Hoje em dia pouco se fala em Greg Lake, mas sua importância para a música contemporânea é enorme!
Afinal poucos são os nomes que podem se orgulhar de serem membros fundadores de ao menos duas das maiores banda de Rock Progressivo que se tem notícia: King Crimson e Emerson, Lake & Palmer.
Mais do que um músico vanguardista, ou um artesão das melodias acessíveis, deixando-as elegantes e brilhantes, Greg Lake sempre foi um produtor competente desde os dias de King Crimson, quando co-produziu o mágico álbum de estréia da banda.
Dentro do EL&P, se Keith Emerson era a terça parte erudita e Carl Palmer a terça parte jazzística, Lake era a requintada melodia roqueira que dava a liga do power trio histórico.
Além destas duas bandas, ainda teve uma carreira solo interessante, principalmente no trabalho de 1981, e uma passagem pelo Asia para alguns shows no anos de 1983.
Confesso que prefiro sua interpretação do clássico “Only Time Will Tell”, que pode ser conferida facilmente no Youtube.
Nesta seleção de hoje quero indicar cinco álbuns para se conhecer a obra do músico inglês Greg Lake.
Menções honrosas para o segundo álbum do King Crimson, “In The Wake of Poseidon” (1970), que Greg Lake gravou quando já havia saído da banda para fundar o Emerson, Lake & Palmer, banda que, por sua vez, merece menção ainda com os álbuns “Tarkus” (1971), “Trilogy” (1972) e os dois volumes de “Works”, ambos de 1977, além do segundo álbum solo do próprio Greg Lake, “Manoeuvres” (1983), também contando com Gary Moore.
1) King Crimson: “In the Court of the Crimson King” (1969)
Esse álbum é tão emblemático que costuma ser citado como o mais importante da história do Rock Progressivo.
Exagero ou não, a verdade é que ele é um divisor de águas dentro dos primórdios do estilo, situando-se na vanguarda do estilo naqueles dias, criando praticamente uma cartilha para a confecção do Progressivo que seria feito por Yes, Pink Floyd e Genesis.
O épico riff de “21st Century Schizoid Man” mostra claramente a inventividade de Robert Fripp que casava perfeitamente com a voz de Greg Lake, nome que brilha na bela e chorosa “Epitaph”, versando melancolicamente sobre o destino.
A ousadia deste trabalho advém da variação entre arabescos folk, improvisos jazzísticos, flautas e bateria apocalíptica, combinando Heavy Rock, Progressivo e Psicodelia.
2) Emerson, Lake & Palmer: “Emerson, Lake & Palmer” (1970)
Esse é o álbum que tem “Lucky Man”, uma balada sentimental e de letra poderosa, entoada por Greg Lake, e só por isso ele já entraria nesta lista.
Mas os teclados de Keith Emmerson são tão poderosos e impactantes neste conjunto de faixas que é impossível passar incólume à sua citação quando falamos desta estréia.
Voltando a Greg Lake, suas linhas instrumentais soam mais seguras e precisas, enquanto sua performance vocal se mostra mais versátil dentro desta libertina musicalidade ilimitada do trio.
Começando por “The Barbarian”, que abre o trabalho de modo intenso, seguida pela beleza folk/jazzistíca de “Take the Pebble”, até o desfecho com “Tank” (com pesadas linhas de bateria de Carl Palmer) e “Lucky Man”, temos um dos momentos mais importantes da música progressiva moderna.
3) Emerson, Lake & Palmer: “Brain Salad Surgery” (1973)
Aos meus ouvidos, este é o ápice do power trio que sempre se mostrou ousado ao investir em compassos fora do padrão.
Ou enquanto combinava rock, jazz, folk e música clássica, dando um reflexo grandioso ao rock progressivo, numa viagem pelos sentidos (a própria capa, à cargo de H. R. Giger é impactante e contribui para a obra de arte), quebrando limites a cada audição.
Este é o quarto álbum do trio que queria trazer uma epopeia progressiva com 30 minutos, mas que foi editada na edição em vinil pelo limite de 25 minutos para cada lado do LP.
Já na edição em CD, a obra prima musical está completa e, em ambas as versões, muito bem acompanhada pelo classicismo musical exploratório de “Toccata (An adaptation of Ginastera’s 1st Piano Concerto, 4th Movement)” e “Jerusalem”.
4) Greg Lake: “Greg Lake” (1981)
Pouco ouvi falar sobre esta álbum solo de Greg Lake, e até maldigo cada minuto que fiquei ignorante para com a existência desta obra-prima que já começa a soar fantástica pelas participações no projeto: Gary Moore, Steve Lukather, Clarence Clemons e Jeff Porcaro.
Se nenhum destes nomes te chamou a atenção e não despertou a vontade de ouvi-lo, dê uma chance ao menos à balada “Let Me Love You Once Before You Go” , uma das mais belas da carreira de Lake e à “Nuclear Attack”, uma espetacular parceria com Gary Moore.
No conjunto da obra, temos Greg Lake se rendendo aos poucos ao AOR (já refletido pelos nomes que participam do trabalho), com melodias mais acessíveis e dando boas- vindas aos anos 1980.
5) EL&P: “Emerson Lake & Powell” (1986)
Quando Carl Palmer deixou o Emerson, Lake & Palmer rumo ao supergrupo Asia, foi a vez de Cozy Powell assumir as baquetas do conjunto, provocando um rebatismo, mas sem alterar sua conhecida sigla.
Uma pena que poucos deem o real valor a este trabalho nos dias de hoje, pois o que temos aqui é uma oxigenação oitentista do Rock Progressivo, com Keith Emerson dando mais melodia às suas linhas, num estilo bem sinfônico de AOR, como uma versão mais progressiva e elaborada do Asia.
É impossível não gostar de “Touch and Go”, “Lay Down Your Guns” e “Mars, Bringer of War”!
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