RESENHA | Silent – “Land Of Lightning” (2016)

 

“Land of Lightning” é o segundo álbum de estúdio da banda carioca Silent.

Seguindo os passos dos gigantes do AOR/Melodic Rock, o Silent apresenta um trabalho que não perde em nada para as bandas gringas!

Um álbum que de treze faixas, onze são empolgantes, e ao menos oito são destaques absolutos, não pode ser negligenciado por quem curte um bom Hard Rock/AOR!

Se você ainda procura “rádios” que toquem Melodic Rock na internet, se curtia as coletâneas como “Lovy Metal” ou “Classic Metal”, ou ainda se adorava as trilhas sonoras dos filmes oitentistas recheadas de AOR, então este álbum foi feito pra você!

Silent - Land of Lightning (2016, Planet Music)

Claro que estaremos minimizando todo o talento que transborda de cada movimento aqui executado pela banda Silent, formada por Gustavo Andriewiski (vocal/guitarra/teclados), Alex Cavalcanti (guitarra/teclados/backing vocal), Douglas Boiago (baixo/backing vocal) e Luiz “Tilly” Alexandre (bateria e percussão), se a marcamos apenas como um representante brasileiro do AOR.

Todavia, seguem, principalmente, os passos dos gigantes do AOR/Melodic Rock, apresentando um conjunto de canções elegantemente emolduradas de teclados, aliados  a arranjos de guitarra precisamente encaixados, vocal melodioso, refrões grudentos e andamentos empolgantes.

Tudo como consta no manual do estilo, ou seja, pegada radiofônica acessível, mas melodicamente requintada!

Isso ao menos na primeira parte do trabalho, pois à medida que “Land Of Lightning” se desenrola, restringir estas faixas apenas como AOR, ou Melodic Rock, seria diminuir a variação de andamentos, abordagens e timbragens explorados no álbum como um todo, principalmente em faixas como “One More Time” e “The One Within”, que trazem uma roupagem menos polida e linhas mais sujas contrastando com as melodias.

Já “Around The Sun”, que abre o álbum e ganhou um videoclipe, seria um hit arrebatador nos anos oitenta. Mas não pense que esse fato faz dela datada.

Muito pelo contrário!

Assim com em todo o álbum, a produção impecável, que também nos permite detalhar cada performance instrumental, injetou modernidade às composições, tirando qualquer ranço de arte ultrapassada que quase sempre acompanha os praticantes do estilo.

Este fato ainda pode ser confirmado em ótimas faixas como “Hello Hello”, “Bye Bye Superman” (belíssima balada, longe de ser piegas), “Numb” (uma das melhores, que consegue alternar modernidade com os clichês do estilo), “Land of Lightning” (power ballad preciosa e outra das melhores do álbum), “Scene” (um Hard Rock preciso) e “Dancing in the Morning Light” (com uma pegada empolgante e que fecha a trinca de destaques máximos).

Temos que aplaudir uma banda como o Silent, pois não é fácil transitar pela perigosa ponte musical que liga o Pop Rock e o Hard Rock oitentista, tendo abaixo o precipício de soar “popesco” e datado.

Mas a experiência acumulada pelos palcos desde o ano de 1991, quando fizeram seu primeiro show, deu à banda a maturidade para cruzar incólume este percurso, com composições inteligentes, alicerçadas num trabalho de guitarras e teclados brilhantes, elementos tão importantes no equilíbrio de peso e acessibilidade melódica, não transpirando nenhum pingo de pretensão, pelo contrário, encantando, envolvendo e pedindo por mais audições.

Se não somente bandas como Journey, Foreigner, Bon Jovi, Nelson e Winger são sua praia, mas também nomes modernos como Find Me, Imperia, First Signal e Winery Dogs, não deixe passar a oportunidade de conferir este trabalho.

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