“Part of a Sick World” é o primeiro álbum de estúdio da banda alemã de thrash metal Surgical Strike.
Fundada em 1993, a banda entrou num hiato em 1996, e nesse ínterim lançou duas demo tapes.
O retorno das atividades ocorreu em 2014 e esse primeiro disco só veio após mais de duas décadas e meia da função do Surgical Strike.
Todavia, a missão permanece a mesma de antes: misturar o thrash metal alemão e o norte-americano da forma mais rápida, pura, pesada e contestadora possível.
Com essa carta de intensões não nos surpreende ouvir uma forma híbrida entre a nostalgia e a modernidade do thrash metal, muito bem produzida, mas sem deixar de ser brutal, intenso e faminto.
O grande trunfo do Surgical Strike reside no fato de conseguir ser uma banda agressiva e extrema, mas também dona de musicalidade coesa, enquanto se divide por faixas rápidas ou de cadências pesadas.
Também temos aqueles riffs primitivos e aquelas paradinhas precisas e empolgantes, guitarras incisivas e carregadas de técnica e versatilidade, vocal que alia brutalidade e atitude, além dos refrãos potentes.
As influências de Kreator e Destruction são notórias, assim como as do Exodus (nos vocais principalmente) e Megadeth, principalmente pela fúria primitiva e crua que inserem em faixas como “Failed State”, “Conspiracy”, “Below Zero” (com palhetadas mortais), “Lamb to the Slaughter” (com um groove empolgante no refrão), “Confrontation” e “Sorrow of War” (uma das melhores!)
No geral, as faixas são diretas, onde as facetas climáticas e atmosféricas não possuem espaço, pois a ideia é ser brutal e virtuoso ao mesmo tempo.
Apesar de algumas incursões mais lentas, elas estão ali servindo como alívios dinâmicos ou abrindo caminho para a pauleira comer solta na sequência, com solos em profusão, energia desmedida, grooves bem alocados e uma bateria que espanca os ouvidos impiedosamente!
Mesmo quando existe melodia ela é levada para o lado agressivo e extremo (como em “Dead End Gone”).
Inclusive, “Politicians” e “Part of a Sick World possuem um “q” de death metal melódico em alguns arranjos de guitarra.
A última faixa, “The Breed” tem até aquelas palhetadas que nunca viram riffs do black metal.
Por isso, percebemos que o tradicionalismo do estilo é renovado no ataque sonoro registrado em “Part of a Sick World”, principalmente pela produção brilhante e pelo timbre das guitarras, mas também pela forma de organizar suas músicas.
O abuso dos clichês é claramente utilizado não pela falta de criatividade, mas por assim desejarem os músicos e até por isso não podemos apontar tal observação com um problema do disco.
E apesar de ter um espirito oitentista, “Part of a Sick World” vem com mudanças bruscas nos andamentos, transpirando técnica e inteligência metálica, criando faixas nada lineares e que fervem o sangue nas veias dos fãs do estilo.
Esse disco foi lançado no Brasil via Hellion Records e vale cada segundo da sua atenção se você é fã de thrash metal!
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