O mais recente álbum do Saxon, “More Inspirations”, continua a proposta do disco “Inspirations” (2021), onde as lendas do heavy metal britânico revisitam suas influências. Este disco é uma audição obrigatória para qualquer fã de rock e metal.
Saxon, a lendária banda britânica de heavy metal, lançou seu último álbum, “More Inspirations”, onde gravam músicas que os influenciaram e foram a trilha sonora de seus tempos na estrada. Dos Animals e Sensacional Alex Harvey Band a Kiss e Alice Cooper, passando por Cream, The Who, Rainbow, Nazareth e Uriah Heep, a banda mergulha alguns clássicos do rock em sua musicalidade pesada e firme, fazendo deste álbum obrigatório para qualquer fã de metal. Leia abaixo nossa resenha completa deste disco lançado no Brasil pelo selo Hellion Records em versão em slipcase.
Produzido pelo vocalista/cofundador Biff Byford ao lado de seu filho, Seb Byford, e do engenheiro Jacky Lehmann, “More Inspirations” seria visto como uma prova da falta de inspiração de uma banda veterana se o Saxon não tivesse um uma fase de bons quatro discos de faixas inéditas nos últimos dez anos. Da farta cena britânica da NWOBHM nos anos 1980 fatalmente o Saxon é uma das únicas que permaneceram fiéis ao heavy metal.
Atualmente, o único membro original do Saxon é o próprio Biff Byford, que dando as cartas decidiu novamente homenagear seus heróis em “More Inspirations”. Ja na primeira parte, lançada em 2021 e intitulada apenas “Inspirations”, tínhamos a certeza de que este registro de covers não representava uma crise criativa do Saxon, pois eles apenas não se fiavam às versões oficiais e davam uma roupagem típica do heavy metal da banda à todos eles, algo que novamente acontece nesta seguns empreitada.
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Sobre essa roupagem típicamente Saxon, Biff Byford disse ao site hollywoodsoapbox.com que: “Nós as reorganizamos um pouco, colocamos batidas de bateria quando não havia nenhuma, colocamos um solo de guitarra em vez de um órgão, mas geralmente não queríamos mudar nenhuma das músicas”. Ele continua: “Não usamos um tecladista. Transpomos tudo para a guitarra, então soa mais pesado. Cantar todas as músicas é um grande desafio porque, obviamente, cada música é vocalmente diferente.”
Uma prova disso que o vocalista disse reside já na faixa de abertura, “We’ve Gotta Get Out Of This Place”, cuja determinação e energia rústica dos Animals foram amplificados pelo peso inerente à musicalidade da banda. Também ouvimos os indícios deste apropriação (no bom sentido) em “From The Inside”, uma faixa hiperdinâmica retirada do fundo do baú discográfico de Alice Cooper, e na sombria versão do clássico “Detroit Rock City”, do Kiss.
Os Animals, liderados por Eric Burdon, inclusive foi uma influência importante para o Saxon. Em entrevista recente ao site hollywoodsoapbox.com, Biff Byford se lembra de “We’ve Gotta Get Out of This Place” e como sua linha de baixo de abertura o impressionou, pois ele tocava baixo naquela época de sua vida: “Foi a primeira vez que ouvi uma música começar com o baixo”, disse ele. “Eu estava literalmente tentando tocar aquele riff no baixo e aprendê-lo, então, sim, apenas uma daquelas músicas que você aprende a tocar quando está começando.”
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Certamente, se você ouvir estas estas versões citadas de clássicos e obscuridades do rock irá ficar curioso pelo que ouvirá no restante do disco. Outras momentos impressionantes do repertório, que se destacam pela potência e renovação, serão “Substitute”, do The Who, e “Razamanaz”, do Nazareth. Por outro lado, confesso que as versões para “Man On A Silver Mountain”, do Rainbow, “Chevrolet”, do ZZ Top, e “Tales of Brave Ulysses”, do Cream, foram as três decepções na minha opinião, enquanto “Gypsy”, do Uriah Heep, empolga pelo groove, mas ainda nem tanto quanto as citadas no parágrafo anterior, assim como acontecerá “The Faith Healer”, da Sensational Alex Harvey Band.
Em suma, “More Inspirations”, do Saxon, continua a mostrar quais são as inspirações das quais o Saxon extraiu sua própria identidade musical através da colagens de referências, e os posicionou claramente como uma das bandas mais importantes do heavy metal desde sua fundação em 1977. Semelhante ao seu antecessor, “Inspirations”, este álbum é divertido e te dará vontade de tirar a poeira da sua velha coleção de discos e revisitar as versões originais. O Saxon só compartilha conosco essas músicas que são importantes para eles, que eles gostam e os inspiraram, e, provavelmente, tocavam no tour bus da banda ao longo destas décadas.
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