Bad Bone Beast – “Extravaganza” (2021) | Resenha

 

“Extravaganza” é o álbum de estréia da banda alemã Bad Bone Beast que se dedica a uma mistura de hard rock, blues rock com rock alternativo.

Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco lançado no Brasil pela parceria entre os selos Shinigami Records, Valhall Music e Drakkar Entertainment.

"Extravaganza" é o álbum de estréia da banda alemã Bad Bone Beast que se dedica a uma mistura de hard rock, blues rock com rock alternativo.

A banda alemã Bad Bone Beast usou o período da pandemia para enfim tirar do papel seu álbum de estréia que reflete muito bem a sua intenção de fundir o hard rock com o grunge, misturando a estética espalhafatosa do primeiro com a determinação do segundo, tanto musicalmente quanto visualmente. Até por isso, não é difícil encontrar influências claras de bandas como Alice In Chains, Soundgarden, Stone Temple Pilots, Pearl Jam e Queens of the Stone Age ao longo das treze faixas que completam o repertório de “Extravaganza”, seu álbum de estréia lançado em 2021 pelo selo Drakkar Entertainment e que chega ao Brasil em 2022 através da parceria entre os selos Shinigami Records e Valhall Music.

A Bad Bone Beast é uma banda formada no final de 2017 na cidade alemã de Osnabrück. Tendo como núcleo sólido do power trio a dupla Ruben Claro (vocal e baixo) e Alexander “Ace” Schmitz (guitarra e backing vocals), desde de 2019 o baterista Klaas “Ugge” Ukena completa a formação que gravou este primeiro disco. Antes de “Extravaganza” o Bad Bone Beast havia lançado um EP, intitulado “Water Into Wine” (2019), gravado em 2018, quando o baterista da formação ainda era Felix Krüppel. Este material apresentou a banda alemã e permitiu que entrasse nos circuitos de shows, participando de alguns festivais europeus e se destacando como um novo nome com potencial dentro do hard rock moderno.

Inclusive, faixas como “Truth Or Dare”, “Me, U And I” e “Moving Doll”, alguns dos bons momentos do disco foram compostas logo após o lançamento do EP e trabalhadas nos shows da banda, numa troca de experiências com os sentimentos do público. Estas três composições também mostram o poder e a dinâmica da sonoridade do Bad Bone Beast. Mesmo assim, os grandes destaques de “Extravaganza” vão para “Boneahead”, “Lost And Found”, “Breaking All Cages”, “Old Man” “Sunday Afternoon”, faixas onde o vocalista e baixista Ruben Claro mostra sua verve mezzo Glenn Hughes mezzo Scott Weilland, com alguns cacoetes emprestados de Chris Cornell, desenhando linhas vocais inspiradas e uma timbragem forte de seu instrumento.

Além disso, estas composições escancaram o fato da sonoridade do Bad Bone Beast banhar seu hard rock à moda grunge no oceano de possibilidades do blues rock, através de uma performance feita por músicos virtuosos e cheios de energia, sendo que a capa reflete bem as intenções do trio: rock pesado, despojado, psicodélico e provocador, mas moderno, nada diletante e orgânico.

Contribui para essa conclusão a crueza nos arranjos e na produção (feita pela própria banda), que forneceu mais visceralidade ao lado roqueiro e muita honestidade no que tange ao blues, imprimindo a dose exata de malícia na fórmula do Bad Bone Beast de costurar o que de melhor já tivemos dentro do rock alternativo, em arranjos bem variados, andamentos dinâmicos e abordagem arrojada e moderna. Ao menos essa é a intenção. Ainda não conseguiram plenamente atingi-la, mas potencial (e muito talento) claramente existe.

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  2. Alice In Chains – “Dirt” [Disco de Vinil Duplo]
  3. Nirvana – “Unplugged In New York” [Disco de Vinil Duplo]
  4. Queens of the Stone Age – “Era Vulgaris” [Disco de Vinil]
  5. Pearl Jam – “Rearviewmirror 1991-2003” [CD Duplo]

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