‘Summon Thy Demons’: A Ressurreição Thrash Metal do Mezzrow em 2023

 

O Mezzrow retorna após 30 anos com “Summon Thy Demons”, uma mostra da força do Thrash Metal sueco. Do longínquo álbum de estreia em 1990 à ressurreição em 2021, chegamos a um novo trabalho poderoso e atualizado em 2023. Explore a jornada única deste retorno triunfal em nossa análise completa.

"Summon Thy Demons" marca o retorno triunfal do Mezzrow após 30 anos, consolidando sua posição no cenário do Thrash Metal. Com uma fusão única de tradição e inovação, o álbum cativa os fãs antigos e conquista novos ouvintes. Explore cada faceta deste renascimento musical nesta análise completa.

O Mezzrow, ícone sueco do Thrash Metal, retorna com “Summon Thy Demons” após uma pausa de 30 anos. Reconhecidos pelo clássico cult do Thrash Metal intitulado “Then Came the Killing” (1990), a banda renasce em 2021, prometendo uma abordagem mais madura, sombria e ainda enraizada no puro Thrash Metal.

Com a formação renovada, o segundo álbum, “Summon Thy Demons”, chega como uma afirmação ousada da identidade do Mezzrow, que desafia algumas convenções do gênero. O disco foi lançado no Brasil pelo selo Shinigami Records em parceria com o selo Fireflash Records.

"Summon Thy Demons" marca o retorno triunfal do Mezzrow após 30 anos, consolidando sua posição no cenário do Thrash Metal. Com uma fusão única de tradição e inovação, o álbum cativa os fãs antigos e conquista novos ouvintes. Explore cada faceta deste renascimento musical nesta análise completa.
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Mezzrow – Resenha de “Summon Thy Demons” (2023)

O retorno do Mezzrow com “Summon Thy Demons” não é apenas uma reinserção na cena do Thrash Metal, mas um ressurgimento glorioso após três décadas de silêncio. A banda, que construiu sua reputação nas fitas demo “Frozen Soul” e “Cross of Tormention” nos anos 80, solidificou seu lugar na história do metal com o clássico álbum de estreia “Then Came the Killing” em 1990.

Esse hiato prolongado só aumentou a expectativa e a especulação em torno do novo lançamento após a reunião no início da década.

A formação renovada, liderada pelo baixista Conny Welén e pelo vocalista Uffe Pettersson, ao lado dos guitarristas Magnus Söderman e Ronnie Björnström, traz uma mistura única de experiência veterana e vitalidade contemporânea.

A promessa de um som “um pouco mais novo e atualizado, mais maduro e sombrio” é evidente desde os primeiros acordes de “Summon Thy Demons.”

A produção do álbum, a cargo de Conny Welén, Ronnie Björnström e Magnus Söderman, merece destaque. A mixagem e masterização realizadas pelo experiente Ronnie Björnström (conhecido por trabalhos com Meshuggah, Sorcerer, entre outros) proporcionam uma qualidade sonora impecável. Cada elemento musical é claramente definido, permitindo que a agressividade do thrash metal seja transmitida de maneira impactante.

A arte da capa, criada por Pär Olofsson, adiciona um elemento visual que complementa a intensidade sonora do álbum e das letras, afinal, algumas como “Beneath The Sea of Silence” e “Through The Eyes Of The Ancient Gods”, trazem referências diretas ao universo macabro de H. P. Lovecraft. Olofsson, renomado por suas capas de álbuns para bandas como Exodus, captura visualmente a essência sombria e poderosa do Mezzrow dentro deste universo literário.

O álbum inicia de maneira sólida, mesmo que a faixa de abertura possa parecer inicialmente menos empolgante do que o esperado para um disco de thrash metal. No entanto, é evidente que o Mezzrow está apenas aquecendo os motores.

Após a abertura com “King of the Infinite Void”, chega até nossos ouvidos a pedrada “Through the Eyes of the Ancient Gods”, que emerge como um destaque do disco, apresentando riffs afiados e dinâmicos, conduzindo a um refrão que se destaca pela sua força e determinação.

O núcleo do álbum, especialmente em faixas como “De Mysteriis Inmortui”, revela a força intrínseca do Mezzrow. O riff irregular e o fluxo excelente criam uma experiência que resgata a glória do thrash em minutos.

A já citada “Beneath the Sea of Silence” atinge seu ápice, combinando licks de guitarra envolventes com um refrão ameaçador, destacando-se, potencialmente, como o ponto alto do álbum.

Embora algumas sequências melódicas estejam fora do lugar comum do Thrash Metal, especialmente no final da faixa-título, o Mezzrow as mantém com a criatividade em alto ao longo da maior parte do trabalho.

Essas incursões melódicas, em vez de diluir a essência do thrash metal, adicionam uma camada de complexidade e maturidade ao som da banda. É uma escolha corajosa que demonstra a habilidade do Mezzrow de evoluir sem perder a raiz de sua identidade musical.

Antes do fim de nossa análise, cabe citar a faixa “What Is Dead May Never Die” que pode ser vista como o real único ponto fraco de “Summon Thy Demons”, com um refrão pouco inspirado e até mesmo diletante se formos mais rigorosos.

No entanto, mesmo em meio a algumas linhas melódicas menos convincentes, o Mezzrow não vacila nos riffs de guitarra.

Enfim, a banda celebra com sucesso seu retorno, mantendo a substância ao longo do álbum. “Dark Spirit Rising” é um exemplo claro, com sua energia contagiante e vocais com gritos de ordem ao melhor estilo hardcore no refrão, mostrando a vitalidade da banda.

O Mezzrow, em sua configuração de 2023, alcança um equilíbrio notável entre frescor e fidelidade à tradição. A combinação de energia natural, habilidades convincentes de composição e uma produção de alta qualidade oferece não apenas uma viagem nostálgica para os fãs antigos, mas também uma porta de entrada acessível para uma nova geração de ouvintes.

Este álbum é um testemunho da resiliência do thrash metal sueco e do impacto duradouro do Mezzrow. “Summon Thy Demons” não é apenas uma reunião, mas uma afirmação ousada de que o thrash está vivo, evoluindo e mais poderoso do que nunca.

Resumindo…

“Summon Thy Demons” consolida o retorno triunfal do Mezzrow, provando que o Thrash Metal pode resistir ao teste do tempo. Com uma mistura magistral de tradição e inovação, a banda oferece um álbum que não apenas atende às expectativas dos fãs antigos, mas também atrai novos seguidores pelo sopro renovador que cada composição traz pela atualização de alguns elementos e pela tangência em sub-gêneros do heavy metal adjacentes ao Thrash Metal. O legado do Mezzrow se reinventa em 2023, deixando uma marca indelével no cenário do metal.

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