Quais São As 15 Maiores Brigas da História do Rock?

Beatles, The Police, Oasis, Van Halen, Metallica, Guns n’ Roses, Pink Floyd… Quais foram as maiores brigas da história do rock?

Das trocas de soco às ofensas verbais, separações e até disputas judiciais, a história do rock’n’roll está cheia de desentendimentos entre integrantes das bandas. Se você escolher qualquer nome no universo de bandas da história do rock, a chance de encontrar um ninho de vespas de agressividade, egocentrismo, ciúme e ressentimento é enorme.

Destas, várias bandas possuem músicos que vão sendo alimentados pelo choque de personalidade, brigas por royaltys, volume de um instrumento, enfim, e se acumulam até chegar a um nível insuportável, onde as rupturas acontecem.

Enfim as bandas brigam o tempo. E quando o fazem, as coisas podem ficar muito feias, muito rápido. Aqui estão os quinze maiores exemplos de brigas entre membros da mesma banda na história do rock.

1) The Police: A briga entre Sting e Stewart Copeland

Quando estavam compondo “Synchronicity”, seu último disco de estúdio lançado em 1983, o Police estava implodindo de uma forma catastrófica. Os músicos já gravavam em salas separadas no estúdio e a tensão entre Sting e Stewart Copeland só aumentava.

O baterista chegou a apagar as gravações do vocalista que, por sua vez, retribuiu na mesma moeda. Nos shows, Copeland posicionava a bateria de uma maneira que não precisasse olhar para Sting e batia nos pratos imaginando que era a cabeça do vocalista. A “treta” entre os dois chegou ao nível de Copeland quebrar uma costela de Sting em 1983 e, três anos depois, Sting ameaçaria Copeland com uma faca!

2) The Beatles: O problema não foi só com Yoko Ono

Apesar de Yoko Ono ser vista como o pivô da separação dos Beatles, a verdade é que as tensões entre os quatro rapazes de Liverpool vinham crescendo e se acumulando ao longo dos anos.

Paul McCartney era tido como um líder autoritário e intransigente pelo restante da banda nos anos finais. George Harrison era magoado por suas canções terem pouco espaço nos discos dos Beatles. John Lennon, após iniciar seu relacionamento com Yoko Ono, afastou-se da banda e criou incômodo ao deixar Yoko participar de algumas gravações.

Após a separação em 1970, seguiram-se processos judiciais, declarações irônicas na mídia e indiretas em forma de música.

3) Guns N’ Roses: Axel Rose versus Slash

Axl conseguiu transformar a maior banda de rock da década de 1990 em uma piada, graças a um programa sistemático de demissões de músicos que limpou a formação clássica do Guns N’ Roses e estabeleceu sua reputação como um eremita obsessivo.

O que teria irritado Axl Rose foi a parceria de Slash com Michael Jackson na música “Black or White”, já que o vocalista havia sofrido abusos quando criança e estava convencido de que o Rei do Pop era pedófilo. Por isso, retirou as guitarras de Slash da versão de “Sympathy for the Devil”, e as trocou pelas de Paul Huge. Mas Slash só abandonou o grupo em 1996, quando Axl comprou à traição os direitos do nome Guns N’ Roses.

Em 2009, Axl aproveitou uma entrevista para ofender o guitarrista Slash que deixou a banda em 1996: “Pessoalmente, eu considero Slash um câncer que é melhor ser removido, evitado e o quanto menos se ouvir falar dele, melhor”.

“Axl foi o catalisador para separar uma grande banda,” Slash disse em 2005, mas em 2016 parece que eles apararam suas arestas pois voltaram a tocar juntos. Ou talvez, só sejam negócios! Embora Izzy Stradlin e o baterista original Steven Adler não tenham sido convidados para a reunião da banda.

4) Van Halen: David Lee Roth diz que a banda faz você querer beber leite!

O Van Halen, em 1985, era a maior banda de rock dos Estados Unidos. Mas o percurso amplificou as animosidades entre o vocalista David Lee Roth e o guitarrista Eddie Van Halen, pois este último impôs a musicalidade que queria para o disco “1984”.

Apesar do sucesso do disco, David deixou o Van Halen para seguir carreira solo como cantor e ator. “A banda tal como a conhecíamos acabou porque Dave quer ser estrela de cinema”, disse Eddie.

Após a saída do vocalista ele disparou impiedosamente sobre sua ex-banda: “O velho Van Halen – quando eu estava nele – fazia você querer beber, dançar e transar, certo? E o novo Van Halen incentiva você a beber leite, dirigir um Nissan e ter um relacionamento.”

5) Pink Floyd: David Gilmour versus Roger Waters

Os problemas entre David Gilmour e Roger Waters começaram na época de “The Dark Side of the Moon”, o clássico que mudou o Pink Floyd de patamar dentro da história do rock. As coisas ficaram ainda mais desagradáveis no genial “Wish You Were Here” (1975) e atingiu o ápice após o disco “The Final Cut” (1983), que marcou a saída do baixista.

Enquanto David Gilmour dizia internamente que o disco de 1983 deveria ter se chamado “The Final Straw”, algo como “A Última Gota”, Waters foi aos tribunais em 1986 para “evitar que Gilmour manchasse o nome do Pink Floyd”. O processo não deu em nada, mas Waters continuou disparando contra a banda dizendo que “A Momentary Lapse Of Reason”, de 1987, era uma falsificação bem feita do “real” Pink Floyd.

6) Sex Pistols: Johnny Rotten chutou o balde!

Na última turnê americana de 1978, os Sex Pistols já estavam se esfacelando, com Johnny Rotten não mais disfarçando seu ódio pelo baixista Sid Vicious, adjetivado pelo vocalista como “um desperdício de espaço”. Rotten não economizou nem com o dono da banda, Malcolm McLaren, a quem classificou de “o homem mais malvado do mundo”.

McLaren se vingaria de Johnny Rotten após o último show dos Sex Pistols em San Francisco, deixando o vocalista preso em Los Angeles sem passagem de avião ou dinheiro. Mas Johnny Rotten iria rir por último ao processar seu ex-empresário e pedir uma indenização de 1 milhão de libras, em 1986.

7) The Kinks – “Você pode escolher seus amigos, mas não pode escolher sua família.”

Os irmãos Ray e Dave Davies, do genial The Kinks nunca esconderam suas brigas que atingiram o ápice em 1996, quando Ray arruinou a festa de 50 anos de Dave. “Você já ouviu falar de vampiros. Ray suga minhas ideias, minhas emoções e minha criatividade. É tóxico para mim estar com ele. Ele é um maníaco por controle”, desabafou Dave.

A relação entre eles foi conturbada durante seis décadas, com um cotidiano incluindo socos, chantagem emocional e jogos mentais. “É a mesma coisa de sempre”, disse Dave ao site Classic Rock. “Você pode escolher seus amigos, mas não pode escolher sua família.”

8) Oasis – Os irmãos brigões de Manchester

Mesmo tendo um relacionamento conturbado desde crianças, Noel e Liam Gallagher formaram o Oasis em 1991, e se tornaram uma das maiores bandas de rock da sua geração, após alcançarem sucesso mundial em apenas três anos. Os dois, muitas vezes, viajavam separados e se atacavam agressivamente em entrevistas.

Noel chegou a afirmar que Liam era “rude, intimidador e preguiçoso”. No dia 28 de agosto de 2009, as rusgas chegaram às vias de fato, e num acesso de raiva, Liam quase acertou Noel com uma guitarra num acesso de raiva que seguiu de uma discussão feia. Após este evento, a banda acabou, com Noel afirmando que “simplesmente não podia continuar trabalhando nem mais um dia com o Liam”.

9) Metallica – Dave Mustaine foi chutado da banda!

Taxado de bebum, arrogante e drogado, a verdade é que Dave Mustaine era um talento nato desde que esteve nos primórdios do Metallica. Ele chegou a ser expulso da banda após uma discussão com James Hetfield e Ron McGovney, culminando em troca de socos entre guitarrista e vocalista em um ensaio. Mesmo descrito com temperamento volúvel e arrogante, as emocionadas desculpas foram aceitas.

Com o passar do tempo, Dave Mustaine, começou a apresentar um comportamento cada vez pior, bebendo de modo exagerado e as suas atitudes quando embriagado começaram a suplantar a visão de seu talento. As versões dos fatos iriam variar por anos, mas Mustaine, que foi colocado bêbado em um ônibus de volta para casa, saiu com muito com muito rancor destes acontecimentos.

10) Black Sabbath – Sempre os vocalistas!

Em 1977, Ozzy Osbourne surta, briga com todo mundo no Black Sabbath, e chega a deixar o posto. Num primeiro momento voltaria atrás, gravando “Never Say Die” (1978), mas seria sacado da banda. Seu substituto foi ninguém menos que Ronnie James Dio.

Mas após o disco “The Mob Rules” (1981) a banda rachou novamente durante a mixagem do ao vivo “Live Evil” (1982), causando a saída de Dio e do baterista Vinny Appice. Tony Iommi e Geezer Butler acusaram Dio de se infiltrar no estúdio de gravação para adulterar seus níveis vocais. “Quando chega a hora do vocal, ninguém me diz o que fazer”, enfureceu Dio. “Ninguém!” Anos mais tarde Dio afirmou que se recusava a ouvir “Live Evil”.

11) Aerosmith – Problemas de casais!

A relação entre os toxic twins sempre foi de altos e baixos, afinal era intensificada pela quantidade homérica de álcool e drogas que tanto Joe Perry quanto Steven Tyler consumiam no auge dos anos 1970.

Mas a coisa azedou de vez na época do disco “Night in the Ruts” (1979), quando a banda teve que entrar em turnê rapidamente para pagar o excessos das gravações do disco. A tensão entre os músicos era tão grande que até as namoradas e esposas entraram na briga.

A esposa do baixista Tom Hamilton chegou às vias de fato com a mulher de Joe Perry. Quando Tyler gritou com Perry: “Você não consegue controlar sua mulher?”, a briga das esposas se alastrou para os membros da banda, causando uma cisão entre os músicos e quase o fim da banda, que só se recuperaria do estrago na segunda metade da década de 1980.

12) Ramones – A KKK levou minha namorada

Num primeiro momento, a rusga entre Joey Ramone e Johnny Ramone precia ser política. Joey não era uma pessoa politizada, mas simpatizava com alguns ideais do partido democrata. Já Johnny, como disse em sua autobiografia, foi um dos relativamente poucos músicos de punk que se identificou como um eleitor conservador e republicano.

Mas a música “The KKK Took My Baby Away” mostra que briga foi por causa de uma namorada. Afinal, Joey foi abandonado por Linda, uma mulher que se tornaria esposa de Johnny (a identificação republicana fez Joey associar Johnny com a temida KKK). Ele nunca superou isso, embora no final fosse Johnny que se recusasse a falar ou ver Joey quando ele estava morrendo.

13) Beach Boys – Uma briga de primos.

Os músicos do Beach Boys têm um longo histórico de questões legais envolvendo créditos de composição, royalties e uso do nome da banda. “Pet Sounds” (1966), o disco que mudou o Beach Boys de patamar, trouxe uma rivalidade entre os primos Brian Wilson e Mike Love.

Com o tempo, a rivalidade entre os primos aumentou e eles acabaram brigando na justiça por direitos autorais e com Love ficando como detentor dos direitos sobre o nome da banda. A última briga e talvez mais séria veio em 2012, quando Mick Love inesperadamente demitiu Brian Wilson e outros membros originais Al Jardine e David Marks após uma reunião.

14) Deep Purple – Ian Gillan versus Ritchie Blackmore

Se algumas brigas de longa data foram sendo resolvidas com o passar dos anos, outras continuam parecendo irreconciliáveis, como o caso de daquela entre o vocalista do Deep Purple, Ian Gillan, e o ex-guitarrista e principal compositor Ritchie Blackmore. Tanto que quando a banda recebeu sua indicação ao Rock and Roll Hall of Fame, Gillan proibiu Blackmore de comparecer.

Gillan deixou a banda em 1973 depois que as tensões aumentaram com Blackmore, mas foi Blackmore quem saiu em caráter definitivo em 1993. Depois de demitir Joe Lynn Turner e trazer Gillan de volta, o vocalista mudou as melodias de Turner, irritando Blackmore. Em entrevista da época, o vocalista disse que a saída do guitarrista se parecia com a eliminação de um câncer.

15) Mayhem – O Black Metal sempre é extremo

Essa pode não ser a briga mais famosa de todos os tempos, mas certamente é a mais violenta. Apenas dois anos após o suicídio do vocalista da banda Per Yngve Ohlin, dois dos membros do Mayhem se envolveram em uma rivalidade mortal.

Indo direto ao ponto, Varg Vikernes matou Euronymous com dezenas de facadas, e as versões dos fatos e das motivações alteram-se dependendo de quem conta a história, tanto que até virou filme, intitulado “Lords of Chaos”, o mesmo do livro em que foi baseado.

Mais 5 tretas entre membros de bandas de rock que merecem destaque:

1) SIMON & GARFUNKEL

As brigas entre a dupla chegaram ao ápice na finalização do disco “Bridge Over Troubled Water” (1970), tudo por causa da escolha de 12ª música do disco. O repertório acabou finalizado com apenas onze músicas. A dupla se separou no mesmo ano. Até tentaram uma reunião para um novo disco em 1983, mas não deu certo de novo!

2) THE EVERLY BROTHERS

Os irmãos Don e Phil Everly formaram a dupla em 1957, eles já não eram conhecido pela amizade, mas discretos, conseguiram manter as aparências até 1973, quando Don chegou bêbado a um show e Phil saiu do palco. A dupla se separou e só voltou a se encontrar no enterro do pai.

3) THE CLASH

A parceria de composição no The Clash entree Joe Strummer e Mick Jones tinha prazo de validade. No show de 1980 no Sheffield’s Top Rank, Strummer já criticava Jones fortemente, chegando a chama-lo de “Elizabeth Taylor de mau humor” nos anos seguintes. Mick Jones aguentou só até 1983.

4) THE BLACK CROWES

Veja o que Chris Robinson disse a Rolling Stone em 1996, sobre seu relacionamento com o irmão Rich: “Literalmente, eu e Rich brigamos muito, mas temos uma regra: você pode dar socos no corpo e estrangulamentos, e jogar garrafas um no outro, mas nunca quebramos a cara um do outro”.

5) KISS

A formação original do Kiss sempre teve um clima meio de “nós” contra “eles”. Isso porque o vocalista Paul Stanley e o baixista Gene Simmons têm uma relação tensa com o guitarrista Ace Frehley e o baterista Peter Criss há décadas.

E você? Qual briga entre membros da mesma banda acha que nós deveríamos ter incluído na lista?

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