Mutantes

Os Mutantes foram responsáveis por formatar a essência do rock tupiniquim, que misturava jazz, rock, MPB, música caipira e música clássica. O destaque maior ia para suas letras, tão inventivas, surrealistas e ousadas quanto as partes instrumentais.

Em seu nascedouro eram alicerçados na trinca formada pelos irmãos Baptista, Arnaldo e Sérgio, aliados a Rita Lee. Esta primeira formação registrou, entre 1968 e 1972, cinco álbuns dignos de reverência e clássicos absolutos do rock nacional.

Destacam-se nesta primeira etapa do conjunto os álbuns “Os Mutantes” (1968) e “A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado” (1970), que trazem pérolas do rock nacional como “Panis et circenses”, “Baby”, “Ave Gengis Khan” e “Ando meio desligado”, para citar apenas algumas.

Após a saída de Rita Lee, em 1972, os irmãos Baptista se uniram a Liminha e Dinho para praticar um rock progressivo nos moldes ingleses e sei de quem considera esta a fase mais significativa da banda, principalmente por causa do cultuado álbum “Tudo Foi Feito Pelo Sol” (1974), uma das maiores pérolas que o rock nacional produziu em sua maltratada existência.

Em 1978, após diversas formações e desentendimentos que culminaram com a saída de Arnaldo, os Mutantes encerraram as atividades com apenas Sérgio Dias da formação original, indo e voltando nas próximas décadas.

Inclusive, um dos grandes discos do rock nacional é “Loki” (1974), trabalho solo de Arnaldo Baptista, o primeiro disco solo lançado por ele e encabeçado pela brilhante “Será que Eu Vou Virar Bolor?”, e que apresentaria a Patrulha do Espaço, banda de apoio que acabaria se tornando uma das maiores bandas do rock nacional.

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