SNOW | Banda catarinense responde nossas Se7e Perguntas

 

SNOW, banda catarinense de Stoner/Punk, participa de nossa seção SE7E PERGUNTAS, onde queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas.

FICHA TÉCNICA

NOME DA BANDA: SNOW

ESTILO: Sludge/Stoner/Punk

CIDADE/ESTADO: Florianópolis/SC

ANO DE FUNDAÇÃO: 2020

DISCOGRAFIA: Dois singles lançados em 2020 e o primeiro disco para 2021

Snow - Entrevista

ENTREVISTA

1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre a biografia da banda.

Rodrigo Neves: A SNOW foi criada por mim, Rodrigo Neves, como um projeto solo para expressar as minhas referências e loucuras musicais de forma mais descontraída. O projeto já vinha tomando forma há alguns anos.

Quando me mudei pra São Paulo em 2017, senti a falta de tocar com a banda (também toco na Tigersharks) e comecei a brincar de gravar algumas demos e me aventurar em produções caseiras.

Em um primeiro momento era a forma de mantermos o processo de composição da banda (eu gravando ideias, riffs, mandando pros caras, depois mudávamos algumas coisas, etc e assim íamos lapidando as novas músicas) mas depois de algum tempo eu comecei também a compor algumas músicas diferentes, que achava que tinham uma sonoridade mais puxada pro Sludge, Stoner e Doom que acabavam destoando muito do som da Tigersharks, e assim foi surgindo a ideia de montar um projeto solo chamado “SNOW“.

Porém, essa ideia ficou na gaveta por muito tempo, até que em 2020 em função da Pandemia vim morar em Florianópolis por algum tempo indeterminado e fiquei afastado da banda. Assim continuei gravando mais músicas e decidi lançar um disco da SNOW.

Quando fechei as oito músicas, liguei pro Andrez do Red Garage e expliquei a ideia, ele pirou e botamos de pé esse projeto.

2. Quais as principais influências da SNOW? Existem alguns nomes que indicariam como principais referências para a sonoridade que vocês praticam?

Rodrigo: Sem dúvida as influências gerais são Black Flag e Black Sabbath, mas é claro que tem outras misturas junto. A ideia sempre foi unir esses dois mundos musicais que eu tenho fascínio: O lado do punk/hardcore/crossover com o lado do Stoner/Sludge/Doom. Sendo assim, algumas referências que cito como importantes são Eyehategod, Corrosion of Conformity, JFA, Weekend Nachos, Orange Goblin, Fu manchu, Boris, The shrine, Melvins e por aí vai.

3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, vocês possuem algum posicionamento político ou ideológico?

Rodrigo: Não temos nenhum direcionamento específico, pegamos inspiração de tudo desde filmes, quadrinhos, livros, séries, cotidiano e política também, sempre tentando trazer humor ácido.

Temos músicas que tratam de assuntos políticos, algumas que fazem sátiras e piadas em relação a situação ridícula que vivemos hoje. Não consideramos a SNOW uma banda política, porém tudo é política então acho importante deixar claro que somos completamente contra toda essa onda conservadora fascista que infelizmente permeia nosso mundo hoje em dia. Acredito que não existe espaço pra lgbtfobia, racismo e qualquer outro tipo de preconceito no meio da música, principalmente dentro do punk e metal.

Se você é fascista, homofóbico, transfóbico, racista ou intolerante de qualquer forma, não escute nossa música, não foi feita pra você.

4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona o processo de composição?

Rodrigo: O processo é bem simples, eu tenho o costume de gravar tudo que crio. Tanto um riff que surgiu na minha mente ou uma ideia de letra. Tento sempre registar de alguma forma (áudio ou vídeo se for um riff ou melodia, escrever se for uma letra).

Então assim, consigo fazer ligações e unir a letra com a música. As vezes escrevo uma letra e olho nas gravações se tem alguma ideia de música que se encaixe e as vezes é o contrário, componho a música e depois tento ver se alguma letra pronta se encaixa.

E também tem vezes em que crio tudo do zero, escrevo a letra e já componho um riff pra ela e gravo tudo junto.

5. Qual das suas músicas ou discos você indicaria para alguém interessado em conhecer o som de vocês?

Rodrigo: Por enquanto temos o nosso primeiro single “Skate Fast Die Hard“ que já tá nas plataformas de streaming e também com um Lyric video no YouTube, que é um hino para andar de skate, direto e reto, tão simples quanto a mensagem que a música passa.

Logo, logo, no dia 18 de dezembro (N.E: a entrevista foi realizada no início de dezembro) sai o nosso segundo single “Escape From Brasil“ que já é uma música mais pesada sonoramente falando, e que faz uma crítica ao desgoverno atual e como foi ridícula sua atuação em relação a pandemia que vivemos, traçando um paralelo com o filme “Fuga de New York“ de John Carpenter.

6. Já existem metas de longo e médio prazo para a SNOW?

Rodrigo: A ideia é continuar compondo e gravando, lançaremos o nosso primeiro disco no início de 2021, mas já temos algumas composições para futuros lançamentos. Além disso temos o objetivo de lançar alguns clipes e aproveitar esse lançamento pra criar mais conteúdo no ano que vem. Por enquanto não temos previsão de quando poderemos fazer shows, mas assim que rolar a ideia é começar a tocar em tudo que é lugar hahaha.

7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.

Rodrigo: Ouçam as bandas que vocês gostam e apoiem elas, comprem merch, divulguem, comentem nos posts, curtam as fotos, ajudem da forma que puderem. Estamos passando por um momento bem complicado e várias bandas estão com muita dificuldade de continuar.

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Assessoria: Bruxa Verde Produções

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