Venus 5 – “Venus 5” (2022) | Resenha

 

O Venus 5 é um projeto da gravadora italiana Frontiers Records que reuniu um time de cinco cantoras de diferentes bandas e países para criar dentro do heavy metal uma proposta muito comum na música pop.

Abaixo você lê nossa resenha completa do primeiro e auto-intitulado álbum do projeto Venus 5, que foi lançado no Brasil pela parceria entre os selos Shinigami Records e Frontiers Records.

O Venus 5 é um projeto da gravadora italiana Frontiers Records que reuniu um time de cinco cantoras de diferentes bandas e países para criar dentro do heavy metal uma proposta muito comum na música pop.

O Venus 5 é mais um projeto da Frontiers Records nascido da mente de Serafino Perugino, presidente da gravadora italiana que empresta da música pop o conceito de um grupo com várias vocalistas cujos timbres e personalidades se completam. Até por isso, é impossível não pensar numa versão heavy metal destes grupos pop, onde, por vezes, a imagem é mais importante do que a música.

O que tira um pouco deste pré-conceito (não preconceito) é a ficha técnica das vocalistas escolhidas e a equipe de produtores que está por trás do Venus 5. A cinco vocalistas que completam o Venus 5 são Herma (também do Sick N’ Beautiful, outra banda do Frontiers), Karmen Klinc, Jelena Milovanovic, Tezzi Persson (também do Infinite & Divine, outro nome do cast da Frontiers) e Erina Seitllari, que, sem dúvidas, possuem enorme talento e conseguiram combinar seus timbres de forma interessante.

Mas a parcela de brilhantismo das onze faixas deste primeiro trabalho do Venus 5 vai para a equipe de produtores envolvidas no projeto: Aldo Lonobile (conhecido pelos excelentes trabalhos com o Secret Sphere, Timo Tolkki’s Avalon, Sweet Oblivion, etc.), Jake E. (Cyrha, ex-Amaranthe; que co-produziu os vocais), Stefan Helleblad (do Within Temptation; que também toca guitarra no álbum) e Per Aldeheim (Def Leppard, HEAT, Stanfour, etc.).

Musicalmente, o Venus 5 não difere muito do que ouvimos na atual cena europeia do hard rock, apesar de ser ainda mais voltado para melodias fáceis que grudam na cabeça e não ter nenhum rubor em usar e abusar de clichês, como bem mostrou o primeiro single divulgado: “Tom And Ms. Amy Lee”. Aliás, não só esta música, mas, também, “Lioness”, “The Simulation” e “Monster Under Your Bed” são boas demonstrações de como o Venus 5 entregou um interessante disco que mescla melodic hard rock com melodic heavy metal, tendo algumas remissões pontuais a nomes como Within Temptation e Amaranthe em seus movimentos mais acessíveis.

No geral, temos exercícios constantes e puristas do hard rock oitentista feito para as rádios FM daquela época, o que por si só já tem potencial para gerar um resultado final minimamente divertido. Isso porque Aldo Lonobile sabe o que esta fazendo quando compôs estas músicas.

O único problema deste tipo de abordagem que elas acabam tendo aquele sabor clínico e nada orgânico das versões apresentadas em programas como The Voice e até mesmo Eurovision. Mesmo que as partes sejam  bem divididas entre as cantoras, a dinâmica esteja energizada pela adrenalina, e o equilíbrio entre rock, pop metal esteja bem feito, para o meus ouvidos, este tipo de projeto sempre carece de alma, pois me soa como um experimento de laboratório.

Entenda bem, o Venus 5 está longe de ser ruim, mas eu tenho as minhas dúvidas se este não será mais um daqueles projetos natimortos da gravadora italiana como tantos outros do passado. Mas se este tipo de hard rock é do seu agrado, eu se fosse você conferia, nem que fosse por simples curiosidade. Pode ser que se surpreenda!

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