Classic Rock | Grandes Discos Ao Vivo do Rock Setentista: Parte 2

 

Nesta segunda parte da nossa lista dos grandes discos ao vivo da história  do rock setentista damos continuidade ao artigo onde indicamos clássicos de Rush, Slade, Rainbow, Aerosmith e UFO. Agora, vamos a mais cinco “petardos” registrados nos palcos da era dourada do classic rock. Afinal, uma verdade sobre o rock como estilo musical é que ele foi feito para ser experienciado ao vivo!

Vale lembrar que os overdubs só se tornariam um artifício mais praticável a partir da década de 1980. Até por isso, geralmente o que ouvimos em lançamentos clássicos ao vivo antes disto é o que realmente aconteceu, sem retoques e adições artificiais. Obviamente, existem exceções e nesta lista teremos um deles (não é senhor Rob Halford?). Outra exceção desta lista é que nela teremos um disco clássico do rock nacional.

Por fim, mas não menos importante para evitar confusões, vamos estabelecer onde, de fato, começa e termina a década de 1970. Conforme padronização da norma internacional para representação de data e hora da Organização Internacional de Padronização (ISO), a década de 1970, compreende o período de tempo entre 1 de janeiro de 1970 e 31 de dezembro de 1979.

Isso posto, vamos a mais cinco discos escolhidos dentre os clássicos discos ao vivo da história do rock. Lembrando que este é apenas o segundo de uma série de artigos sobre os melhores discos ao vivo do classic rock nos anos 1970.

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1. Judas Priest – “Unleashed in the East” (1979)

Certamente esse é o primeiro grande disco ao vivo do heavy metal e um dos discos mais pesados dessa lista! Além disso, ele traz um resumo perfeito da fase setentista do Judas Priest, antes de se tornarem os deuses do heavy metal em “British Steel” e ajudar a dar o pontapé inicial na NWOBHM.

O repertório é irrepreensível: “Sinner”, “The Green Manalishi”, “Diamonds ans Rust”, “Exciter” “Victim of Changes” são os pontos altos dos shows gravados em fevereiro de 1979, durante a turnê do álbum “Killing Machine”, batizado de “Hell Bent For Leather” nos Estados Unidos.

Os rumores de que muito do disco foi refeito em estúdio eram fortes, principalmente nos vocais de Rob Halford que estava gripado nos dias de shows. O que não diminui a importância deste que é o primeiro grande disco ao vivo do heavy metal.

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2. Queen – “Live Killers” (1979)

O Queen passou incólume e permeável por todas as transformações musicais do rockpop nos anos 1970. Abusou do visual glam rock, flertou com o heavy metal, se enamorou diversas vezes do rock progressivo e usou o groove da música negra norte-americana em suas diversas formas.

Tanto que foi na turnê do álbum “Jazz”  (1978) que foi gravado “Live Killers”, o primeiro disco ao vivo do Queen, gravado entre janeiro e março de 1979, trazendo uma banda mais faminta e engajada ao rock n’ roll lascivo do que ouviríamos em “Live Magic” (1986) ou em “Live at Wembley’ 86” (1992), por exemplo. Além disso, este ao vivo trazia uma versão de “Love of My Life” que se tornaria um sucesso estrondoso no Brasil.

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3. Cheap Trick – “At Budokan” (1978)

Os shows do Cheap Trick eram famosos pela energia e espontaneidade, mas ainda eram uma banda de abertura quando rumaram para o Japão em 1978. Graças ao contrato com a Sony/CBS, que obrigava as bandas do selo a gravarem seus show no Japão para lançamentos posteriores e exclusivos para o mercado japonês, que temos esse clássico em mãos hoje.

Com um repertório bem equilibrado e escolhido apenas dentre seus três ótimos primeiros discos de estúdio, o Cheap Trick conseguiu não só mudar de patamar, como ser dono de um dos mais emblemáticos discos ao vivo do rock. Tudo bem que as faixas escolhidas para o lançamento foram as mais comerciais, mas a energia trocada entre banda e público desfaz qualquer argumento contrário a essa afirmação.

4. EL&P – “In Concert” (1977)

O EL&P era uma das fatias mais grandiloquentes do rock no fim da década de 1970 e esse disco ao vivo é prova disso. Muitas vezes megalomaníaco, mas sempre brilhante, o trio levava para o palco uma orquestra para ajudá-los a registrar ao vivo peças como a obra-prima “Pictures at an Exhibition”, numa releitura de mais de quinze minutos da obra de Mussorgsky.

Além dessa, temos uma versão definitiva de  “C’est la Vie”, com Greg Lake ao violão e um concerto ao piano de Keith Emerson retirado do grandioso “Works Volume 1” e registrado no Estádio Olímpico de Montreal. “In Concert”, do EL&P, era o rock em seu ápice de requinte!

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5. Mutantes – “Ao Vivo” (1976)

O Mutantes ainda é a banda mais importante do rock brasileiro e este álbum ao vivo gravado no Rio de Janeiro em agosto de 1976 merece figurar nessa lista não só pela importância histórica. Porém, a banda que registrou esse disco já não era mais aquela que ajudou a impulsionar o rock brasileiro e a tropicália. 

Após a saída de Rita Lee em 1972, os irmãos Baptista se uniram a Liminha e Dinho para praticar um rock progressivo nos moldes ingleses e sei de quem considera esta a fase mais significativa da banda (como este que vos escreve), principalmente por causa do cultuado álbum “Tudo Foi Feito Pelo Sol” (1974), uma das maiores pérolas que o rock nacional produziu em sua maltratada existência. Vá atrás deste disco em caráter de urgência!

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