“Aeromantic II” é o sexto álbum de estúdio da banda The Night Flight Orchestra, lançado em setembro de 2021. O disco apresenta o novo tecladista John Lönnmyr e foi lançado no Brasil por uma parceria entre os selos Shinigami Records e Nuclear Blast.
Ouso dizer, e creio que poucos irão discordar, que o Night Flight Orchestra é a banda mais legal da atualidade no segmento do melodic rock/AOR. Seus cinco primeiros discos mostram não só uma evolução vertiginosa dentro da proposta retrô de sua música e imagética, mas também um desfile de faixas que seriam hits em décadas passadas.
“Aeromantic II” chega pouco mais de um ano após a primeira parte (“Aeromantic” foi lançado no início de 2020) e nasceu da impossibilidade da banda excursionar divulgando o trabalho devido a explosão da pandemia de COVID-19.
E como o próprio título indica, temos uma continuação da proposta de “Aeromantic” (2020), sendo que muitas músicas desta segunda parte foram trabalhadas nas sessões de gravação do disco anterior e já estavam prontas.
É importante reforçar que até a chegada de “Aeromantic” eles conseguiram se superar a cada disco simplesmente por criar algo diferente, mas sem mudar a fórmula. Agora, eles conseguem manter tudo como no disco anterior e ainda assim mantém o alto nível.
Isso me deu a sensação de que deixaram algumas músicas ainda mais legais que as de “Aeromantic” (2020) de fora daquele disco e que agora aparecem em “Aeromantic II” (2021). Claro, tudo balizado pela mistura de soul, classic rock, progressivo, pop, funk e AOR que o Night Flight Orchestra vem lapidado em uma década de discografia.
A minha impressão é que, se na primeira parte tínhamos uma programação de uma rádio oitentista, agora eles trouxeram mais aquele clima de trilha sonora dos filmes daquela década, similar ao que imprimiram em “Amber Galactic” (2017) e “Sometimes the World Ain’t Enough” (2018), para a proposta de “Aeromantic” (2020).
Com isso, temos novamente aquela chuva de músicas com ganchos melódicos deliciosos, que soam pop, mas sem perder a tenacidade hard rock. Porém, agora, com um dose extra de adrenalina cinematográfica que combina perfeitamente com a imagética de glamourosos motivos aeronáuticos.
Parece até que o novo tecladista, John Lönnmyr, deu protagonismo aos teclados na musicalidade do Night Flight Orchestra, pois eles soam mais insinuantes e bem desenhados, chamando a atenção pelo requinte que trazem a diversas passagens junto com as guitarras elegantes inspiradas no AOR (a timbragem delas por vezes remete ao Boston) mais clássico.
Isso corrobora a impressão de que eles entraram ainda mais fundo nas influências de Electric Light Orchestra e ABBA para construir a base das músicas muito bem trabalhadas em estúdio por uma técnica de produção que a banda domina como poucas que se autoproduzem com sucesso.
Claro que os detalhes dão a personalidade própria ao som do Night Flight Orchestra. Existe uma passagem instrumental mais intrincada aqui, um solo de guitarra diferenciado bem colocado, ou inserções de de violinos e percussão acolá. Tudo pincelando referências óbvias, diversificadas e muito bem costuradas.
O repertório é nivelado por cima e temos várias composições que se destacam: “Violent Indigo” (abertura com forte acento AOR entre o Survivor e o Chicago), “Midnight Marvelous” (com aquela vibe mezzo rock mezzo disco do fim dos anos 1970), “How Long” (lembrando a trilha sonora do icônico filme “Streets of Fire”), “Burn For Me” (a melhor delas, um rock eletrizante), “Chardonnay Nights” (o hit do disco!), “Amber Through A Window” (por causa do refrão certeiro!), “You Belong To Night” (um pop rock vintage de ritmo e melodias contagiantes), “Zodiac” (um dance rock de primeira), “White Jeans” (a típica música do Night Flight Orchestra) e “Reach Out” (bônus da edição nacional).
Mantendo a tradição e continuando o comentário feito para o disco anterior: se “Amber Galactic” (2017) tem o posto de melhor dos três primeiros álbuns da banda, “Sometimes The World Ain’t Enough” (2018) virou o melhor dos quatro! Já “Aeromantic” ganhou de todos os cinco e sua segunda parte manteve um honroso empate com a primeira!
Mais um excelente trabalho do Night Flight Orchestra!
Leia Mais:
- Night Flight Orchestra – “Aeromantic” (2020) | Resenha
- O que é Classic Rock? Discos Obrigatórios do Rock Clássico
- Night Flight Orchestra – “Amber Galactic” (2017) | Resenha
- The Night Flight Orchestra – “Skyline Whispers” (2015) | Resenha
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