Mott the Hoople é uma banda de rock inglesa com fortes raízes no R&B, liderada por Ian Hunter e um dos nomes que ajudaram a difundir o glam rock do início a meados da década de 1970, mesmo que eles não tenham surgido nesta cena num primeiro momento.
Seu maior sucesso sem dúvidas foi a balada “All the Young Dudes”, escrita para eles por David Bowie e que apareceu em seu homônimo álbum de 1972. Neste artigo queremos te contar um pouco da difícil trajetória do Mott The Hoople, uma banda conhecida pelo sucesso de seus shows e o fracasso de seus discos.
O Início
O Mott the Hopple surgiu a partir de dois grupos, Buddies e The Soulents, na Inglaterra sessentista, uma época em que garotos se reuniam nas garagens para fazer música. Dessas duas bandas saíram o guitarrista Michael Geoffrey “Mick” Ralphs, o baixista Pete Overend Watts e o baterista Dale Griffin que fundaram o Doc Thomas Group, que chegou a lançar um disco em 1967 para o mercado italiano, onde tiveram um relativo sucesso.
A formação contava ainda com o vocalista Stan Tippins e o tecladista Verden Allen e logo mudaram de nome com o objetivo de disputar o difícil mercado inglês. Já como The Silence gravaram uma demo tape no Rockfield Studios que não despertou interesse de nenhuma gravadora.
Nessa época entra em cena o empresário e produtor Guy Stevens, uma figura excêntrica que em 1964 foi convidado a chefiar uma subsidiária da gravadora Island na Grã-Bretanha, a Sue Records, e acabou se tornando um personagem influente na cena musical britânica do período. Foi para ele que Mick Ralphs encaminhou a fita demo onde estavam faixas como “Find Your Way”, “The Rebel” e “The Silence”.
Através desse contato foi marcada uma apresentação da banda no Spot Studio apenas para a Island, mas como o vocalista Stan Tippins estava impossibilitado do cantar, eles fizeram um set apenas instrumental.
Uma nova audição foi marcada, mas Guy não aprovou o vocalista, apesar de ter aprovado a banda, o que motivou a saída de Stan Tippins do Silence. O vocalista que substituiria Stan Tippins seria Ian Hunter, indicado por Bill Farley, um funcionário do estúdio onde a banda já trabalhava.
Nasce o Mott The Hoople
A formação estabilizada e com uma gravadora para amparar a banda, restava trocar o nome, pois existia um consenso de que The Silence não iria emplacar. O nome Mott The Hopple foi dado pelo próprio Guy Stevens, inspirado pelo livro homônimo no escritor norte-americano Willard Manus.
Tudo resolvido, era hora de gravar o primeiro trabalho da banda, que após onze dias de ensaio e nenhum show feito com a nova formação, entrou no Morgan Studios com Guy Stevens na produção.
As oito músicas que completariam o auto-intitulado primeiro disco do Mott the Hopple foram registradas entre junho e julho de 1969, salvo por “Rock n’ Roll Queen”, que foi gravada em setembro, após os primeiros shows da turnê que começou antes do lançamento do disco.
O disco teve problemas nas duas edições (uma sem “Rock n’ Roll Queen” e outra sem “Backsliding Fearlessly…”) e trazia quatro músicas autorais e quatro versões de outros artistas (com destaque a “You Really Got Me”, do Kinks).
A voz anasalada de Ian Hunter agradou mais o mercado norte-americano do que inglês e até o lançamento do disco em 22 de setembro de 1969, o Mott The Hopple tocou na Itália e na Inglaterra, ao lado de bandas como King Crimson e Free.
Sucesso no Palco, Fracasso no Estúdio
O disco de estréia do Mott The Hoople era um fracasso de vendas, mas os seus shows arregimentavam um público fiel e explosivo que sempre lotava os locais de apresentação. Iniciava-se assim uma sina que seria perene para a banda: o sucesso no palco e o fracasso no estúdio.
Com os shows lotados a banda decide que precisava gravar um novo álbum de estúdio, e durante os primeiros seis meses de 1970 eles trabalharam nas músicas que estariam em “Mad Shadows” – título de um álbum solo de Steve Winwood engavetado por causa do retorno do Traffic – que sairia ainda naquele ano.
O produtor Guy Stevens manteve a banda gravando ao vivo no estúdio Olympic, mesmo local e época e que os Rolling Stones trabalhavam em “Sticky Fingers”, na tentativa de capturar a essência do som que o Mott the Hoople entregava nos seus shows.
Com isso, a banda não podia corrigir os erros que cometia na gravação e nem os ruídos do pedal do bumbo eram ajustados. Os problemas na produção eram maiores que isso. Um solo de órgão de Verden Allen simplesmente sumiu na mixagem de “Thunderbuck Ram”.
O excêntrico produtor Guy Stevens foi além e se fez creditado ao lado dos músicos como responsável por “percussão espiritual” e “piano psíquico” no disco que seria lançado em setembro de 1970 e manteve a sina de pouco sucesso de público e crítica.
Já a gravadora, a Island, queria um disco mais rock n’ roll enquanto a banda insistia em seguir o mesmo direcionamento do fracassado comercialmente disco anterior. Entre a gravação e o lançamento de “Mad Shadows” (1970) o Mott The Hoople embarcou para a primeira turnê norte-americana, onde dividiram o palco com Traffic, Mountain, Jethro Tull, The Kinks e a lenda Albert King.
Mesmo assim, nos Estados Unidos a sina era a mesma que na Europa: shows de sucesso e fracasso de vendas. O jeito era gravar mais material e tentar posições melhores nos charts. A próxima gravação seria para “Lay Down”, de cantora Melanie, por insistência do produtor Guy Stevens, que achava que a banda precisava de um single.
O projeto do single acabaria abortado e a gravação entraria no próximo disco, “Wildlife” (1971). Mas antes existiu um projeto frustrado de um disco ao vivo gravado no Fairfield Halls, em Croydon, de onde retirariam apenas um registro de “Keep A Knockin'”, de Little Richard, que entraria também no próximo trabalho.
Antes de trabalhar em “Wildlife” (1971), o Mott The Hoople demitiria o produtor Guy Stevens e se aventuraria nos perigos da auto-produção do disco ao lado do engenheiro de som Brian Humphries, cujas gravações iniciariam ainda em novembro de 1970, no Island Studios, em Londres.
A intenção com “Wildlife” (1971) – cujo título inicial era “Original Mixed up Mott” – era apresentar um disco mais leve e acessível, explorando as influências de country e folk do guitarrista Mick Ralphs, que assinou a maioria das composições.
Nessa época ele compôs uma música chamada “Can’t Get Enough”, mas não tinha como usá-la no Mott The Hoople, pois ela não fora composta para o estilo de voz de Ian Hunter. Essa música só seria lançada em 1974, no disco de estréia do Bad Company
O disco traz algumas boas músicas, como “Whisky Women”, “Angie of Eighth Avenue” e “Wrong Side of the River” (que veio das sessões de “Mad Shadows”), além das já citadas “Keep A Knockin'” e “Lay Down”, mas ao ser lançado em março de 1971, galgou posições baixas nos charts britânicos e dividiu a crítica.
“Wildlife” (1971) representava a primeira vez que o Mott The Hoople tinha controle de tudo, mas ainda não surtiu o efeito desejado quanto as vendas. Tanto que após uma turnê britânica de sucesso, a gravadora abortou a turnê norte-americana e os colocou novamente em estúdio com um ultimato: tragam Guy Stevens novamente e gravem um disco de sucesso!
Será o fim do Mott The Hoople?
Após uma turnê conturbada nos Estados Unidos, surge uma oportunidade de gravar um single com o produtor George Morton e enfim tentar atingir o sucesso que a gravadora tanto cobrava da banda. A experiência gerou a música “The Hunter”, uma parceria de Mick Ralphs e Ian Hunter, que mais tarde seria rebatizada de “Midnight Lady” e contaria com Steve Marriot, do Humble Pie, nos backing vocals.
Enfim o Mott The Hoople teria um single aprovado pela crítica e boas vendas, ao menos até a banda passar pelo programada Top of the Pops, que inexplicavelmente criou um ponto de queda nas vendas.
Como um náufrago que sobe à superfície para pegar fôlego e depois é tragado novamente para o fundo do mar, o Mott the Hoople volta ao estúdio muito pressionado e decepcionado por não conseguir se auto-produzir e ter de chamar de volta o produtor Guy Stevens.
O produtor dispensou todas as gravações feitas ate sua chegada e iniciou-se um dos períodos mais caóticos do Mott em estúdio. O objetivo de Guy era capturar toda a raiva e agressividade do quinteto. E ele conseguiu.
“Brain Capers” foi lançado em novembro de 1971 e agradou a crítica por ser um álbum crú, visceral, puro resultado de cinco dias de caos no estúdio, que antecipava em meia década o que os ingleses chamariam de punk rock. Todavia, em termos comerciais esse disco era mais um fracasso, sem aparecer em nenhum chart de sucessos e o fim do contrato com a Island era a próxima parada.
Para completar, a Island retirou o investimento do Mott The Hoople e os shows começaram a perder a estrutura, o que levou a uma discussão feia entre os músicos e à decisão de acabar com a banda.
A Parceria com David Bowie e o Sucesso
Amarrados pelo contrato, a gravadora obriga o quinteto a terminar a turnês que havia começado, mas os músicos já começavam a buscar outras possibilidades. Nesse momento Overend Watts entra em contato com David Bowie – que havia lançado “Hunky Dory” (1971) e preparava a revolução com “Ziggy Stardust” (que sairia em junho de 1972) – oferecendo seus serviços como baixista.
O que Watts desconhecia era que David Bowie gostava muito do Mott the Hoople e em fevereiro de 1972 mandou uma música para que a banda gravasse. Os músicos chegaram a ensaia-la, mas acharam que não combinava com eles. A música era “Suffragette City”, um dos clássicos do disco “Ziggy Stardust”.
O próprio Watts comunicou a Bowie a decisão da banda e chegou a confessar que o fim do Mott the Hoople era questão de tempo. Duas horas depois, David Bowie telefonou para Watts e lhe mostrou, ao violão, a balada “All the Young Dudes” e o refrão chamou a atenção do baixista que marcou uma reunião no dia seguinte com todos os músicos.
A decisão era que gravariam mais este single, com a produção do próprio David Bowie e com o seu empresário negociando um novo contrato para o Mott the Hoople com a CBS. O fim da banda já era coisa do passado!
A gravação do single de “All the Young Dudes” aconteceu em 14 de maio de 1972, no Olympic Studios e seu lançamento se deu em 28 de julho do mesmo ano, trazendo “One of the Boys”, no lado B. Aliás, esta faixa trazia o riff da já mencionada composição de Mick Ralphs chamada “Can’t Get Enough” e que mais tarde seria gravada pelo Bad Company.
Enfim o Mott The Hoople era sucesso no Canadá, nos Estados Unidos e na Grã Bretanha, onde atingiu o 3º lugas nas paradas de sucesso. Impulsionados pela expectativa de sucesso do single, gravam um novo álbum entre maio e julho de 1972 no Trident Studios, em Londres.
Porém, o disco “All the Young Dudes”, só sairia em setembro daquele ano, trazendo ainda um cover de “Sweet Jane”, do Velvet Underground e uma versão diferente de “Ready For Love” daquela gravada anos mais tarde pelo Bad Company.
O álbum foi um sucesso, enfim, e o Mott the Hoople saiu em turnê com o próprio David Bowie na perna norte-americana de 1972, no segundo semestre, mas nem tudo eram flores: uma rixa entre Verden Allen e Ian Hunter por causa de composições que entravam nos discos levaram à saída de Allen.
O Sucesso em meio ao Caos
“All the Young Dudes” trouxe, enfim, o sucesso que o Mott The Hoople almejava, mas com ele o conselho de David Bowie para que se preocupassem com sua imagem. Logo, os shows se tornaram mais trabalhados e o visual começou a tomar o primeiro plano, desagradando não só Verden Allen, mas também Mick Ralphs.
Logo depois partem para uma nova série de shows na Europa quando o tecladista Verden Allen anunciava que estava deixando a banda por dois motivos simples: suas composições não eram aproveitadas no repertório dos discos e o fato da imagem começar a ser mais importante do que a música.
Seria como um quarteto que o Mott The Hoople gravaria o seu próximo disco, em fevereiro de 1973, tendo como convidado o tecladista Morgan Fischer, que logo seria efetivado. Porém, a questão da imagem faria com que Mick Ralphs também abandonasse o barco durante as gravações do que viria a ser o ótimo “Mott” (1974) rumo ao supergrupo Bad Company, ao lado do vocalista Paul Rodgers (do Free), do baixista Boz Burrell (ex-King Crimson) e o baterista Simon Kirke (também do Free).
O substituto primeiramente cogitado para a vaga do guitarrista foi Mick Ronson, o guitarrista que tocava na banda de David Bowie e recentemente havia iniciado uma carreira solo. Entre os nomes cogitados estavam Tommy Bolin, Joe Walsh, Ronnie Montrose e Eric Clapton.
No entanto, o novo guitarrista só chegaria apos o lançamento do próximo disco e com a turnê norte-americano batendo à porta. Ele seria Luther James Grosvenor, vindo do Spooky Tooth, que por problemas contratuais não poderia usar seu nome, e assinava como Ariel Bender.
Para a produção de “Mott” eles chegaram a cogitar o nome do genial Roy Wood (The Move, Electric Light Orchestra e Wizard), mas ele estava indisponível, o que levou a banda se autoproduzir mais uma vez.
Em meio a todo esse conturbado momento o sexto disco da banda, “Mott”, lançado em julho de 1973, chegava e pegava o vácuo do sucesso de “All The Young Dudes” (1972), atingindo posições de destaque nas paradas britânicas e norte-americanas, impulsionadas pelos singles “All the Way From Memphis” e “Honaloochie Boogie”, ambos com a participação de Andy Mackay, do Roxy Music, no saxofone.
Quando a turnê norte-americana começou, o novo guitarrista chamava a atenção pela performance cheia de energia. Além disso, como apoio estava uma nova banda do rock norte-americano: o Aerosmith. Já na perna britânica da turnê, que se encerrou de forma épica no Hammersmith Odeon (aliás, numa apresentação gravada para um possível disco de estúdio) a abertura ficou para outra banda iniciante: o Queen.
Em janeiro de 1974 já começavam a trabalhar no próximo disco, o sétimo em seis anos. O disco se chamaria “The Hoople” e seria lançado no final de março daquele mesmo ano, mantendo o sucesso de seus discos anteriores (certificado disco de ouro), agora puxado pelos singles de “The Golden Age of Rock ‘n’ Roll” e “Roll Away the Stone”.
Porém, em estúdio, as coisas foram bem conturbadas. Pra começar, Ariel Bender não era um compositor criativo, depois os profissionais contratados não apareciam e a banda teve que se auto-produzir novamente. Além disso, o estúdio escolhido não contribuiu para o resultado final, pois os equipamentos ali tinham problemas crônicos que afetava a qualidade do som. Isso obrigou a banda a ir a outro estúdio e gravar alguns overdubs.
As músicas ficaram à cargo de Ian Hunter que compôs todas as músicas do álbum, exceto “Born Late ’58”, que foi escrita por Overend Watts. O Mott The Hoople estava, neste momento, muito influenciada pela banda Wizard, de Roy Wood, e desfilava naipe de metais, arranjos de cordas e muito mais teclado do que guitarra.
Os shows eram ainda mais teatrais, com uma disputa encenada por Ian Hunter e Ariel Bender, e desta turnê surgiram vários bootlegs, pois uma das das apresentações foi transmitida por uma emissora de rádio. Além disso, nesta época o Mott The Hoople se tornou a primeira banda de rock a se apresentar na Broadway, sendo este mais um show registrado para um futuro disco ao vivo.
A Chegada de Mick Ronson e o Fim do Mott The Hoople
Tudo ia bem, até que resolveram lançar um novo single, para “Foxy Foxy”, uma música de Ian Hunter, que foi um fracasso total, frustrando a banda e trazendo os fantasmas do passado para o presente.
A frustração era tamanha que estavam decididos a terminar com a banda, mas não sem antes lançarem um último single, que depois de muita conversa foi aprovado pela gravadora. Ian Hunter estava especialmente insatisfeito com Ariel Bender, pois ele era incapaz de oferecer uma composição decente para o Mott The Hoople. Logo, Bender estava fora e Mick Ronson estava dentro.
Os quatro remanescentes ficaram tão empolgados com a chegada do guitarrista que desistiram de terminar com a banda, pelas possibilidades que abriam musicalmente falando. A nova formação do Mott The Hoople logo embarcou para mais uma turnê de sucesso para promover o vindouro disco ao vivo, entre outubro e novembro de 1974.
Nesta turnê tocaram “Saturday Gig”, a nova música que compuseram ainda na época de Ariel Bender, e um tema de Mick Ronson que sairia futuramente em seu segundo disco solo. Porém, quando “Live”, o tal disco ao vivo gravado em shows dos anos anteriores saiu, em 1974, a banda praticamente estava esfacelada. Após um colapso nervoso, Ian Hunter decidiu deixar o Mott The Hoople e levou Mick Ronson junto, para uma parceria interessante. As turnês foram canceladas e o fim do Mott the Hoople foi declarado.
O Mott the Hoople Sem Ian Hunter
Os músicos remanescentes, Morgan Fisher (teclado), Peter Overend Watts (baixo) e Dale Griffin (bateria), decidiram seguir em frente mudando de nome. Agora assinavam apenas MOTT (assim mesmo em letras maiúsculas).
A formação foi completada pelo guitarrista Ray Major e pelo vocalista Nigel Benjamin e o primeiro trabalho saiu já em setembro de 1975, intitulado “Drive On”. Agora, as composições eram concentradas no trabalho do baixista Peter Overend Watts, mas o álbum foi mais um fracasso comercial.
A primeira turnê desta nova formação foi uma curta temporada britânica e logo embarcaram para os Estados Unidos, para shows ao lado do Kiss e do Aerosmith. Na volta, em fevereiro de 1976, já estravam em estúdio novamente para gravar mais um disco, agora com a participação do renomado Eddie Kramer na produção daquele que seria o último capítulo discográfico daquela formação.
Intitulado “Shouting and Pointinng”, cujo maior destaque é uma versão de “Good Times”, do Easybeats, o disco foi mais um fracasso comercial, mesmo com uma ótima recepção da crítica. A conclusão foi que a parceria com Nigel não deu certo e logo ele estava fora do MOTT, abrindo espaço para Steve Hyams que chegou sob os boatos de uma nova formação do Mott The Hoople estar sendo construída.
Porém, o material gravado nas demo-tapes desta fase só foi sair extra-oficialmente num CD lançado em 1993 intitulado “Mott The Hoople (Featuring Steve Hyams)”. Logo, veio John Fiddler, mas aí mudaram de nome novamente, atendendo agora como British Lions e com um contrato com a Vertigo.
A formação do British Lions, além de Fiddler, era formada por Ray Major, Morgan Fischer, Overend Watts e Dale Griffin, e o primeiro álbum auto-intitulado foi lançado em 1978. Esse disco entrou para a coleção de fracassos comerciais destes músicos, tanto que a gravadora se recusou a lançar o segundo disco da banda, que sairia apenas na Grã-Bretanha, em 1980, pelo pequeno selo Cherry-Red Records, intitulado “Trouble With Women”.
Era o fim!
As Reuniões
Após sua saída do Mott The Hoople, Ian Hunter recusava frequentemente propostas de reuniões com a banda. Os boatos de reunião se sucediam e eram negados na mesma proporção que planos eram feitos e fracassavam pelos próprios músicos à partir dos anos 1980.
O grande problema era que a maioria dos músicos queria o retorno da formação com o guitarrista Mick Ralphs, que estava com sua carreira sólida e rentável no Bad Company e não iria abandona-la por uma reunião incerta do Mott The Hoople.
Em 1997, surgiu um boato de que o Mott the Hoople se reuniria para gravar uma versão de “Like a Rolling Stone” que integraria uma coletânea, seguida de uma turnê, mas o tecladista Overend Watts se recusou.
Somente em 2009, nas comemorações de quatro décadas da fundação do Mott the Hoople, enfim aconteceu uma reunião para cinco datas no Hammersmith, com uma participação reduzida de Dale Griffin, por problemas de saúde.
As apresentações foram gravadas resultaram no disco ao vivo “Live at HMV Hammersmith Apollo”, lançado ainda em 2009 e no ano seguinte estrearia o documentário “The Ballad of Mott The Hoople”.
Mais um série de shows foi feita em 2013, agora com Martin Chambers, do Pretenders, definitivamente no lugar de Griffin, donde gravariam mais um show, desta vez em Manchester, lançado no álbum “Live 2013”.
Nos anos seguintes, Dale Griffin e Overend Watts faleceriam por questões de saúde e a próxima reunião do Mott the Hoople, entre 2018 e 2019, seria apenas com Ian Hunter, Ariel Bender e Morgan Fischer acompanhados de músicos contratados. Porém, a turnê norte-americana foi cancelada por questões de saúde de Ian Hunter, que se mantém afastado da cena musical desde então.
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