Lamb of God – “Live In Richmond, VA” (2021) | Resenha

 

“Live In Richmond, VA”, é um material da banda norte-americana Lamb of God, lançado em 2020, em formato digipack embalando CD e DVD com registros ao vivo, além de duas faixas bônus. No Brasil, o material chegou pela parceria entre os selos Shinigami Records e Nuclear Blast.

Lamb of God - Live In Richmond, VA (2021, Shinigami Records, Nuclear Blast) Resenha Review

O Lamb of God nos dá sinais claros de estar vivendo um recomeço de carreira. Dois deles são o auto-intitulado álbum de estúdio lançado em 2020, e o revival dos tempos de Burn The Priest realizado ao lançar o disco “Legion: XX” em 2018.

Também a sonoridade do disco “Lamb of God” (2020) nos dava essa impressão, pois mostrava uma banda olhando para a forma mais primitiva e auto-centrada do groove metal, sem desvios no horizonte musical para novos territórios.

Em suma, pra mim, o Lamb of God atual parece uma banda tentando buscar novamente algo de sua essência, uma peça musical de seus primórdios, mas com a maturidade já conquistada pela experiência.

Isso posto, vamos a “Live In Richmond, VA”, que é um material fruto dos tempos pandêmicos em que vivemos, pois registra uma das lives que o Lamb of God promoveu no período de isolamento social.

Em 18 de setembro de 2020, o Lamb of God apresentou diretamente de seu estúdio em Richmond uma performance executando todo o repertório de seu mais recente disco de estúdio.

O registro em vídeo, inclusive, já havia sido lançado como bônus na edições especiais dupla e tripla, do álbum “Lamb of God” (2020) que chegou no início de 2021.

De cara devo enaltecer a fúria com que cada dobra melódica e cada groove violento são executados, como se os músicos quisessem exorcizar todos os demônios gerados e amplificados pela pandemia.

Mas o que mais me chamou a atenção foram as linhas do baterista Art Cruz (substituto de Chris Adler) que soa mais livre para colocar seu estilo próprio nas músicas em comparação ao que pudemos ouvir no registro em estúdio, onde ele parecia preso ao formato que encaixasse na musicalidade já conhecida do Lamb of God.

Os vocais de Randy Blythe estão carregados de fúria, assim como o riffs brutais e a seção rítmica precisa, o que só aumenta o impacto de músicas que já eram destaque nas versões de estúdio, como “Memento Mori”, “Checkmate” “Resurrection Man”.

E se por um lado os vocais de Chuck Billy em “Routes” fizeram falta na dinâmica da composição, “Poison Dream”, por sua vez, se mostrou bem melhor sem a participação de Jamey Jasta.

Além das músicas de “Lamb of God” (2020), ainda podemos conferir versões explosivas e pesadíssimas de “Contractor”, “Ruin”, “The Death of Us” e “512”, todas já músicas clássicas de seus mais lembrados discos de estúdio e que nos remetem aos tempos do ótimo ao vivo “Killadelphia” (2005).

Como se já não o bastante, o Lamb of God ainda nos dá duas faixas bônus na versão em CD, com as músicas “Ghost Shaped People” “Hyperthermic / Accelerate”, duas faixas de estúdio que eram bônus nas edições especiais de “Lamb of God” (2020).

Obrigatório!

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