Lançado em 2018, “Live Fire” é o terceiro álbum ao vivo da veterana banda feminina de heavy metal Vixen, gravado em Chicago, no Arcada Theatre, durante a turnê de 2017.
Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco da Vixen lançado no Brasil em 2023 pela parceria entre os selos Rat Pack Records e Hellion Records.
A veterana banda Vixen é uma bandeira feminina dentro do classic rock e do heavy metal desde o final da década de 1970 quando a jovem guitarrista Jan Kuehnemund funda-a, ainda como um projeto em construção que rumou para Los Angeles em busca da metamoforse definitiva para uma banda profissional.
Alguns anos mais tarde, já com a vocalista Janet Gardner, a baixista Share Pedersen e a baterista Roxy Petrucci ao lado de Jan Kuehnemund na formação da Vixen, conseguiriam, enfim, marcar seu nome na história do rock n’ roll, não apenas por ser uma banda feminina competente num cenário dominado pelos homens, mas pela competência e pela força da determinação melódica cravada na música que faziam.
Músicas como “Edge Of A Broken Heart”, “Cryin'”, “I Want You To Rock Me”, “Love Made Me” e “Cruisin'”, foram sucessos de seu auto-intitulado primeiro disco lançado em 1989, sendo estes seus primeiros clássicos. No ano seguinte, 1990, a lista de clássicos da Vixen aumentaria com o lançamento do seu melhor trabalho da carreira, “Rev It Up” (1990).
O salto de qualidade em termos de produção e composição é indiscutível, principalmente em músicas como “How Much Love”, “Rev it Up”, “Love is a Killer”, “Streets of Paradise” e “Not a Minute too Soon”, que são alguns dos melhores momentos do ocaso do hard rock ointentista.
Porém, o mundo da música estava começando a mudar naquela virada para a última década do milênio e estas pérolas do hard n’ heavy não ganharam o destaque merecido. Tanto que logo após a turnê de “Rev It Up” (1990) as já conhecidas divergências musicais levaria a uma separação que deixaria a Vixen inativa até 1997, mas com uma formação reformulada, ainda que liderada pela dupla Roxy e Jan.
Infelizmente, no ano de 2013, quando os plano de reunir a formação clássica da Vixen novamente estavam tomando forma, Jan foi diagnosticada com um câncer que adiou os planos por tempo indeterminado. Ela faleceria naquele mesmo ano, mas as três integrantes vivas da formação clássica da banda, decidiram continuar sob o nome de Vixen.
Creio ser este preâmbulo importante para entendermos o que realmente temos em mãos quando ouvimos “Live Fire”, o terceiro álbum ao vivo da banda Vixen.
De saída quero registrar que o trabalho em estúdio feito por Michael Wagener é excelente neste “Live Fire”, que apresenta 12 faixas ao vivo e foi gravado no lendário Arcada Theatre de Chicago durante a bem sucedida turnê do grupo em 2017.
Além das músicas clássicas da Vixen, principalmente, do seus primeiros dois discos, “Live Fire” também inclui uma versão de estúdio recém-gravada de “You Ought to Know By Now”, uma versão acústica totalmente nova do hit “Edge Of A Broken Heart” e uma versão ao vivo de uma faixa inédita chamada “Big Brother”, que são mais do que atrativos para este material.
Sem dúvidas, “Live Fire” é um excelente disco ao vivo, com um formação entrosada e disposta a tocar o bom e velho hard rock de determinação heavy metal e apelo melódico do classico rock. Liderado pela vocalista Janet Gardner e pela baterista Roxy Petrucci, ambas remanescente da fase clássica da Vixen, o quateto entrega um material digno de sua história.
A primeira fase da carreira Vixen é tida como seu período clássico, fato provado mais uma vez no repertório de “Live Fire”, seu terceiro disco ao vivo lançado em 2018 pelo selo Rat Pack Records, que tem grande parte de retirado destes dois inesquecíveis primeiros trabalhos.
Todos estes clássicos do hard rock oitentista passaram pelo teste do tempo e soam muito bem ao vivo, principalmente pela excelente forma dos vocais de Janet Gardner. Ela chama a atenção no cover de “I Don’t Need no Doctor”, famosa no meio roqueiro pela versão do WASP, mas que é um composição do genial Ray Charles.
Claro que a identidade de Jan Kuehnemund nas guitarras faz falta. Sua estética nas seis cordas sobrepunha a técnica e conseguia ser provocante e envolvente. Mas não me entenda mal, o trabalho da Britt Lightning é excelente e competentíssimo, principalemnte nos solos e riffs que estão enxarcados de sua própria personalidade.
Enfim, se você gosta da Vixen e de discos ao vivo, este deve estar na sua coleção certamente!
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