a psicótica “Dead Skin Mask” rouba a cena e se mostra, de fato, como a melhor música do quarteto!

Agora que externei minha paixão por essas músicas, posso analisar outros detalhes do trabalho.

Apesar da eu não ter gostado da capa, não dá pra criticar o trabalho gráfico como um todo, que vem muito esmerado, recheado de fotos (não tem como não se arrepiar com a panorâmica do palco e todo aquele fogo infernal).

No Brasil, o disco duplo foi lançado num digipack  belíssimo à cargo da Shinigami Records.

Outra coisa importante de registrar é que a captação do som está impecável e a banda tem uma performance demonicamente precisa!

Que me perdoem os órfãos do espetacular Dave Lombardo que desmerecem o trabalho de qualquer outro baterista que tocou com o Slayer, mas eu sempre gostei muito do trabalho de Paul Bostaph e aqui ele está executando tudo com feeling e altíssimo nível técnico.

Por fim, é preciso mencionar como Gary Holt, guitarrista do Exodus, se encaixou como uma luva no Slayer. Ele substituiu ninguém menos que Jeff Hanneman, um dos pilares da banda, e conquistou seu espaço com técnica, precisão e uma postura de palco bem encaixada à banda.

Não deixe esse material passar em branco, pois creio que ele será a última lembrança de algo importante na sua vida e que quase certamente você não terá de novo!

FAIXAS

CD1
1. Delusions Of Saviour (Live)
2. Repentless (Live)
3. The Antichrist (Live)
4. Disciple (Live)
5. Postmortem (Live)
6. Hate Worldwide (Live)
7. War Ensemble (Live)
8. When The Stillness Comes (Live)
9. You Against You (Live)
10. Mandatory Suicide (Live)
11. Hallowed Point (Live)
12. Dead Skin Mask (Live)

CD2
1. Born Of Fire (Live)
2. Cast The First Stone (Live)
3. Bloodline (Live)
4. Seasons In The Abyss (Live)
5. Hell Awaits (Live)
6. South Of Heaven (Live)
7. Raining Blood (Live)
8. Chemical Warfare (Live)
9. Angel Of Death (Live)

FORMAÇÃO:

Tom Araya (vocal, baixo)

Kerry King (guitarra)

Gary Holt (guitarra)

Paul Bostaph (bateria)

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