Explore o legado do Korzus e mergulhe nesta obra-prima que marcou uma era do heavy metal brasileiro. Entenda como a banda enfrentou os desafios ao migrar para letras em inglês e como Silvio Golfetti, inspirado por experiências em Los Angeles, forjou riffs poderosos. “Mass Illusion”, clássico disco da banda KORZUS, é nossa indicação de hoje na seção VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO, cuja proposta você confere nesse link.
Desde sua formação em 1983, o Korzus emerge como um pilar do heavy metal brasileiro. Com uma trajetória musical sólida ao longo das duas primeiras décadas, a banda conquistou reconhecimento com álbuns notáveis, incluindo “Mass Illusion” (1991) e “KZS” (1995). Após esses lançamentos aclamados, destacando-se em turnês na Europa e nos Estados Unidos, o álbum “Ties Of Blood” (2004) solidificou sua presença com colaborações de renomados músicos brasileiros.
A saída do guitarrista Silvio Golfetti em 2008 marcou uma transição, trazendo Antonio Araujo para revitalizar o grupo. Nesse período, acordos comerciais estratégicos com Jägermeister e Mega Energy impulsionaram a visibilidade da banda. O álbum “Discipline Of Hate” (2010) ampliou horizontes, garantindo à banda contratos internacionais.
Os primeiros 20 anos do Korzus culminaram com uma turnê europeia em 2011 e uma participação épica no Rock In Rio 2011, compartilhando o palco com lendas do metal. Comentários frequentes comparando sua qualidade ao Sepultura fortaleceram a posição global da banda, consolidando duas décadas de dedicação, paixão e contribuições significativas para a cena heavy metal brasileira.
Korzus: Por que você devia ouvir “Mass Illusion” (1991)
Definição em um poucas palavras: pesado, metal nacional, clássico.
Estilo do Artista: Thrash Metal
Comentário Geral: O Korzus é um dos maiores nomes do metal nacional e “Mass Illusion” é um de seus discos definitivos, principalmente por ser o seu primeiro disco completo com letras em inglês. “Sair do português e ir para o inglês para mim foi horrível!”, lembrou o vocalista Marcello Pompeu em entrevista à Roadie Crew.
Ele explicou o motivo com mais detalhes: “Até hoje eu tenho dificuldade com inglês. Tenho sempre que prestar atenção em pronuncia, na hora de escrever as letras… E eu adoro escrever em português. Até hoje tenho dificuldade para gravar em inglês, tenho que estar bem dirigido e prestar muita atenção na hora de interpretar.”
Sucessor de “Sonho Maníaco” (1987) e do EP “Pay For Your Lies” (1989), o disco “Mass Illusion” começou a ser trabalhado em 1989, na casa do guitarrista Silvio Golfetti, e as duas primeiras músicas a surgirem foram “Beyond The Limits of Insanity” e “Living In Pain”. Curiosamente ambas as músicas estavam na demo tape “Born to Kill”, lançada em 1989.
“Beyond The Limits of Insanity”, aliás, nasceu com o título de “Insanity” e deveria ter entrado no EP “Pay For Your Lies” (1989), mas os músicos acharam melhor trabalhar mais a composição que trazia a energia do thrash metal/crossover norte-americano, claramente inspirada pelo Anthrax. Outra música que deveria ter entrado naquele EP de 1989 era a própria “Living In Pain”, com sua tormenta de guitarras, desde o riff pesado até os solos endiabrados.
Falando nisso, é necessário registrar como Silvio Golfetti estava inspiradíssimo em suas linhas. Após a passagem por Los Angeles, junto com a banda Agent Steel, ele trouxe na bagagem muita experiência e vários riffs que usou nas músicas deste disco, como é o caso de “Blood For Blood”, uma pedrada que carrega toda a influência que o Korzus tem do Slayer.
Outra música da safra de riffs made in Los Angeles de Silvio Golfetti é “Victims Of Progress”, que é introduzida pela guitarra ritmada de Marcello Nicastro e trazia uma sequência de bumbos duplos extremamente agressiva. Por falar em influência, Silvio Golfetti já confessou que a grande inspiração de “P.F.Y.L.” veio do clássico “Fabulous Disaster” (1989), do Exodus, e dá pra entender só de ouvir o riff e o refrão marcante desta que se tornou um dos grandes destaques do álbum junto com “Agony”.
“Agony” era a faixa de abertura de “Mass Illusion” e chegou a ganhar um videoclipe que passava frequentemente no programa Fúria Metal, da MTv, sendo indispensável em todos os shows do Korzus até hoje.
O grande trunfo deste disco entretanto, foi mostrar que o Korzus conseguia criar músicas elaboradas, mas sem perder a agressividade inerente ao seu thrash metal. São exemplos disso, “Unpredictable Disease” e a própria faixa-título. Enquanto a primeira mostrava o entrosamento dos músicos num tema instrumental desafiador, a segunda trazia dedilhados de guitarra, solos muito bem elaboradas e um clima diferente, mesmo com identidade do Korzus nela cravada.
A produção de “Mass Illusion” ficou à cargo de Roger Moreira, do Ultraje à Rigor. Inclusive, na edição em CD existe como faixa-bônus uma regravação de “Inutil”, junto com “Midnight Madness/ The Illuminated”, duas faixas que foram adicionadas apenas nesta edição.
O disco foi gravado entre fevereiro e abril de 1991 no Rac Studios, de São Paulo e a maioria das letras do “Mass Illusion” e as linhas vocais de Marcelo Pompeu foram concluídas já no estúdio, sendo que as linhas vocais soam muito agressivas com direcionamento mais gutural do que o normal nos demais discos do Korzus.
Ano: 1991
Top 3: “P.F.Y.L.”, “Agony” e “Unpredictable Disease”.
Formação: Dick Siebert (baixo), Roberto Sileci (bateria), Marcello Nicastro e Silvio Golfetti (guitarras) e Marcello Pompeu (vocais).
Disco Pai: Exodus – “Fabulous Disaster” (1989)
Disco Irmão: Sepultura – “Arise” (1991)
Disco Filho: Claustrofobia – “Claustrofobia” (2000)
Curiosidades: A arte de capa é do artista Angelo Pastorello, baixista da banda Violeta de Outono, que tinha como guitarrista Fábio Golfetti, irmão de Silvio Golfetti, do Korzus.
Pra quem gosta de: Filmes de terror B, cerveja, jeans com tênis branco e camiseta preta, e heavy metal que pesa uma tonelada.
Conclusão
Concluindo, “Mass Illusion” (1991) do Korzus não apenas marca um marco na história do heavy metal brasileiro, mas encapsula a coragem da banda ao enfrentar desafios linguísticos, migrando para o inglês. Com riffs poderosos de Silvio Golfetti e a produção de Roger Moreira, o álbum é uma obra-prima do thrash metal nacional que transcendeu sua época, solidificando o legado duradouro do Korzus no cenário musical. Acesse o link para descobrir esta jóia do thrash metal nacional.
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