Thunder – Resenha de “Rip It Up” (2017), 11º disco da banda britânica

 

“Rip It Up” é o décimo primeiro estúdio da banda britânica de hard rock Thunder, lançado em fevereiro de 2017. Esses caras são artesãos habilidosos no trato do bom e simples álbum de rock, se utilizando de riffs elegantes, vocais brilhantes, bases consistentes e backing vocals límpidos para manufaturar composições que agradarão os saudosos dos melhores dias de bandas como Bad Company e Whitesnake.

Thunder - Rip It Up (2017, earMUSIC)

Seguindo a elegante fórmula inglesa, apresentam o sucessor do brilhante “Wonder Days” (2015), investindo numa exploração maior dentro das raízes do Rock, moldada pelos seus elementos musicais mais tradicionais.

“No One Gets Out Alive” abre com um pé no Classic Rock, um pouco mais rústico que no álbum anterior, com pegada setentista, mas sem perder a classe, assim como apresentado na pseudo-balada “Heartbreak Hurricane”.

Mesmo assim, a excelência instrumental, principalmente  nas versáteis linhas de guitarra, que vão do Blues aos Hard Rock de modo instantâneo e fluido, com solos dilacerantes, manufaturados por quem conhece do riscado!

 “Rip It Up”, a faixa, e “Scarecrow” desencavam as raízes do Rock N’ Roll com muita personalidade e saudosismo sadio, nos deixando a certeza de que estes caras possuem o Rock classudo, melódico e inventivo a alma.

A timbragem dos instrumentos está brilhante, com produção cristalina e a execução instrumental dispensa comentários.

Você passa por “She Likes The Cocaine” e se pergunta como  eles conseguem fazer uma música tão boa com tão pouco, assim como acontecerá em “The Chosen One”“The Enemy Inside” (essa com um sabor southern/blues), faixas que evidenciam ainda mais a manipulação das raízes do Rock, com harmonias e arranjos inteligentes, dando força e alma setentista ao Melodic Rock da banda, que ainda empacota o trabalho numa produção bem moderna.

Mas, senhoras e senhores, são as baladas “Right From The Start” “There’s Always a Loser” (que fecha o álbum) que encantam pelo bom gosto, emoção e sensibilidade, dando ainda mais destaque à voz abençoada de Danny Bowes.

Como canta esse cara!

O álbum não possui uma faixa ruim!

À medida que o trabalho se desenvolve, a qualidade se mantém no topo, principalmente quando nos deparamos com a faixa “In Another Life”, um Blues cadenciado e disfarçado de Melodic Rock dos melhores, com detalhes de teclado e solo malicioso, abordagem que se repetirá n também excelente “Tumbling Down”.

Sabe aquela velha história do vinho e do tempo?

Pois é!

O Thunder é o novo exemplo desta máxima!

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