Essencialmente, o death doom metal é uma dissidência do heavy metal desenvolvido à partir da fusão com o death metal primitivo de bandas como Celtic Frost/Hellhammer, Death e Autopsy, junto com o doom metal clássico, do Trouble e do Candlemass, no início dos anos 1990. Quando se fala em primórdios do death doom metal, existem três bandas que provavelmente vêm primeiro à mente das pessoas: Paradise Lost, My Dying Bride e Anathema.
Junto a elas, os primeiros registros de bandas como Winter, Goatlord e Dream Death incluíam os elementos pioneiros do death doom metal. O death doom metal começou a ganhar forma quando algumas bandas de death metal puras começaram a incorporar passagens com tempos mais lentos em meio ao instrumental pesado e sujo de suas composições. Rapidamente surgiram bandas que se dedicavam a desenvolver apenas músicas com essa proposta de peso arrastado, incorporando atmosfera sombria e lirismo sombrio e funesto.
Neste sentido, logo o death doom metal se desmembrou em dois segmentos principais. O death doom melódico que se dedicava a criar um clima sombrio, apresentando vocais limpos e ásperos, ritmos mais lentos, efeitos de guitarra e instrumentação diferenciada, e fazia contraponto com o death doom mais clássico que é focado em riffs, e mantém as guitarras distorcidas do death metal, bateria com bumbos duplos, variação de andamentos e vocais guturais.
Mais tarde, o death doom metal iria se ramificar em outras dissidências do heavy metal, em especial o gothic metal que é o death doom metal com vocalizações líricas feitas com vocais femininos belíssimos e arranjos que também trazem alguma influencia de black metal de cacoetes sinfônicos, além do contraste de um vocal gutural com um vocal mais limpo trazendo um efeito muito valoroso para a musica.
Uma Breve História do Death Doom Metal
Os primórdios do death doom metal remetem ao início dos anos 1990, quando as bandas seguiam na direção diametralmente oposta ao excesso de velocidade que o metal extremo vivia. Saturadas desta proposta de excessos, bandas como Autopsy, Winter, Paradise Lost e Tiamat, apenas para citar algumas, procuraram inspiração em bandas de doom metal tradicional como Saint Vitus e Trouble.
Estas bandas e várias outras do segmento, nestes primórdios do death doom metal se alternavam em seções de blast beats com passagens doom, ou então usavam riffs atmosféricos prolongados com produção crua e suja, ou ainda mesclavam o death metal com elementos góticos, num caminho que desaguaria no gothic metal.
Já na metade da década de 1990, o death doom metal estava bem estabelecido no universo do heavy metal, principalmente em países como o Reino Unido, Suécia e Finlândia, e no decorrer do caminho teria como principais representantes bandas como diSEMBOWELMENT, Paradise Lost, My Dying Bride, Anathema, Amorphis, Katatonia, Esoteric, Evoken, Ahab, Saturnus e Swallow the Sun, que desenvolveram fórmulas e caminhos futuros diferentes dentro do death doom metal, desde interseções com o black metal até sonoridades mais melódicas e com produções polidas.
O Trio de Ferro do Death Doom Metal Britânico
O death doom metal teve no Reino Unido suas principais bandas definidoras e influentes, e elas ficaram conhecidas como o “Peaceville Three”, pois as três eram as bandas principais do selo Peaceville, um dos mais importantes para o gênero.
Obviamente estou falando do Anathema, do Paradise Lost e do My Dying Bride, que surgiram no final dos anos 1980 e lançaram as bases para o death doom metal. O Paradise Lost e o Anathema mudaram sua sonoridade logo após os primeiros discos, mas sem perder a excelência musical. Logicamente o death doom metal britânico vai além destas três, com destaque para o Crawling e o Monolith Cult.
Os 45 Melhores Discos de Death Doom Metal
- Paradise Lost – “Lost Paradise” (1990)
- Winter – “Into Darkness” (1990)
- Goatlord – “Reflections of the Solstice” (1990)
- Cathedral – “Forest of Equilibrium” (1991)
- Paradise Lost – “Gothic” (1991)
- My Dying Bride – “As the Flower Withers” (1992)
- The Gathering – “… Always” (1992)
- Pentacrostic – “The Pain Tears” (1992)
- Tiamat – “Clouds” (1992)
- Katatonia – “Dance of December Souls” (1993)
- Anathema – “Serenades” (1993)
- Decomposed – “Hope Finally Died…” (1993)
- diSEMBOWELMENT – “Transcendence Into the Peripheral” (1993)
- My Dying Bride – “Turn Loose the Swans” (1993)
- Crematory – “Transmigration” (1993)
- Celestial Season – “Forever Scarlet Passion” (1993)
- Amorphis – “Tales From the Thousand Lakes” (1994)
- Unholy – “The Second Ring of Power” (1994)
- Cianide – “A Descent Into Hell” (1994)
- Paramæcium – “Exhumed of the Earth” (1994)
- Orphaned Land – “Sahara” (1994)
- Dusk – “…Majestic Thou in Ruin” (1995)
- Anathema – “The Silent Enigma” (1995)
- Ceremonium – “Into the Autumn Shade” (1995)
- My Dying Bride – “The Angel and the Dark River” (1995)
- Katatonia – “Brave Murder Day” (1996)
- October Tide – “Rain without End” (1997)
- Septic Flesh – “Ophidian Wheel” (1997)
- Evoken – “Embrace the Emptiness” (1998)
- My Dying Bride – “The Light at the End of the World” (1999)
- Rapture – “Futile” (1999)
- Morgion – “Solinari” (1999)
- Ceremonium – “No Longer Silent” (2000)
- Mourning Beloveth – “The Sullen Sulcus” (2002)
- Swallow the Sun – “The Morning Never Came” (2003)
- Slumber – “Fallout” (2004)
- Draconian – “Arcane Rain Fell” (2005)
- Novembers Doom – “The Pale Haunt Departure” (2005)
- Daylight Dies – “Dismantling Devotion” (2006)
- Saturnus – “Veronika Decides to Die” (2006)
- Evoken – “A Caress of the Void” (2007)
- Doom:VS – “Dead Words Speak” (2008)
- Mar de Grises – “Draining the Waterheart” (2008)
- Hamferð – “Evst” (2013)
- Kaunis Kuolematon – “Kylmä kaunis maailma” (2014)
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