Ouso dizer que “Zero Days”, é o ápice da discografia do Prong desde “Rude Awakening” (1996), destacando-se tanto em solidez e consistência, quanto em criatividade e envolvência! Leia nossas impressões sobre o 12º trabalho deste ícone do crossover thrash metal.
Zero Days é o décimo segundo álbum de estúdio da bandaamericana de heavy metal Prong . Foi lançado em 28 de julho de 2017 pelagravadora Steamhammer/SPV . O disco foi produzido pelo guitarrista/vocalista da banda, Tommy Victor , e pelo colaborador de longa data Chris Collier. Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco lançado no Brasil pela parceria entre os selos Shinigami Records e SPV/Steamhammer.
Tommy Victor, mentor intelectual do Prong, gravou sete álbuns entre 2014 e 2017, cinco com o Prong e dois com o Danzig, o que nos leva a inferir que a qualidade esteja caindo, pois haja criatividade para não se repetir em tão pouco tempo. E a medir pelo vimos em em “X: No Absolutes” (2016), essa conjectura está muto longe da verdade, afinal, ali se encontrava uma perfeita alquimia de energia metálica, numa das melhores justaposições de Thrash Metal, Hardcore e Metal Industrial que a banda realizara em sua carreira, e o próprio Victor admite que seu processo criativo funciona melhor quando pressionado por um prazo.
Balizados por estes argumentos, nossa expectativa gira 180 graus e se tornam as melhores possíveis para “Zero Days”, mais recente trabalho. E se prazos apertados aguçam a criatividade e a veia de compositor de Tommy Victor, a nossa ansiedade brota fácil e viçosa como mato para ouvir este novo trabalho concebido em apenas quinze meses desde o lançamento de seu antecessor. E a abertura com “However It May End” não só vai aplacar nossa ansiedade com energia, groove, guitarras poderosas, quebradas envolventes de andamentos e refrão imperativo, como também assustará pelo peso que usaram pra imprimir esta abertura de seu décimo quarto álbum.
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Na verdade, quando “Reasons to Be Fearful” der acordes finais ao trabalho teremos a certeza de que “Zero Days” se apresenta mais pesado que o álbum anterior, com agressividade acentuada nas guitarras, vocais mais fortes, além de velocidade e intensidade na seção rítmica, para moldar sua sonoridade clássica, com mais groove do que melodias grudentas (que aparecem com mais cor em “Divide And Conqueer”, “Blood Out of Stone”, e “The Whispers”), estrategicamente disposto como forma de dar envolvência às composições.
A energia emanada de composições como “Forced into Tolerance” (uma pedrada Thrash Metal tipicamente americana!), e“Self Righteous Indignation” (que faixa é essa!) que vêm impulsionadas pelo peso atordoante, daria para iluminar o inferno por um mês. E mesmo em composições mais voltadas ao Punk/Hardcore, como a faixa-título, ou “Off The Grid”, este peso aparece diluído na fórmula proto-Groove Metal característica, retrabalhando seus tradicionalismos com perspicácia pelo Thrash metal, através de melodias e apelo alternativo (como na ótima “Wasting of the Dawn”).
O produtor Chris Collier, que trabalhou lado-a-lado com Victor também em “X: No Absolutes” (2016), mostra ainda mais sua mão neste novo álbum, que tem um sabor mais frenético, sem perder a dinâmica que dá ainda mais espaço à energia e à atitude por uma produção orgânica e brilhante, deixando todos os instrumentos audíveis e detalháveis, além de conseguir espremer de Tommy Victor toda sua versatilidade nas seis cordas, e variação vocal.
Neste sentido, é impressionante perceber como a banda se mantém dentro de sua zona de conforto, mesmo que carregando no peso, sem soar auto-indulgente. Provas disso? Ouça “Interbeing”, “Operation of the Moral Law”, “Rulers of the Collective” e “Compulsive Future Projection”, e perceba como ainda são marcantes as mutantes influencias de Killing Joke que o Prong bebeu de seu primeiro álbum.
E se em “X: No Absolutes” (2016), Art Cruz era fundamental pela sua ousadia nas viradas estratégicas que davam a oxigenação e dinâmica necessárias, agora, além disso tudo, ele é responsável por ser termômetro do peso e da intensidade das composições, mostrando ainda mais sua versatilidade. Se Tommy é uma máquina de riffs poderosos, e o baixista Jason Christopher é a liga entre a bateria e as guitarras (fato escancarado na ótima “The Whispers”), então ouso dizer que Art é o coração dessa engrenagem, controlando o pulso e a pressão da máquina Prong.
Depois de uma sequência de cinco álbuns em cinco anos, mantendo a alta qualidade, só podemos agradecer ao Prong pelo Heavy Metal moderno e empolgante que nos oferece nesta fase recente de sua carreira! Mas ainda quero dizer que, para mim, “Zero Days“, é o ápice de sua discografia desde “Rude Awakening” (1996), tanto em solidez e consistência, quanto em criatividade e envolvência!
Abaixo você tem ofertas de “X – No Absolutes” e “Beg to Differ”, do Prong, em disco de vinil e CD, respectivamente. | ||
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