We Butter the Bread With Butter – “Das Album” (2021) | Resenha

 

“Das Album” é o quinto álbum de estúdio da banda alemã We Butter the Bread With Butter que pratica uma insunuante e sarcástica mistura de metalcore com música eletrônica.

Abaixo você le nossa resenha completa deste disco lançado no Brasil pela parceira entre os selos Shinigami Records, Valhall Music e AFM Records.

"Das Album" é o quinto álbum de estúdio da banda alemã We Butter the Bread With Butter que pratica uma insunuante e sarcástica mistura de metalcore com música eletrônica.

O We Butter the Bread with Butter (também conhecido como WBTBWB) ganhou destaque dentro e fora de seu país natal, a Alemanha, pela sua postura irônica dentro de um universo tão sisudo e ensimesmado como o heavy metal. Fundando em 2007 pelo guitarrista Marcel Neumann e pelo vocalista Tobias Schultka a dupla logo chamaou a atenção pela ousada mistura de deathcore com música eletrônica e pela forma totalmente nonsense de algumas passagens musicais e até mesmo do conceito artistico como um todo.

Dono de um humor ácido, o WBTBWB novamente chamou a atenção do seus fãs com “Das Album”, seu quinto disco de estúdio por ser o primeiro deles em 11 anos com a dupla fundadora, afinal Tobias Schultka deixou a formação em 2010. Seu último disco com a banda havia sido “Der Tag an dem die Welt unterging”, lançado no ano de sua saída. Até por isso, a expectativa era de que retomassem sua melhor fase da carreira e, de fato, foi o que ocorreu.

Como se retomassem exatamente daquele segundo disco, “Das Album” tem potencial para ser o melhor disco da banda até então (acredite, eu fui conferir todos os anteriores antes de ouvir este disco). Mesmo assim, estamos longe um clássico da música pesada. Muito pelo contrário! O WBTBWB entrega música divertida como se musicasse memes da internet fazendo pela arte musical o mesmo que Ben Stiller faz pela a arte cinematográfica.

Abaixo você tem ofertas de  dois discos da banda We Butter the Bread with Butter, incluindo “Das Album”.

“Das Album” chega seis anos após “Wieder geil!”, o mais fraco dos quatro primeiros discos da banda e após uma audição em sequência de toda discografia, é certo que estas treze músicas conseguiram subir o nivel novamente, muito pelos riffs bem criados e pelas inserções eletrônicas bem feitas desta vez, num casamento melhor equilibrado (o que não significa que eliminaram o “excesso de informação”) entre deathcore e música eletrônica, oferencendo ainda uma overdose de refrãos fáceis que marcam de imediato.

O primeiro destaque vai para “20 km/h”, que evidencia o fato de que mesmo por vezes esbarrando nas facilidades que a música eletrônica oferece como camuflagem para truqes musicais baratos, eles o fazem por um opção estética de desconstrução das regras do heavy metal e criam uma música escrachada que constrasta com a fusão de grindcore com música eletrônica de “Dreh Auf!” reponsável pela abertura. As duas faixas possuem suas bizarrices, assim com todo o disco e podem até mesmo ofender os mais ortodoxos devotos do heavy metal.

No geral, temos um material que oscila entre bons momentos (como “N!CE”, “Schreibwarenfachverkäufer”, “Jump ‘n’ Run” Piks Mich”), muito pelos riffs criados e os ritmos sincopados que contagiam o ouvinte pela energia gerada e amplificada pela ótima produção (outra melhoria em relação aos discos anteriores), ao lado de composições que que beiram o vergonhoso (como “Sprich Sie Einfach An” e “Meine Finger Sind Zu Klein”, por exemplo. Ou então fui eu que não entendi a proposta)

Na verdade, tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo em “Das Album” que as evoluções técnicas dos instrumentos se perdem no meio do frenesi das camadas sobrepostas de som e da insanidade dos arranjos, sendo que a falta de alívios melódicos (a maioria deles aqui acontecem apenas nos momentos que os riffs de guitarram ganham protagonismo) pode ser o fator crucial para que WBTBWB seja aquele tipo de banda “ame-ou-odeie”. Interessante é, mas não sei se volterei a “Das Album” algum dia!

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