Krisiun – Mortem Solis (2022) | Resenha

 

“Mortem Solis” é o 12º álbum de estúdio da banda brasileira de death metal Krisiun, que reafirma a capacidade do trio em mesclar brutalidade com a técnica apurada.

Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco que foi lançado no Brasil pela parceria entre os selos Century Media e Shinigami Records.

"Mortem Solis" é o 12º álbum de estúdio da banda brasileira de death metal Krisiun, reafirmando a capacidade do trio de mesclar brutalidade com a técnica apurada.

O lendário trio do death metal brasileiro formado por Alex Camargo (baixo e vocal), Max Kolesne (bateria) e Moyses Kolesne (guitarra) saiu do Family Mob Studio, em São Paulo, com mais um poderoso álbum de estúdio intitulado “Mortem Solis”.

Este é o décimo segundo trabalho em estúdio do Krisiun, sendo mixado e masterizado por Mark Lewis, em Nashville, Tennessee, e trazendo uma capa com arte à cargo do sempre brilhante artista Marcelo Vasco (Slayer, Venom, Dark Funeral).

Com estas credenciais fomos ouvir “Mortem Solis” com a mente se perguntando: “será que irão se superar novamente”? Afinal, “The Great Execution” (2011), “Forged in Fury” (2015) e “Scourge of the Enthroned” (2018) é um sequência irrepreensível de álbuns de death metal com características diferentes, mas evidenciando uma das melhores fases do Krisiun nestes mais de trinta anos de carreira.

E neste caminho discográfico, “Mortem Solis” chega como uma continuação do álbum anterior, investindo num peso cavalar enquanto sobrepões riffs após riffs que parecem socos impiedosos desde a abertura visceral com “Sworn Enemies”, uma faixa que entrega uma simplificação geral nas estruturas (ainda precisas como um relógio suíço), mas mostra um desenvolvimento técnico apurado nos detalhes.

Além disso, nesta primeira faixa já podemos perceber como o vocalista Alex Camargo atingiu um nível diferenciado dentro da estética do death metal, com identidade própria, interpretação natural nos guturais demoníacos e muita agressividade, algo ainda melhor marcado em “Serpent Messiah”, “Swords into Flesh” “Necronomical”, que chegam na sequência e são ainda melhores se acompanhadas lendo as letras.

O título do disco, “Mortem Solis”, alude a uma morte da luz, pela tradução livre como morte do sol. Uma alegoria interessante para resumir o conteúdo das letras que mesmo não seguindo um conceito, versam sobre mensagens anti-religiosas, pútridas e bélicas com trilha sonora perfeita para tais cenários, como manda o manual do death metal, mas de um forma mais metafórica, madura e literária.

A primeira parte do disco termina com a impiedosa “Tomb of the Nameless”, mostrando que o repertório foi disposto como se composto para um LP, pois tem duas partes bem definidas, com duas introduções, dois ápices e dois desfechos. A segunda parte claramente inicia com a exótica instrumental “Dawn Sun Carnage”, abrindo espaço para a tensão carregada de “Temple of the Abattoir” e que só irá terminar na furiosa “Worm God”.

A musicalidade brutal do trio não é puramente tradicional, pois exploram passagens técnicas (o que toca o guitarrista Moyses Kolesne é um absurdo) em meio a inserção de melodias que incomodariam se o Krisiun não tivesse costruído a reputação que tem. Ao mesmo tempo, eles continuam sua reaproximação com o black metal do passado inciada no disco anterior.

Olhando superficialmente, parece que o Krisiun apenas traz de volta uma forma mais tradicional e brutal do death metal, novamente inspirados por nomes canônicos como Death, Morbid Angel e Deicide na virada dos a anos 1980 para os anos 1990, ou seja velocidade e brutalidade quase linear sustentada pela bateria apocalíptica de Max Kolesne.

Porém, olhando mais profundamente a performance instrumental, percebe-se um escopo técnico bem desenhado, mas não tão aparente como feito em álbuns como “The Great Execution” (2011), principalmente, e “Forged in Fury” (2015), pelo ritmo alucinante impresso neste novo trabalho.

Além disso, eles inserem grooves instigantes pontuais, que mostram conhecimento do que acontece na modernidade do estilo que praticam, e sabem exatamente o quanto disso podem explorar em seus tradicionalismo, equacionando a quantidade de peso e velocidade nos momentos certos. Isso mostra evolução e maturidade.

Enfim, “Mortem Solis” continua de onde o Krisiun parou em 2018, no álbum “Scourge of the Enthroned”, com brutalidade extrema e muita energia!

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Ofertas de Discos do Krisiun

  1. Krisiun – Scourge Of The Enthroned [Disco de Vinil]
  2. Krisiun – Southern Storm [CD]
  3. Krisiun – Mortem Solis [CD]
  4. Krisiun – Conquerors Of Armageddon [CD]
  5. Krisiun – Black Force Domain [CD]

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