“O que é jazz, Mr. Armstrong?”, perguntou Billie Holliday.
Louis Armstrong respondeu: “Minha cara, enquanto você precisar fazer essa pergunta, nunca saberá o que é.”
O que Louis Armstrong queria dizer é que o Jazz transcende o simples estilo musical, sendo um dos maiores tesouros culturais da humanidade desenvolvido no século XX.
As suas sementes musicais foram plantadas nas últimas décadas do século XIX, germinando nas primeiras décadas do século seguinte, desenrolando-se num caóticos emaranhado de sub-estilos.
Como Nasceu o Jazz? Das Work Songs ao Ragtime
O tripé estrutural para o advento do Jazz é formado pelas “work songs”, os “spirituals” e o “Ragtime”.
A história nos conta que os negros não podiam empunhar instrumentos de sopro ou de percussão, pois os brancos receavam que estes instrumentos fossem usados como códigos de incitação à rebelião.
Sendo assim, só tinham suas vozes para as canções que entoavam, tanto para cadenciar o ritmo enquanto trabalhavam nos campos de algodão, quanto para desabafar as mazelas da vida.
Essas canções tradicionais ficariam conhecidas como work songs e seriam os pais de toda a música negra moderna, desde o jazz, passando pelo blues, o soul e o rock.
Estes mesmos negros sofreram uma evangelização maciça no início do século XIX, pois as religiões africanas eram proibidas.
Neste processo, criaram, à partir das histórias bíblicas, canções que estabeleceriam os acordes básicos (conhecidos como tônica, subdominante e dominante) da música negra e seriam conhecidas como spirituals.
O passo anterior ao desabrochar do Jazz propriamente dito, foi o ragtime, estilo construído basicamente ao piano no final do século XIX, misturando influências eruditas com os ritmos tradicionais dos negros.
Qual o Significado da palavra “Jazz”?
Muitos dizem que a palavra Jazz tem seu nascedouro na gíria francesa “jaser”, que poderia ser traduzia como “jogar conversa fora”, ou noutra palavra francesa, “jeux”, que seria jogo ou brincadeira.
A motivação do uso destes termos seriam os improvisos dos músicos que pareciam estar participando de um jogo enquanto tocavam e se divertiam num clima totalmente lúdico.
O primeiro vestígio histórico do uso do verbete jazz vem da Califórnia, na virada do século XIX para o século XX.
A palavra, no entanto, grafada como jass, era utilizada pela crônica esportiva para qualificar jogadores com muita força física e muita energia.
Porém, acredito que o termo jazz, que rotula o estilo musical, está mais ligado a gíria dos negros americanos para conotar virilidade ou para indicar atos sexuais cometidos com muita energia.
Historicamente, o primeiro registro do termo jazz como denominação de um estilo musical se dá no dia 1° de maio de 1916 no jornal Chicago Herald.
Independente de qual for a origem do substantivo jazz, a verdade é que o estilo musical só começou a ser notado pelos americanos por volta de 1917 quando Jack Laine, um branco, levou para a cidade de Nova York sua famosa Original Dixieland Jazz Band.
O grande Jelly Roll Morton reclama a autoria da expressão que dataria do ano de 1902, bem como a invenção da nova abordagem musical derivada do ragtime, cujo novo nome seria apenas para diferenciar os dois estilo.
As Cinco Categorias Principais do Jazz
O Jazz é dividido em cinco categorias principais:
1) Jazz Tradicional: englobando o desenvolvimentos do estilo nas três primeiras décadas do século XX, nos estilos New Orleans, Chicago e Dixieland;
2) Jazz Clássico: basicamente desenvolvido nos anos 1930, personificado no Swing e nas Big Bands;
3) Jazz Moderno: durante as décadas de 1940 e 1950, com o maior desenvolvimento do estilo que se ramificou em estilos como o Bebop, Cool Jazz, West Coast, Third Stream e Hard Bop;
4) Jazz Contemporâneo: compreendendo os desenvolvimentos eletrificados das décadas de 1960 e 1970, em subgêneros como Free Jazz, Fusion e Bossa Nova; e
5) Jazz Pós-Moderno: partindo dos anos 1980 até os dias de hoje, em abordagens como Neobop, M-Base, Acid Jazz e Jazz Rap.
Os Principais Sub-gêneros do Jazz e seus Discos Essenciais
Nas próximas linhas, vamos discorrer sobre os principais subgêneros do Jazz, bem como uma lista de álbuns essenciais para se aventurar na apreciação de cada um deles, criando uma discografia básica para compreender a evolução do jazz.
JAZZ TRADICIONAL
O berço do Jazz foi New Orleans, onde as primeiras bandas improvisavam de modo arcaico, com solos melódicos simples, sobre uma seção rítmica que transbordava influências do Ragtime.
Esta escola de New Orleans dominou as duas primeiras décadas após o advento do Jazz. No mesmo período, o segundo berço do Jazz, Chicago, via o desenvolvimento da adaptação do estilo New Orleans com o Blues Clássico, dando uma roupagem mais refinada.
No fim das contas, estes estilos jazzísticos quando praticados por brancos, que tocavam andamentos mais técnicos, como reflexo de sua maior erudição, foram batizados de Dixieland.
Confira os álbuns:
1) Louis Armstrong: Hot Fives (1926);
2) Jelly Roll Morton: Jelly Roll Morton (1926);
3)Bix Beiderbecke: Singin’ The Blues (1927);
4)Original Dixieland Jazz Band: The 75th Anniversary (1921);
5) Preservation Hall Jazz Band: That’s It (2013);
6) The Dixieland Gamblers: Down By The Riverside (1975).
SWING
Após os anos 1920, o jazz chegou a Nova York, ganhando o requinte das orquestrações bem ajambradas, consequentemente, atingindo as classes mais altas da sociedade.
O swing tinha um alto apelo melódico e harmônico, ganhando as pistas de dança e as ondas de rádio, em decorrência de sua atenção às canções.
Nesta era, as big bands eram as sensações, dando destaque aos crooners que já começavam a ter tanto espaço quanto os solistas instrumentais.
Confira os álbuns:
1) Duke Ellington: At Newport (1956);
2) Count Basie: April In Paris (1956);
3)Benny Goodman: The Birth of Swing (1936);
4)Lester Young: Master Takes (1949);
5) Nat King Cole Trio: The King Cole Trio (1944);
6) Louis Prima: The Wildest! (1957)
7) Tommy Dorsey And Frank Sinatra: The Song Is You (1994).
BEBOP
Este estilo, praticado na década de 1940, marca o início do jazz moderno, de frases ágeis e harmonias complexas, numa clara influência de Charlie Parker e Coleman Hawkins, que iniciaram o desfile musical de acordes fluidos e dissonantes ao piano, bem como aceleraram os instrumentos de sopro que duelavam com o contrabaixo.
Historicamente, o Bebop é uma clara resposta ao comercialismo do Swing, dando liberdade ao músico para o diálogo entre os instrumentos, se tornando o ponto de virada do jazz do passado, para o jazz do futuro.
Confira os álbuns:
1) Charlie Parker: Charlie Parker Story (1947);
2) Dizzy Gillespie: Shaw Snuff (1946);
3)Thelonious Monk: Brilliant Corners (1956);
4)Bud Powell: The Amazing Bud Powell(1951);
5) Vários: Kansas City Jazz 40-42.
AFRO-LATIN JAZZ
O Latin Jazz talvez seja o formato mais popular da era pós-Swing, devido à sua exploração febril e “caliente” dos ritmos cubanos, formando o que ficaria conhecido como Afro-Cuban Jazz.
Todavia, o estilo evoluiu dentro de sua proposta ao longo dos anos, abarcando toda uma constelação de músicos sul e centro americanos, que se dedicavam a misturar o Jazz com suas influências musicais regionais.
A proposta melhor sucedida dentro do jazz latino certamente é a Bossa Nova, que viria nos anos 1960.
1) Buena Vista Social Club: Buena Vista Social Club (1997)
2) Paco de Lucia: Siroco (1981)
3) Astor Piazolla Y Su Quinteto: Adios Nonino (1969)
4) Egberto Gismonti: Academia De Danças(1974)
5) Tito Puente & His Orchestra: Dance Mania (1958);
6) Hermeto Pascoal: Slaves Mass (1977);
7) Moacir Santos: Coisas (1965);
8)Sabu: Palo Congo (1957);
9) Machito: Kenya (1957);
COOL JAZZ
Este subgênero pode ser encarado como uma resposta erudita ao Bebop.
Foi idealizado em Nova York, mas construído em Los Angels, no início dos anos 1950, pelas mãos jovens que haviam saído do Bebop, valendo-se da mesma estrutura, mas diminuindo a velocidade, com os bateristas empunhando as vassourinhas ao invés das baquetas, os solos mais introspectivos e deixando o silêncio fazer parte da composição.
A abordagem era mais complexa do que a do Bebop, mas sem o mesmo virtuosismo dos solistas de outrora.
Irmão siamês do Cool Jazz, o West Coast Jazz, vinha com o contraponto ao que se fazia na costa leste, apresentado um Bebop mais comportado e trabalhado, com mais formalidade e academicismos, mas se valendo das dissonâncias do Cool.
Mesmo como um braço do Cool Jazz, muitos consideram o West Coast como um estilo independente.
Confira os álbuns:
1) Miles Davis: The Birth of the Cool (1957);
2) Dave Brubeck: Time Out (1959);
3) Chet Baker: In New York (1958);
4)Stan Getz: Stan Getz and the Oscar Peterson Trio (1957);
5)Gerry Mulligan: Mulligan Plays Mulligan (1951).
HARD BOP
Também conhecido como East Coast Jazz, essa forma mais dinâmica de tocar o jazz foi desenvolvido, principalmente em Nova York, na segunda metade dos anos 1950, dando mais espaço às intervenções dos bateristas, além de retomar influências melódicas da música gospel que haviam se perdido na difusão dos estilo ao longo da primeira metade do século, que, mais tarde, voltaria a convergir para o soul jazz.
Em suma, permitia mais improviso, mas dentro da rigidez do compasso e do ritmo.
Confira os álbuns:
1) Miles Davis: Kind of Blue (1959);
2) Art Blakey & The Jazz Messengers: Moanin’ (1958);
3)Charles Mingus: Mingus Ah Um (1959);
4)Jimmy Smith: The Cat(1964);
5) Wes Montgomery: Full House (1962);
6) Bill Evans: Waltz for Debby (1961).
THIRD STREAM
Essencialmente, este termo foi cunhado em meados da década de 1950 com o intuito de rotular um subgênero do jazz que o mesclava com a música erudita, fundindo arranjos de cordas e estruturas harmônicas, como fugas e contrapontos, aos solos improvisados inerentes ao Jazz.
Confira os álbuns:
1) Modern Jazz Quartet & Sonny Rollins: At Music Inn, Vol. 2 (1959);
2) Stan Kenton: Adventures in Time: A Concerto for Orchestra (1962);
3) Lalo Schifrin: The Dissection and Reconstruction of Music from the Past as Performed by the Inmates of Lalo Schifrin’s Demented Ensemble as a Tribute to the Memory of the Marquis De Sade (1966);
4)Miles Davis And Gill Evans: Progy and Bess (1958);
5) Dizzy Gillespie e J. J. Johnson: Perceptions (1961).
FREE JAZZ ou AVANT-GARDE JAZZ
Também conhecido como Avant-Garde Jazz, este estilo é para o Jazz o que equivalente (em termos de ruptura com o que estava em voga) ao punk para o rock.
Rompendo com a estrutura tradicional, deu ao músico o poder de se tornar compositor durante suas performances.
O ritmo é irregular, a melodia é atonal e a absorção dos mais variados elementos encorajada.
Em resposta ao Cool Jazz e ao Blues, que deixaram o silêncio fazer parte da canção, o Free Jazz inseriu o ruído dentro do estilo.
Confira os álbuns:
1) John Coltrane: A Love Supreme (1965);
2) Ornette Coleman: Free Jazz (1960);
3) Charles Mingus: The Black Saint and the Sinner Lady (1963);
4) Archie Shepp: Four for Trane (1964);
5) Sun Ra: The Nubians of Plutonia (1959);
SOUL JAZZ/ JAZZ FUNK
O Soul Jazz foi o subgênero mais popular nos EUA na década de 1960.
Diferenciando do Bebop e do Hard Bop pela alta ênfase no groove e no ritmo, suas canções eram envolventes, um corolário da construção das canções em torno de uma linha de baixo sinuosa, muito influenciada pela música gospel e pelo Blues.
Inspirado pelas inovações de Sly Stone e seu proto-funk, os artistas começaram a investir mais na força das batidas abrasivas, em detrimento à fluidez suavizada do soul, forjando o Jazz Funk, que dava mais espaço aos organistas.
Na década de 1970 o estilo abarcaria tantas variações que seria difícil diferencial o Jazz Funk do Fusion.
Confira os álbuns:
1) Big John Patton: Let Em’ Roll (1965);
2) Jimmy Smith: Back At The Chicken Shack (1960);
3) Herbie Hancock: Headhunters (1973);
4) Joey Franco: All of Me (1989);
5) Horace Silver Quartet: Blowin’ The Blues Away (1959)
6) The New Mastersounds: Theraphy (2014).
BOSSA NOVA
As fusões de jazz com música latina são experimentadas desde os anos 1940, todavia, a década de 1960 viu a Bossa Nova virar febre e ser a resposta melodiosa e musical ao Free Jazz.
Sendo diversas vezes inserida no contexto jazzístico como derivada do Bebop, a Bossa Nova tinha na melodia e na cadência inspirada pelo samba brasileiro a contraposição à febril e catártica escola jazzísitica americana, arrebatando nomes consagrados de eras passadas do estilo e que não comungavam com a liber(tinagem)dade dentro das regras musicais.
Confira os álbuns:
1) Stan Getz & Charlie Byrd: Jazz Samba (1962);
2) Frank Sinatra e Tom Jobim: Francos Albert Sinatra & Antônio Carlos Jobim (1967);
3) Stan Getz & João Gilberto: Getz Gilberto (1964);
4) João Gilberto: Chega de Saudade (1959);
5)Sérgio Mendes: Sergio Mendes & Brasil ’66 (1966)
6) Tom Jobim e Elis Regina: Elis & Tom (1974)
7) Baden Powell: Canto on Guitar (1970).
JAZZ ROCK/FUSION
Um dos poucos subgêneros do Jazz que possui uma paternidade conhecida, o Fusion foi inaugurado por Miles Davis no clássico atemporal Bitche’s Brew (1970), ao misturar a erudição do Free Jazz como o rock progressivo sessentista, cujas bandas investiam em longas jams, como o Grateful Dead, o Mothers of Invention, o Soft Machine e o Traffic.
Agora, não haviam limites para a exploração musical dentro da instrumentação eletrônica que invadia o jazz, com sintetizadores, guitarras, contrabaixos e sopro eletrificado. Foi o estilo que mais se desenvolveu na década de 1970.
Confira os álbuns:
1) Miles Davis: Bitche’s Brew (1970);
2) Frank Zappa: Hot Rats (1969);
3) Weather Report: Heavy Weather (1977);
4) Mahavishnu Orchestra: Birds of Fire (1973);
5) Chick Corea & Return to Forever: Light as a Feather (1972);
6) Gil Evans: Svengali (1973);
SPIRITUAL JAZZ
O Spiritual Jazz é um estilo de música jazz de vanguarda que surgiu na década de 1960. Ele está intimamente associado à filosofia musical e espiritual desenvolvida por John Coltrane em meados da década de 1960 (manifestada já em seu álbum “A Love Supreme”), que foi passada para seus colaboradores Alice Coltrane e Pharoah Sanders.
Estilisticamente, o jazz espiritual é marcado por uma mistura de jazz com aproximações de estilos musicais étnicos (muitas vezes uma mistura de estilos evocativos de tradições musicais africanas, indianas e do leste asiático), música religiosa de tradições não-cristãs e os aspectos extáticos e transcendentais de Free Jazz.
Este estilo radical estava intimamente ligado a vários movimentos políticos e espirituais afro-americanos, como a Nação do Islã e Afro-Centrismo, a introdução da filosofia Zen e ioga na América, um ressurgimento da egiptologia, bem como os Direitos Civis e os movimentos Black Power
Confira os álbuns:
1) John Coltrane: Om (1968);
2) Pharoah Sanders: Karma (1969)
3) Alice Coltrane: “Journey in Satchidananda” (1971)
4) Rahsaan Roland Kirk: “Bright Moments” (1974)
5) McCoy Tyner: “Enlightenment” (1974)
6) Don Cherry: “Don Cherry” (1977)
7) Carlos Santana & Mahavishnu John McLaughlin: “Love Devotion Surrender”
8) Sun Ra: “Sleeping Beauty” (1979)
9) Kamasi Washington: “The Epic” (2015)
NEOBOP
Na década de 1980 o ecletismo musical cresceu e permitiu a exploração das diversas abordagens do Bop simultaneamente, como uma reação direta e harmônica ao que se via difundido no Fusion e no Free Jazz, retomando as formas mais acessíveis do Jazz, como uma clara evolução do Hardbop.
Confira os álbuns:
1) John Pizzarelli: After Hours(1996);
2) Wynton Marsalis: Black Codes (1985);
3) Pat Metheny: Question and Answer (1989);
4) Kenny Kirkland: Kenny Kirkland (1991)
5) Harry Miller: Open House (1988);
M-BASE
Baseado em Nova York, este estilo propôs, nas décadas de 1980 e 1990, inovadoras fusões de Free Jazz, Soul/Funky, Bebop, Rap e Hip-Hop, fazendo emergir, principalmente no Brooklyn, uma cena musical forte, afro-americana, que iria transpor a filosofia da criação musical, que envolvia dançarinos, poetas e músicos, baseado em improvisos, alta criatividade e ruptura com elementos da cena West Coast.
Confira os álbuns:
1) Strata Institute: Cipher Syntax (1989);
2) Steve Coleman and Five Elements: The Tao of Mad Phat (1993);
3) Cassandra Wilson: Point of View (1986);
4) M-Base Collective: Anatomy of a Groove (1992)
5) Greg Osby: Zero (1998);
ACID JAZZ
A Europa sempre se mostrou uma ávida consumidora do Jazz, mas, com o Acid Jazz, passou a alimentar a cena jazzística em paralelo aos norte-americanos até meados da década de 1990.
Também conhecido como Club Jazz, o Acid Jazz combinava Disco Music, Jazz, Funk e Soul, tendo seu nascedouro nos clubes londrinos de Jazz, investindo em batidas cheias de loop e muito destaque às linhas de baixo.
Confira os álbuns:
1) Jamiroquai: Emergency On Planet Earth (1993);
2) Stereo MC’s: Supernatural (1990);
3) Incognito: Tribes, Vibes and Scribes (1992);
4) The Brand New Heavies: Heavy Rhyme Experience, Vol. 1 (1992);
5) James Taylor Quartet: Mission Impossible (1987);
JAZZ RAP
Uma clara fusão do jazz com a cultura Hip Hop desenvolvido desde a década de 1980, pendendo, quase sempre, mais para o Hip Hop do que para o Jazz e dotado de andamentos repetitivos e base jazzística.
Confira os álbuns:
1) A Tribe Called Quest: The Low End Theory (1991);
2) The Roots: Things Fall Apart (1999);
3) Fugees: The Score (1996);
4) Ghostface Killah & BadBadNotGood: Sour Soul (2015);
5) Black Violin: Stereotypes (2015);
SMOOTH JAZZ
Permeando a história do Jazz a partir da década de 1960, ganhou força após o advento do Fusion, trazendo melodias acessíveis e confortáveis, com sonoridade calcada no R&B e alto senso harmônico, além do forte apelo pop.
Todavia, nos anos 1990, o termo Smooth Jazz virou sinônimo de Jazz radiofônico ao melhor (ou seria pior?) estilo Kenny G.
Ao contrário do que muitos pensam, existem bons álbuns no estilo, que fogem daquela música de saguão de hotel.
Confira os álbuns:
1) George Benson: The Other Side of Abbey Road (1970);
2) Fourplay: Fourplay(1991);
3) Spyro Gyra: Rites Of Summer (1988);
4) Ronnie Laws: Pressure Sensitive (1975);
5) David Sanborn: Voyeur (1981);
6) John Scofield: A Go Go (1998);
NU JAZZ
O Novo Jazz, ou Jazztronica, é um subgênero que se vale da música eletrônica para desenvolver o estilo, adicionando ainda elementos de Acid Jazz e Fusion.
De longe, é um dos melhores subgêneros modernos do Jazz.
Confira os álbuns:
1) Gotan Project: La Revancha del Tango (2001);
2) Goldfish: Caught In The Loop (2005);
3) Moloko: Things To Make and Do (2000);
4) Jazzanova: In Beteween(2002);
5) St. Germain: Tourist (2000);
JAZZ POP CONTEMPORÂNEO
O Pop Jazz se desenvolveu paralelamente aos desdobramentos do Jazz, com as orquestras de dança, as Sweet Bands (que catapultaram nomes como Tony Bennett e Frank Sinatra) e, na era pós-rock n’ roll, quando se entrelaçou ao Smooth Jazz.
No fim do século XX, a maciça exposição radiofônica do Smooth Jazz deu um novo sopro ao lado mais pop do estilo, conquistando a nova classe adulta contemporânea, com suas melodias calmas, agradáveis e polidas.
Confira os álbuns:
2) Norah Jones: Come Away With Me (2002)
3) Ed Motta: Perpetual Gateways (2016) ;
4) Jamie Cullum: Interlude (2014);
5) Tony Bennett & Lady Gaga: Cheek To Cheek (2014);
6) Dianna Krall: The Look Of Love (2001);
VOCAL JAZZ
Gênero menos cultuado pelos jazzófilos, abarca uma boa parcela das grandes vozes do século XX.
As raízes do Vocal Jazz estão nas work songs, sendo parte importante da popularização do Jazz como um todo, ao longo dos anos. Mesmo grande parte da obra jazzística sendo basicamente instrumental, o vocalista de Jazz, além de ser tema principal de uma dos marcos do cinema (O Cantor de Jazz, de 1927) engloba nomes que vão de Johnny Mathis à Louis Armstrong, passando por Dean Martin, Frank Sinatra e Julie London.
Confira os álbuns:
1) Frank Sinatra: In The Wee Small Hours (1955);
2) Billie Holiday: Lady In Satin (1958) ;
3) Sarah Vaughan And Her Trio: At Mister Kelly’s (1957);
4) Louis Armstrong & Ella Fitzgerald: Ella & Louis (1956);
5) Ray Charles: The Genius Of Ray Charles (1959);
6) Chet Baker: Sings(1956);
7) Nina Simone: Sings the Blues (1967)
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Adorei,gosto muito de ler sobre jazz,apesar de conhecer pouco.Eu achava que pra gostar de jazz tinha de ter ouvido absoluto,rs.
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