Neste artigo queremos iniciar uma série onde enalteceremos os grandes discos ao vivo do classic rock setentista. Em cada um dos artigos comentaremos cinco destes discos ao vivo, afinal, uma verdade sobre o rock como estilo musical é que ele foi feito para ser experienciado ao vivo!
Vale lembrar que os overdubs só se tornariam um artifício mais praticável a partir da década de 1980. Até por isso, geralmente o que ouvimos em lançamentos clássicos ao vivo antes disto é o que realmente aconteceu, sem retoques e adições artificiais. Obviamente, existem exceções.
Além deste motivo, decidimos pela década de 1970, pois a indústria de shows explodiu na naquela década, e o álbum ao vivo, um projeto provisório antes reservado apenas para os maiores artistas, tornou-se um ritual obrigatório e um momento crucial para muitos artistas, tanto que alguns nomes como Jimi Hendrix , Neil Young e Jackson Brown chegaram a registrar álbuns inéditos no formato.
Por fim, mas não menos importante para evitar confusões, vamos estabelecer onde, de fato, começa e termina a década de 1970. Conforme padronização da norma internacional para representação de data e hora da Organização Internacional de Padronização (ISO), a década de 1970, compreende o período de tempo entre 1 de janeiro de 1970 e 31 de dezembro de 1979.
Isso posto, vamos aos primeiros cinco discos escolhidos. Lembrando que esta é apenas a primeira de uma série de artigos sobre os melhores discos ao vivo do classic rock nos anos 1970.
1. Slade – “Alive” (1972)
Pegue qualquer enciclopédia do rock, até aquela rápidas e incompletas, e certamente no capítulo dedicado aos grandes discos ao vivo você encontrará “Alive”, do Slade, em posição de destaque. Esse disco é emblemático em diversos sentidos: a capa vermelha vibrante, a performance punk bem antes do punk, e o registro crú eram mudanças de alguns paradigmas.
Apesar de planejado para ser gravado, acredite, não tem um grama de overdub por aqui, e a honestidade, a espontaneidade, é indiscutível e quase anárquica! Que o diga “Darling Be Home Soon”, onde Noddy Holder nos agracia com um belo arroto. Esse disco é uma paulada!
2. Rush – “All the World’s a Stage” (1976)
Gravado em Toronto, no ano de 1976, esse disco ao vivo marca o fim da fase mais hard rock do Rush, antes de entrarem de cabeça na ousadia progressiva pela qual ficariam marcados. “All the World’s a Stage” trazia uma primeira versão do Rush, mais pesada e não tão complexa como ouviríamos em discos seguintes, principalmente no brilhante “Hemispheres”.
Com sonoridade orgânica e honesta, é possível sentir a energia que emanava do palco de uma banda que mudava de patamar na raça e no talento. Você pode até preferir “Exit… Stage Left”, de 1981, mas isso não elimina o fato deste ser um dos discos ao vivo mais emblemáticos da história do rock, à começar pela capa.
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3. Rainbow – “On Stage” (1977)
Logo após o lançamento de “Rising” em julho de 1976, o Rainbow saiu em turnê, partindo dos Estados Unidos, passando pela Inglaterra e o restante da Europa até finalizá-la na Austrália e no Japão.
Deste percurso, as apresentações de setembro na Alemanha e de dezembro, no histórico Budokan, no Japão foram registradas para aquele que se tornaria o primeiro ao vivo da banda, “On Stage”, lançado em julho de 1977. O resultado foi um dos grandes discos ao vivo da história do rock que trazia uma versão acachapante de “Mistreated”, do Deep Purple, com Dio arrepiando nos vocais e Blackmore desenhando linhas viscerais na sua guitarra.
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4. Aerosmith – “Live! Bootleg” (1978)
O patamar do Aerosmith mudaria em abril de 1975 com o lançamento de “Toys in the Attic”, e se agigantaria ainda mais com “Rocks”, uma nova ode à tríade “sexo, drogas e rock n’ roll” que levaria a banda à ruína em poucos anos.
Mas antes da derrocada lançariam mais um disco, “Draw the Line”, que mantém o nome do Aerosmith em evidência, mas sem o alarde de antes e um clássico disco ao vivo. Lançado para combater a pirataria que começava a incomodar o mercado fonográfico “Live! Bootleg” trazia um registro da primeira e melhor fase do Aerosmith e até por isso, é outro disco obrigatório para a nossa lista.
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5. UFO – “Strangers in the Night” (1979)
Aqui temos um UFO no ápice de sua forma, guiado pela genialidade das guitarras de Michael Schenker a banda amadureceu sua musicalidade em clássicos de estúdio como “Phenomenon” (1974), “Force It” (1975) e “Lights Out” (1977).
Por isso, em 1979 o quinteto inglês já era um dos maiores do mundo no âmbito do heavy rock e “Strangers in the Night” era o carimbo que faltava para certificar isso: um disco ao vivo! E como acontece muito na história do rock, esse álbum serve como marco de uma era não só da banda, mas também do gênero.
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