Savatage – “Gutter Ballet” (1989) | Você Devia Ouvir Isto

 

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Savatage - Gutter Ballet
Savatage – Gutter Ballet (1989)

Dia Indicado Pra Ouvir: Quarta-Feira

Hora do dia indicada para ouvir: Cinco da Tarde

Definição em um poucas palavras: Pesado, melódico, classudo, progressivo.

Estilo do Artista: Heavy Metal

Comentário Geral:  Com o clássico “Hall of the Mountain King”, o Savatage retomou sua antiga forma, com peso, sombras e certa acessibilidade nas melodias disfarçada pelos detalhes e novidades frutos da parceria com o produtor Paul O’ Neil.

Ali, era o Savatage se desculpando pelo escorregão em “Fight for the Rock” (1986), mas, ao mesmo tempo, mostrando que as coisas nunca mais seriam as mesmas, e, de fato, não foram.

Desta vez, porém, as mudanças seriam para melhor como provaria o disco que chegou na sequência: “Gutter Ballet”, lançado em 1989, era outro clássico indiscutível do Savatage.

Para a turnê de promoção de “Hall of the Mountain King”, ao lado de Dio, Megadeth e Testament, o Savatage acrescentou mais um guitarrista, Chris Caffery.

Oriundo do Heaven, uma banda empresariada por Paul O’Neil, Chris Caffery também era responsável pelos teclados na turnê que teve como ápice o show no histórico festival holandês Dynamo Open Air, em 1989.

Ainda naquele ano, após o sucesso da turnê, o novo guitarrista seria efetivado na banda e já estaria presente no próximo trabalho.

“Gutter Ballet”, quinto álbum do Savatage e segundo produzido por Paul O’Neil, chegou em 1989 como uma continuidade nas transformações de “Hall of the Mountain King” pelo menos no que tangia a letras, peso dos riffs e melodias grandiloquentes.

Segundo Jon Oliva, não havia limitações quando se trabalhava com Paul, pois com ele o Savatage “era uma banda pronta para explorar e crescer”, “não apenas uma banda de heavy metal”.

Até por isso, novamente, o produtor tem mão forte nas composições dos irmãos Oliva, e sem dúvidas isso contribuiu para que “Gutter Ballet” marcasse a mudança efetiva de sonoridade que inclusive colocaria o Savatage nos charts da Billboard.

A história nos conta que depois que Jon Oliva assistiu o musical “O Fantasma da Ópera” de Andrew Lloyd Weber, decidiu mudar o som da banda de um heavy metal direto e pesado para um som mais progressivo, mais orquestrado e teatral.

No geral é exatamente isso que ouvimos nas onze composições de “Gutter Ballet”, à começar com a introdução climática intitulada “Of Rage and War”, com seus riffs provocativos e os característicos vocais rasgados de Jon Oliva.

Essa música caberia perfeitamente em “Hall of the Mountain King”, além de mostrar que a turnê ao lado do Megadeth os influenciou de alguma forma, pois algo na estrutura e na estética dessa música me lembra sempre do que Mustaine fazia na mesma época com sua banda.

No geral, temos um disco pesado e com composições marcantes em termos de identidade sonora à partir da faixa-título, que não só  virou um hino do Savatage, mas também ajudou a mudar o patamar da banda dentro do heavy metal.

A impressão é que o disco de fato começa em “Gutter Ballet” e “Of Rage and War” seria apenas uma ponte com “Hall of the Mountain King”.

Mesmo porque, além da óbvia influência dos musicais, existia algo da fácil assimilação do hard rock e até do AOR nesta requintada interseção de mundos (heavy metal, progressivo classic rock) que o Savatage se propunha nesta faixa-título, donde também destacamos a boa interpretação de Jon Oliva em seus arranjos vocais (assim como na balada “Summer’s Rain” mais à frente).

Outra composição que revelava essa nova faceta do Savatage era “When the Crowds Are Gone”, agora com Criss Oliva brilhando e o Savatage se inserindo numa zona mais acessível, sem perder um grama de qualidade.

Uma rápida comparação das melodias vocais de Jon Oliva na segunda metade dessa música com o sucesso “Total Eclipse of the Heart”, de Bonnie Tyler, ou a trilha sonora de “Streets of Fire” nos dá provas desse direcionamento mais acessível.

Isso não é nenhum demérito, apenas uma constatação, e que acontece também na introdução da ótima “Mentally Yours”, que logo descamba para uma forma inspirada e inteligente de heavy metal, com mais um destaque para o trabalho de Criss Oliva.

Mesmo em “She’s In Love”, quando o peso do heavy metal voltará ao protagonismo, ou em “The Unholy” (um típico hard n’ metal oitentista), existirá algo de diferente, mais progressivo e bem acabado que nos discos anteriores.

Já “Hounds” e “Thorazine Shuffle”, que também possuem esse padrão “metal Broadway”, mostram algumas influências de Black Sabbath, principalmente da fase Dio.

Isso tudo só reforça o fato de ser “Gutter Ballet” um disco versátil e ousado, mas também muito coeso, fruto de uma banda que conhece o direcionamento musical que quer seguir.

Nele ainda temos duas faixas instrumentais, “Temptation Revelation” (que seria o nome original do disco) e “Silk and Steel” (me lembrando as faixas de Steve Howe ao violão em alguns discos do Yes) que reforçam esse clima progressivo, dramático e épico através de melodias de gancho saborosos e climáticos.

O próprio Jon Oliva enaltece a pluralidade do trabalho:

“É um disco muito versátil. Ele mostra todos os lados da banda, e pra onde estávamos indo com nossas composições”.

Já o novo guitarrista, Chris Caffery, apesar de creditado nas guitarras e teclados no encarte do álbum, não participou das gravações. Outra curiosidade interessante no processo em estúdio é o fato de que Jon Oliva gravou a bateria e o baixo da faixa-título.

Com um álbum de boa repercussão na bagagem, o ano de 1990 começa com o Savatage entrando numa turnê que duraria nove meses e passaria pelos Estados Unidos, Europa e Japão, mas ao seu fim, o guitarrista Chris Caffery deixaria a banda.

Um novo disco do Savatage somente sairia em 1991. Infelizmente, “Streets- A Rock Opera” traria a marca sombria de ser o último disco de Jon Oliva como vocalista do Savatage aré o derradeiro “Poets And Madmen”.

Em 17 de outubro e 1993, o Savatage viveria sua situação mais traumática, com a morte de Chris Oliva, vítima de um acidente automobilístico causado por um motorista bêbado, após lançarem o também clássico “Edge of Thorns” (1993).

O Savatage ainda lançaria ótimos discos como “Handful of Rain” (1994) e o espetacular “The Wake of Magellan” (1997), trazendo nas guitarras Alex Skolnick e a dupla Al Pitrelli/Chris Caffery, respectivamente, mas a perda de Chris quebrou a magia da banda de uma forma

Este disco foi recentemente relançado no Brasil através de uma parceria entre a Shinigami Records e a earMUSIC, numa edição que traz as versões acústicas de “Alone You Breathe” e “Handful Of Rain” como faixas bônus.

Ano: 1989

Top 3: “Gutter Ballet”, “When the Crowds Are Gone” “Mentally Yours”

Formação: Jon Oliva (Vocal), Criss Oliva (guitarra e violão) e Chris Caffery (Guitarra e teclados), Johnny Lee Middleton (baixo) e Steve “Doc” Wacholz (bateria)

Disco Pai: Queen – “A Night At the Opera” (1975)

Disco Irmão: Queensryche – “Operation: Mindcrime” (1988)

Disco Filho: Trans-Siberian Orchestra – “Beethoven’s Last Night” (2000)

Curiosidades: A banda apresentou um conjunto conceitual, composto pelas últimas três faixas do álbum: “MentallyYours”, “Summer’s Rain” e “Thorazine Shuffle”, que tratam de um único personagem, conforme revelado pela banda em entrevistas da época. Essas músicas foram escritas por Jon, Criss e Paul no estúdio.

Pra quem gosta de: Musicais da Broadway, show de rock, literatura clássica e cerveja.

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