Sinner – “Brotherhood” (2022) | Resenha

 

“Brotherhood” é o 20º álbum de estúdio da banda alemã de heavy metal Sinner, capitaneada pelo lendário Matt Sinner. O disco traz participações de Tom Englund, Ralf Scheepers e Ronnie Romero.

Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco que foi lançado no Brasil pela parceria entre os selos Atomic Fire e Shinigami Records.

"Brotherhood" é o 20º álbum de estúdio da banda alemã de heavy metal Sinner, capitaneada pelo baixista Matt Sinner. O disco traz participações de Tom Englund, Ralf Scheepers e Ronnie Romero.

Matt Sinner é um dos incansáveis e mais convictos soldados do heavy metal. Desde 1980 ele lidera o Sinner, banda alemã que tem no hard n’ heavy à moda teutônica a força do seu espírito. Nesta história longeva, “Brotherhood” chega três anos após “Santa Muerte” (2019), com a impressionante marca de vigésimo disco de estúdio da banda.

Atualmente, a formação do Sinner conta como o guitarrista Tom Naumann (na banda há 35 anos), o guitarrista Alex Scholpp e o baterista Markus Kullmann, além do próprio baixista e vocalista Matt Sinner. E o quarteto entrega exatamente aquilo que se espera deles, pois continua a musicalidade que vem sendo desenhada desde o interessante “Tequila Suicide” (2017), com riffs precisos e peso clássico.

Através de uma produção moderna à cargo do próprio Matt Sinner em parceria com Tom Naumann, o quarteto renova as virtudes desta musicalidade conhecida e bem marcada nestas quatro décadas de estrada, forjando mais onze músicas que carregam seu DNA e mais um cover inesperado para “When You Were Young”, da banda pop The Killers.

De saída, posso dizer que, pra mim, “Brotherhood” é um dos bons discos do Sinner, simplesmente pelo repertório que se equilibra na fronteira entre o hard rock e o heavy metal, sendo muito divertido, com poucos resquícios de elementos power metal do passado e até algumas bases trabalhadas nas possibilidades do blues.

Todavia, não espere nada de novo! A alma do Sinner está em Matt, que sempre foi o fio condutor da “filosofia” roqueira da banda ao longo dos anos: uma linguagem musical simples, incendiada por guitarras ora mais heavy metal, ora mais melódica, com muita força e adrenalina hard rock. Até por isso, trocam-se os músicos e pouco se altera na musicalidade da banda.

Porém, estas características não impedem que “Brotherhood” seja um álbum muito diversificado. Faixas como “My Scars” (com uma pegada que lembra o Metallica), “The Last Generation” (tem um tempero gótico envolvente), “The Man They Couldn’t Hang” (com passagens orquestradas) e “40 Days, 40 Nights” (com aquele bem vindo “q” de Thin Lizzy que sempre aparece nos discos do Sinner) são provas desta diversificação.

E neste sentido as linhas desfiladas pela dupla Tom Naumann e Alex Scholpp são as responsáveis por dinamizar e oxigenar as composições, revitalizando a proposta e não deixando-a datada. Pra mim, o único porém na música do Sinner continua sendo o vocal de Matt, que sempre me soa deslocado do contexto estílico da banda, algo que vem piorando com o passar dos anos.

Mesmo assim, a abertura com “Bulletproof” mostra que o Sinner quer destilar toda a sua influência de Judas Priest com força e velocidade, além de volume no máximo. “Brotherhood” continua determinado dentro das fronteiras do hard n’ heavy com a sequencia de riffs que conjuram “Reach Out” (que me lembrou o Saxon do disco “Dogs of War”) e “We Came to Rock”, além do peso cadenciado de “Refuse To Surrender”. 

Esta sequência inicial é a melhor parcela de “Brotherhood”, mostrando como o Sinner deu uma musculatura maior à sua sonoridade, soando mais determinada e vibrante. Até por isso, não seria exagero dizer que este disco do Sinner me lembrou da época de “Judgement Day” (1997) e “The Nature of Evil” (1998), por exemplo. Potencialmente, o melhor disco do Sinner desde o clássico “Crash & Burn” (2008).

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