Savatage | Uma biografia através de seus 5 discos essenciais

 

O Savatage foi uma das bandas mais importantes do heavy metal norte-americano que levou para o gênero a estética dos musicais da Broadway. Confira uma biografia da banda ao longo de seus 5 discos obrigatórios!

Savatage - Biografia Melhores Discos Músicas

Savatage foi uma banda de heavy/prog metal fundada pelos irmãos Jon Oliva e Criss Oliva em 1978, com o nome de Avatar, na cidade de Tampa, na Flórida.

Eles são muito conhecidos por misturar o heavy metal com a linguagem musical da Broadway, mesmo que no início o Savatage fosse uma banda tradicional de heavy metal, se destacando pelos riffs pesados ​​do guitarrista Criss Oliva e pelo estilo vocal único do vocalista Jon Oliva.

Savatage – “Sirens” (1983)

Muito antes da cidade de Tampa ficar conhecida como a meca do death metal, os irmãos Jon Oliva (vocal, teclados e baixo) e Christopher Oliva (guitarrista) fundaram a banda Metropolis, ao lado do baterista Joe Conn.

Após a entrada do baixista Tony Ciulla o Metroplis foi rebatizado como Avatar e já no ano seguinte, em 1979, começam as mudanças na formação enquanto a banda se desenvolve no circuito underground.

Já com Steve Walchoz na bateria e Keith Collins no baixo, o Avatar consegue lançar um single com a s faixas “City Beneath the Surface”, “Sirens” e “The Whip”, em janeiro de 1983, o que chamou a atenção da Metal Blade.

Logo veio o convite para integrar a histórica coletânea “Metal Massacre 1”, ao lado de Steeler, Bitch, Malice, Ratt, Cirith Ungol e Metallica. A mudança de Avatar para Savatage veio por causa de problemas legais que levaram o single a ser recolhido, e o que poderia ser danoso não impediu que entrassem em estúdio para gravar o primeiro álbum, “Sirens”.

Savatage - Sirens
Savatage – “Sirens” (1983)

Lançado pela Metal Blade Records em julho de 1983, “Sirens” logo chamou a atenção para a banda por causa de pedradas como “Holocaust”, “I Believe”, “Twisted Little Sister” e a emblemática faixa título.

Em 1984, entraria em cena Robert Zemzsky, que passaria a ser empresário do Savatage e levaria a banda para a Atlantic Records. Para manter o nome da banda em alta lançam um EP ainda em outubro de 1984, o pesadíssimo “The Dungeons Are Calling”, que havia sido gravado durante as sessões de “Sirens” e serve como uma continuidade daquele primeiro trabalho.

Neste EP temos músicas sensacionais desta primeira fase do Savatage, antes da chegada de Paul O’Neil, como “By the Grace of the Witch” a faixa-título e as músicas que estavam naquele primeiro single, “City Beneath the Surface” e “The Whip”. 

Anos mais tarde, “Sirens” “The Dungeons Are Calling” foram lançados juntos na primeira versão em CD do primeiro disco, no ano de 1988, tornando os dois discos indissociáveis e um dos grandes momentos da carreira do Savatage.

O primeiro disco a ser lançado pelo novo selo, a Atlantic Records, seria o cultuado “Power of the Night” que poderia muito bem estar nessa lista, e por isso merece menção.

Neste segundo disco de estúdio, lançado em 1985, o Savatage nos oferecia mais alguns bons momentos de seu repertório, como “Warriors”, “Necrophilia”, “Washed Out”, “Stuck on You” “Power of the Night”. 

Já no ano seguinte, mais uma mudança na formação do Savatage: o baixista Keith Collins dá lugar para Johnny Lee Middleton. Porém, a mudança mesmo que acertada, como o futuro mostraria, trouxe a reboque o mais fraco disco do Savatage.

Intitulado “Fight For The Rock” (1986), este disco foi fruto de sua época, quando o quarteto tento se encaixar no universo musical norte-americano, com uma sonoridade comercial e mais leve, além do uso excessivo de teclados e de baladas.

Savatage – “Hall of The Mountain King” (1987)

“Hall of the Mountain King” já era o quarto disco da banda norte-americana (sem contarmos o EP “The Dangerous Are Calling” [1984]),e ele tinha a missão de suceder o fraco “Fight For the Rock”, lançado no ano anterior.

Savatage Hall of the Mountain King
Savatage: “Hall of the Mountain King” (1987)

E até para entender o que ouvimos em “Hall of the Mountain King” é interessante olharmos um instante para  “Fight For the Rock”. Primeiro álbum com o baixista Johnny Lee Middleton, “Fight For the Rock” era um disco com boas intenções em termos de composições, mas que errava feio ao tentar surfar na onda do hard rock que explodia de uma forma impressionante em 1986. O Savatage neste disco abusou de teclados, baladas e carregou seu visual de cores.

Não deu certo, pois o som mais comercial contrastava com o que ouvíamos nos trabalhos anteriores, principalmente no pesadíssimo EP de 1984, e não seria exagero dizer que “Fight For the Rock” manchou um pouco a imagem do Savatage. A verdade é que mesmo com o resultado interessante de seus dois primeiros discos, “Sirens” (1983) e “Power of the Night” (1985), o Savatage ainda era uma banda em busca de sua própria sonoridade.

Algo que começou a mudar com a adição de Paul O’ Neil ao time. Produtor e compositor com passagem pelos musicais da Broadway  e trabalhos com bandas importantes, ele se tornaria a bússola musical do Savatage, quase como um ghost writer da banda. Sua primeira parceria com o quarteto norte-americano é justamente este “Hall of the Mountain King”.

Até por isso, não é errado dizer que as dez composições do repertório original funcionam como uma espécie de transição do Savatage, daquele power/heavy metal tipicamente norte-americano de antes, para a “complexidade” e requinte que viraria sinônimo da banda.

Quando começou a trabalhar com o Savatage Paul O’ Neil era um produtor que trazia no currículo bandas como Aerosmith, Def Leppard, Ted Nugent e Scorpions, e sua visão musical se entrelaçou tão bem com a dos irmãos Oliva que ele viraria um co-compositor e uma espécie membro virtual ao longo dos anos.

O contraste causado com o lançamento de “Hall of the Mountain King” em comparação ao álbum anterior, se deu por causa de faixas pesadíssimas, como “24 Hours Ago”, “Beyond the Doors of the Dark”, além da faixa-título.

“Hall of the Mountain King”, naquele momento, veio para retomar a antiga forma do Savatage, com peso, sombras e certa acessibilidade nas melodias, disfarçadas pelos detalhes e novidades frutos da parceria com Paul O’ Neil.

Era o Savatage se desculpando pelo escorregão do passado, mas, ao mesmo tempo, mostrando que as coisas nunca mais seriam as mesmas.

O Savatage estava tão direcionando ao peso e à excelência musical que restauraria sua imagem na cena, que para a turnê ao lado de Dio, Megadeth e Testament trouxeram mais uma guitarra para encorpar o som nos palcos.

O novo guitarrista era o jovem Christopher Caffery, oriundo da banda Heaven, empresariada por Paul O’Neil, que acumulou ainda a função de tecladista para que Jon Oliva ficasse mais livre para executar seus vocais.

A restauração final da imagem do Savatage veio com o show no Dynamo Oper Air de 1989, um festival holandês onde a banda tocou para mais de trinta mil pessoas. O diferencial do Savatage à partir de então era o guitarrista Chris Oliva.

O domínio que ele tinha de seu instrumento era incomparável e sua versatilidade, assim como seu feeling e bom gosto estão marcados em todas as composições deste “Hall of the Mountain King”.

Um talento que faria Dave Mustaine convidá-lo a integrar no Megadeth, em 1989, mas que foi gentilmente recusado. Infelizmente, Chris Oliva faleceria em 1993, vítima de um acidente automobilístico causado por um motorista bêbado.

Savatage – “Gutter Ballet” (1989)

Porém, antes da tragédia, o Savatage ainda entregaria ao menos mais duas obras-primas. A primeira delas seria “Gutter Ballet”, disco lançado ainda em 1989, impulsionado pela excelente turnê de “Hall of the Mountain King”. 

Inclusive, após a turnê, durante as gravações do álbum, Chris Caffery passou a integrar a formação oficial do Savatage, porém, apesar de creditado nas guitarras e teclados no encarte do álbum, nele ão participou das gravações.

“Gutter Ballet” era um disco guiado por riffs pesados de guitarra, melodias grandiloquentes e letras de impacto, levando a musical da parceria com Paul O’Neil para um novo estágio.

A partir daqui, o produtor assinaria as composições como co-autor ao lado dos irmãos Oliva, inaugurando o estilo metal broadway tão característico do Savatage.

Savatage - Gutter Ballet
Savatage – “Gutter Ballet” (1989)

“Gutter Ballet”, quinto álbum do Savatage e segundo produzido por Paul O’Neil, chegou em 1989 como uma continuidade nas transformações de “Hall of the Mountain King” pelo menos no que tangia a letras, peso e abordagem melódica.

O produtor tem mão forte nas composições dos irmãos Oliva, e sem dúvidas isso contribuiu para que “Gutter Ballet” marcasse a mudança efetiva de sonoridade que inclusive colocaria o Savatage nos charts da Billboard.

Além da óbvia influência dos musicais que O’Neil motivou Jon Oliva a absorver, existia algo da fácil assimilação do hard rock e até do AOR nesta requintada interseção de mundos, que faz de “Gutter Ballet” um disco versátil e ousado, mas também muito coeso, fruto de uma banda que conhece o direcionamento musical que quer seguir.

A faixa-título é considerada uma das grandes composições do Savatage, encabeçando a lista de destaques do repertório, que seguem por “When the Crowds Are Gone”, “Hounds”, “Thorazine Shuffle” “Mentally Yours”. 

Com um álbum de boa repercussão na bagagem, o ano de 1990 começa com o Savatage entrando numa turnê que duraria nove meses e passaria pelos Estados Unidos, Europa e Japão, mas ao seu fim, o guitarrista Chris Caffery deixaria a banda.

Um novo disco do Savatage somente sairia em 1991, intitulado “Streets- A Rock Opera”, até então o disco mais ambicioso e ousado do Savatage, onde lapidaram e equilibraram a mistura de referências e influências que vinham trabalhando desde a chega da de Paul O’Neil.

“Streets- A Rock Opera” reforçava a personalidade metal broadway por meio de um conceito escrito pelo produtor, gerando um clássico indiscutível para o repertório do Savatage: a música “Jesus Saves”.

 Junto a ela podemos colocar ainda “Tonight He Grinds Again” “Believe”, como pontos altos de “Streets- A Rock Opera”, que para muitos é outra dentre as obras-primas do Savatage, e sem dúvidas merecia estar nessa lista, mas como gosto de dar um caráter mais abrangente nestas escolhas, deixo-o como uma menção honrosa.

As mudanças no Savatage a partir desse disco não seriam apenas musicais, pois após a turnê Jon Oliva decide abandonar o posto de frontman para se dedicar a vários outros projetos, inclusive escrever peças para a Broadway.

Savatage – “Edge of Thorns” (1993)

Após  “Hall of the Mountain King” o Savatage estava confiante para ir além, e ousou em discos como “Gutter Ballet” (1989) e “Streets – A Rock Opera” (1991), buscando ainda mais o senso da Broadway mesclado ao heavy metal pesado, deixando a sonoridade ainda mais bombástica e dramática.

Com esses dois discos o Savatage mostrou que havia enfim encontrado sua sonoridade, sua personalidade no heavy metal e lapidou-a ao máximo em “Edge of Thorns” (1993).

Porém, em 1993 já existiam diferenças estruturais na formação. Jon Oliva se dedicava às rock operas da Broadway e alegando problemas com sua voz ele deixa os vocais da banda, que estariam agora à cargo de Zak Stevens.

Com Oliva agora concentrado em compor e apenas tocar teclados, a parceria com Paul O’Neill viu com a chegada de Zak uma nova gama de possibilidades, que queira ou não deu um tom mais profissional e seguro às linhas vocais do Savatage.

Sua voz tinha uma personalidade forte que combinava muito bem com o duelo de peso eufórico e melodias melancólicas das guitarras de Chris Oliva, desenhando músicas emblemáticas na carreira do Savatage como “Sleep”, “He Carves His Stone” e “Damien”, de longe as melhores de “Edge of Thorns”.

Savatage - Edge of Thorns
Savatage – “Edge of Thorns” (1993)

Aliás, o que Chris Oliva toca nesse disco é sensacional, tanto em solos quanto em riffs. Técnica e criatividade em sua máxima expressão em prol do heavy metal tradicional. Até por isso, sua morte trágica, em 17 de outubro e 1993, foi tão traumática para o heavy metal noventista.

O Savatage ainda lançaria ótimos discos como “Handful of Rain” (1994) e o espetacular “The Wake of Magellan” (1997), trazendo nas guitarras Alex Skolnick e a dupla Al Pitrelli/Chris Caffery, respectivamente, mas a perda de Chris quebrou a magia da banda de uma forma irrecuperável.

Ainda podemos elencar como destaques de “Edge of Thorns” aos dois clássicos que abrem o disco, “He Carves His Stone” “Edge of Thorns”, vemos como atingiram um nível de excelência impressionante como compositores.

Jon Oliva apesar de tocar e compor o disco não pôde ser creditado por questões judiciais com o ex-empresário. Se creditado fosse, o ex-empresário teria direito a 50% do que fosse arrecado com o disco.

Outra curiosidade interessante é que a mulher desenhada na capa por  Gary Smith (mesmo criador das capas de “Hall of the Mountain King” “Gutter Ballet”) é a esposa de Chis Oliva.

Para a turnê de “Edge of Thorns” Steve Walchoz, que começava a ter problemas auditivos, deixa o Savatage temporariamente sendo substituído por Andy James.

Após a tragédia com Chris Oliva Jon Oliva e o demais membros não sabiam o que ia ser do Savatage dali em diante. Esse momento-chave refletiria diretamente em “Handful of Rain”, disco do Savatage lançado em 1994, cercado de tristeza, luto e excelência musical.

Durante anos circularam histórias de quem havia tocado nas sessões de gravação do disco, e qual era a formação do Savatage naquela época de incerteza.

A verdade é que Jon Oliva acabou gravando bateria, baixo, algumas guitarras, além dos teclados. Mesmo assim, Oliva teve crédito oficial apenas como tecladista por causa daquele mesmo antigo problema contratual com o ex-empresário.

Oliva, que trabalhava em parceria com o produtor Paul O´Neil, chamou o amigo Alex Skolnick, guitarrista do Testament, para gravar as partes de guitarra mais complexas.

Egresso do Testament, Alex Skolnick ficaria apenas para esse disco e faria a turnê, mas à época ele estava mais ligado ao fusion e ao jazz com seu Alex Skolnick Trio.

Musicalmente, “Handful of Rain” é brilhante e não deve em nada ao grandes trabalhos da carreira do Savatage, à começar pela produção primorosa que conseguiu capturar todas a sombras e melancolia que cercam as composições e potencializar o peso dos momentos mais intensos, gerando destaques como “Taunting Cobras”, “Chance”, “Watching You Fall” e “Alone You Breath”, a primeira música composta após a morte de Chris Oliva e dedicada à ele.

Para a turnê pelos Estados Unidos e pelo Japão, novamente o baterista Steve Walcholz saiu da banda por um problema auditivos que poderia deixa-lo completamente surdo se continuasse a fazer shows, por causa do volume alto. Em seu lugar entrou Jeff Plate.

Savatage – “The Wake of Magellan” (1997)

O Savatage lavava sua tragédia com muito trabalho, e em 1995 eles apresentavam “Dead Winter Dead” (1995), que contava com o baterista Jeff Plate já fixo como membro oficial da banda e o guitarrista Al Pitrelli no lugar de Alex Skolnick. “Dead Winter Dead” (1995) era mais um disco conceitual do Savatage, uma rock opera com temático discorrendo sobre a Guerra entre a Bósnia e a Sérvia, descrevendo reações para sofrimentos com a guerra, como um trauma emociona.

A história narrada por uma testemunha da matança era profunda, séria e refletia na sonoridade pesada se comparada aos dois discos anteriores. Ainda em 1995 sai “Ghost in the RUins – A Tribute To Criss Oliva” uma compilação de apresentações sdo Savatage nos Estados Unidos de 1987 a 1990 e que no Japão saiu com o título de “Final Bell”. 

No âmbito dos lançamentos, entre 1995 e 1997 temos três compilações, até que no fim daquele ano chega o terceiro álbum conceitual do Savatage e segundo com a nova formação: “The Wake of Magellan”.

Savatage - "The Wake of Magellan" (1997)
Savatage – “The Wake of Magellan” (1997)

Nele o Savatage trazia uma proposta diferente para sua abordagem, rumando para algo mais progressivo, com um conceito que narra uma história bem ambientada pelas composições de Jon Oliva e a criatividade de Paul O’ Neil.

A primeira diferença que salta aos ouvidos é o uso maior de teclados, com aspecto progressivo se fazendo presente, impondo o clima melancólico e denso do conceito, que também permitirá ao Savatage explorar sua verve mais épica e grandiloquente.

Não seria exagero dizer que “The Wake of Magellan” é o disco mais emocional do Savatage, uma banda que já tinha encontrado o equilíbrio entre a dramaticidade e o peso, nos oferecendo um heavy metal rico em melodias grandiloquentes, arranjos talhados aos detalhes e linhas de guitarra impecáveis.

Os destaques de “The Wake of Magellan”, “Morning Sun” “Paragons of Innocence” se mostram como representantes de faixas épicas, melancólicas e envolventes como sempre foi a marca do Savatage, mas aqui ainda mais amadurecida e abrilhantada pelas linhas vocais.

Aliás, outro ponto-chave para o que ouvimos aqui são as harmonias vocais de Zak Stevens e Jon Oliva.

A turnê começou nos Estados Unidos, passou pela Europa, e em março de 1998 o Savatage fez sua primeira turnê pelo Brasil e pela primeira vez na carreira executaram um set totalmente acústico.

Na virada do milênio, o Trans-Siberian Orchestra, projeto paralelo criado por Paul O’Neill, Jon Oliva e Bob Kinkel, que estreou em 1996, começou a ganhar muito mais espaço e destaque.

Isso, aliado ao projeto Doctor Butcher, de Jon Oliva, e a ida de Al Pitrelli para o Megadeth, fizeram o Savatage adiar o lançamento do próximo trabalho “Poets and Madmen”, que viria pela nova gravadora da banda, a Nuclear Blast, apenas em 2001, foi adiado várias vezes.

Quando ele chegou, impressionou pela qualidade na fusão antigo Savatage com aquele dos últimos dois trabalhos, pelos climas bem criados e os duetos de vozes entre Zak Stevens e Jon Oliva. “Poets and Madmen”, entregou ao menos mais um clássico para o catálogo do Savatage, a épica e gótica “Comissar”, e é, até o momento, o último disco da banda.

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