Suicidal Angels: O Poder do Thrash Metal em ‘Sanctify The Darkness’

 

Em “Sanctify The Darkness” o Suicidal Angels mergulha de cabeça no caos do Thrash Metal. Este álbum é uma jornada intensa e envolvente, oferecendo riffs poderosos e mudanças de ritmo certeiras. Prepare-se para uma experiência sonora pesada e intensa enquanto exploramos este lançamento que solidificou a posição da banda no cenário do metal mundial.

Em "Sanctify The Darkness," o Suicidal Angels redefine o Thrash Metal grego, incorporando influências Blackened-Death e explorando novas dimensões sonoras. Analisamos cada aspecto deste álbum impactante que marcou uma transição crucial para a banda.

Lançado em 2009, “Sanctify The Darkness” é o segundo álbum do Suicidal Angels, consolidando sua presença no Thrash Metal. Originários da Grécia, a banda traz influências de Slayer, Kreator e Testament, entregando um poderoso Blackened-Death/Thrash Metal.

Este álbum, que foi relançado no Brasil em 2023 pela parceria entre os selos Shinigami Records e Nuclear Blast, é marcado por intensidade e fúria, revelando uma evolução em relação ao trabalho anterior, mas mantendo a agressividade característica que captura a essência do Thrash Metal Old School.

Suicidal Angels – Resenha de “Sanctify The Darkness” (2009)

Em "Sanctify The Darkness," o Suicidal Angels redefine o Thrash Metal grego, incorporando influências Blackened-Death e explorando novas dimensões sonoras. Analisamos cada aspecto deste álbum impactante que marcou uma transição crucial para a banda.
Suicidal Angels – “Sanctify The Darkness” (2009 – 2023, Shinigami Records, Nuclear Blast) – Explore o Thrash Metal grego agora mesmo!

No universo do Thrash Metal atual o Suicidal Angels destaca-se como um dos grandes nomes surgidos após a virada do milênio, tendo em “Sanctify The Darkness” seu álbum que desencadeou uma revolução em sua carreira após ser lançado em 2009.

Ao explorar as oito faixas de “Sanctify The Darkness”, somos imediatamente cativados pelos riffs brutais que são desfilados desde abertura certeira com “Bloodthirsty”.

O Suicidal Angels é oriunda da Grécia e carrega consigo toda a tradição obscura da cena black metal daqeule país, mesmo que seja totalmente devotada ao thrash metal old school. Neste sentido, cada uma de seus músicas demonstra uma abordagem direta, sem espaço para desdobramentos instrumentais prolongados e sem propósitos, ou solos excessivamente longos.

A fúria desenfreada, por vezes beirando o Death Metal, permeia cada explosão sonora, destacando o comprometimento com a brutalidade. Inicialmente, a sonoridade remete aos primeiros trabalhos do Slayer, especialmente através dos gritos viscerais de Nick e do ataque direto das guitarras.

No entanto, repetidas audições revelam uma profundidade surpreendente. Mudanças de andamento proporcionam momentos que se encaixam harmoniosamente entre a velocidade desenfreada, evidenciando uma maturidade musical para ir além da agressividade inicial sem perder a direção musical bem definida.

Além disso, “Sanctify The Darkness”, mostra como uma banda ainda jovem conseguia em seu segundo disco ter criatividade e maturidade suficientes para costurar referências óbvias de forma tão própria que não parecia um mimetismo do passado.

Ao longo do álbum, o Suicidal Angels transcende as fronteiras do Thrash Metal (onde temos inspirações óbvias em Slayer, Kreator e Testament), incorporando elementos de Black Metal, reminiscentes de bastiões do gênero como Bathory e Celtic Frost.

Faixas como “Inquisition” e “No More Than Illusion” exploram o groove, enquanto “Mourning of The Cursed” destaca um riff poderoso e o talento do baixista Angel. Contudo, a produção, seguindo os passos do Black e Death, por vezes deixa o baixo em segundo plano, o que incomoda aos ouvidos acostumados com os lançamentos atuais, com todos os instrumentos bem definidos.

A qualidade de produção, apesar de aprimorada em relação ao trabalhos anterior, ainda estava longe do que ouviríamos em “Dead Again” (2010) e “Division of Blood” (2016), seus dois melhores discos até o momento.

Apesar da mudança de abordagem em relação ao álbum anterior, “Eternal Domination”, em que a velocidade era o foco principal, “Sanctify The Darkness” se destaca pelos riffs simples e poderosos. Faixas como “Apokathilosis” e “Child Molester” encapsulam a essência do Thrash Metal, oferecendo uma intensidade que prende os ouvintes.

Entretanto, o que chama bastante a atenção é a forma com que o vocalista parece “sussurrar” (esta foi a melhor definição que encontrei) seus vocais agressivos ao longo das músicas. Este estilo, embora único, pode dividir opiniões, pois parece refletir uma abordagem mais contida em comparação com a entrega visceral dos instrumentos.

No que tange à performance dos músicos, as guitarras dão uma aula dos cânones do thrash metal, atualizando alguns deles para uma linguagem mais moderna, equanto o destaque negativo vai para a bateria que, embora furiosa, possui linhas muito previsíveis e lineares.

Destacando a simplicidade impressionante dos riffs em faixas como “Bloodthirsty”, “Apokathilosis”, e “Child Molester” posso dizer que “Sanctify The Darkness” cativa os ouvintes com uma intensidade e agressividade dignas do melhor Thrash Metal à moda antiga. Com isso, o Suicidal Angels demonstrava talento ao criar músicas memoráveis, mesmo que a escolha vocal peculiar e a produção impactem na impressão final da audição.

Resumindo

“Sanctify The Darkness” marca uma fase de transição para o Suicidal Angels, mantendo a essência do Thrash Metal, mas explorando novas dimensões sonoras. Apesar de algumas linhas vocais peculiares e os desafios na produção, a banda entrega um álbum que captura a energia e a brutalidade características do gênero. Uma obra que, mesmo após anos de seu lançamento, permanece como um destaque no cenário do Thrash Metal do novo milênio.

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