Savatage – “Edge of Thorns” | Você Devia Ouvir Isto

 

Confira a proposta desta seção aqui… 

Dia Indicado Pra Ouvir: Domingo.

Hora do dia indicada para ouvir: Dez da Manhã.

Definição em um poucas palavras: pesado, melódico, guitarra, classudo².

Estilo do Artista: Heavy Metal

Savatage - Edge of Thorns
Savatage – “Edge of Thorns” (1993 | 2019, Shinigami Records/eAR MUSIC)

Comentário Geral:  Tudo começou em 1978 com o nome de Metropolis, que depois mudou para Avatar, até que o Savatage como conhecemos surgisse.

Na verdade, o Savatage com a estética que a maioria se lembra começa mesmo no disco de 1987, “Hall of the Mountain King” (que resenhamos aqui), quando entra em cena m o produtor Paul O’Neill.

Até aquele momento haviam lançado três discos de estúdio e um EP, onde claramente tateavam em busca de sua personalidade dentro do heavy metal, indo do peso de “Sirens” (1983) ao apelo comercial de “Fight for the Rock” (1986).

Porém, a chegada de Paul O’Neill, em  “Hall of the Mountain King”, trouxe um norte para o heavy metal do Savatage, mostrando aos irmão Chris e Jon Oliva que dava pra ser pesado e cativante ao mesmo tempo.

Após  “Hall of the Mountain King” o Savatage estava confiante para ir além, e ousou em discos como “Gutter Ballet” (1989) e “Streets – A Rock Opera” (1991), buscando ainda mais o senso da Broadway mesclado ao heavy metal pesado, deixando a sonoridade ainda mais bombástica e dramática.

Com esses dois discos o Savatage mostrou que havia enfim encontrado sua sonoridade, sua personalidade no heavy metal e lapidou-a ao máximo em “Edge of Thorns” (1993)

Porém, em 1993 já existiam diferenças estruturais na formação. Jon Oliva se dedicava às rock operas da Broadway e alegando problemas com sua voz ele deixa os vocais da banda, que estariam agora à cargo de Zak Stevens.

Com Oliva agora concentrado em compor e apenas tocar teclados, a parceria com Paul O’Neill viu com a chegada de Zak uma nova gama de possibilidades, que queira ou não deu um tom mais profissional e seguro às linhas vocais do Savatage.

Sua voz tinha uma personalidade forte que combinava muito bem com o duelo de peso eufórico e melodias melancólicas das guitarras de Chris Oliva.

Aliás, o que Chris Oliva toca nesse disco é sensacional, tanto em solos quanto em riffs. Técnica e criatividade em sua máxima expressão em prol do heavy metal tradicional. Até por isso, sua morte trágica, em 17 de outubro e 1993, foi tão traumática para o heavy metal noventista.

O disco abre com a faixa título, uma composição clássica do Savatage que exibe requinte e dramaticidade em seu primeiro minuto, abrindo uma dimensão ainda mais cativante e rica de possibilidades para o heavy metal que flertava com o hard rock. 

Peso e melodia colidiam em arranjos diferenciados, de estruturas progressivas, mas sem os derramamentos técnicos exagerados.

Aqui tudo seguia de uma forma ainda mais madura pela estética dos musicais, seja do cinema ou do teatro, como podemos ouvir na dobradinha “Labyribths/Follow Me” e “All That I Bleed” ou de forma mais discreta e não menos instigante em “Conversation Piece”.

“He Carves His Stone”, outro clássico que este álbum deu ao Savatage, continua a exploração emocional da sua musicalidade, como se inspirado pelo Queensryche, mas marcando com determinação a presença da personalidade da banda no heavy metal noventista, como farão também em “Degress of Sanity” (cadenciada e de peso sinuoso) e “Damien” (outra entre as melhores, com dramaticidade bem administrada).

Pelos dois clássicos que abrem o disco, “He Carves His Stone” “Edge of Thorns”, vemos como atingiram um nível de excelência impressionante como compositores. O resultado é um trabalho onde basicamente todas as músicas se destacam.

“Lights Out” joga ainda mais músculos e fúria no hard rock advindo dos anos 1980, se destacando pelo groove e intensidade, assim como sua sucessora “Skraggy’s Tomb”, com “paradinhas” mortais no refrão.

E por falar em hard rock“Miles Away” é uma faixa que resgatará os melhores momentos do gênero sem clichês fáceis e com muita elegância, assim como na balada acústica “Sleep” que fecha o  repertório original.

“All That I Bleed” e “Miles Away” foram as últimas composições de Chris Oliva, em parceria com o seu irmão Jon e o produtor Paul O’Neilll. Anos mais tarde, Jon Oliva declararia serem estas duas suas favoritas do álbum:

“Muitas das músicas foram compostas para o jeito de tocar de Criss. Todos nós já sabemos o que aconteceu depois. A perda de Criss foi devastadora para todos nós. Até hoje ainda é difícil para mim lidar com isso. Lembro que as últimas músicas que Criss, Paul e eu escrevemos juntos foram: ‘All That I Bleed’ e ‘Miles Away’. E elas continuam sendo as minhas duas músicas favoritas do álbum”,

O Savatage ainda lançaria ótimos discos como “Handful of Rain” (1994) e o espetacular “The Wake of Magellan” (1997), trazendo nas guitarras Alex Skolnick e a dupla Al Pitrelli/Chris Caffery, respectivamente, mas a perda de Chris quebrou a magia da banda de uma forma irrecuperável.

Aproveite que este relançamento está disponível no Brasil pela parceria Shinigami Records/eAR MUSIC, trazendo as versões acústicas de “All That I Bleed” e “If I Go Away” como faixas bônus, e confira esse marco do heavy metal nos anos 1990, pois VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO!

Ano: 1993

Top 3: “Sleep”, “He Carves His Stone” e “Damien”.

Formação: Criss Oliva (guitarra), Zac Stevens (vocais) Johnny Lee Middleton (baixo), Jon Oliva (piano e teclados) e Steve “Doc” Wacholz (bateria).

Disco Pai: Andrew Lloyd Webber – ” The Phantom of the Opera [Original London Cast]” (1988)

Disco Irmão: Shadow Gallery: “Carved In Stone”  (1995)

Disco Filho: Circle II Circle: “The Middle of Nowhere” (2005)

Curiosidades: Jon Oliva apesar de tocar e compor o disco não pôde ser creditado por questões judiciais com o ex-empresário. Se creditado fosse, o ex-empresário teria direito a 50% do que fosse arrecado com o disco. Outra curiosidade interessante é que a mulher desenhada na capa por  Gary Smith (mesmo criador das capas de “Hall of the Mountain King” e “Gutter Ballet”) é a esposa de Chis Oliva.

Pra quem gosta de: Turning Points, riffs, mais riffs, e misturar o sagrado com o profano.

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