Primal Fear – Resenha de “Apocalypse” (2018)

 

Primal Fear Apocalypse
Primal Fear: “Apocalypse” (2018 | Frontiers Music srl, Hellion Records) NOTA:9,0

O Primal Fear começou como um projeto de Matt Sinner, então baixista do Sinner, quando ele convidou Ralf Scheepers, que marcou o heavy metal em discos do Gamma Ray, para montar uma banda nas tradições alemãs do heavy metal, após o vocalista não ter sido o escolhido para substituir Rob Halford, no Judas Priest, mesmo que ele fosse a opção mais óbvia.

Isso já aconteceu há mais de duas décadas, e o que era um projeto virou uma banda com doze álbuns de estúdio, obtendo muito sucesso na Europa, Japão e América do Sul, tanto que se tornou a prioridade do próprio Matt Sinner, e muitos pensam primeiro no Primal Fear e depois no Gamma Ray quando falamos de Ralf Scheepers.

O Primal Fear vive nos dias atuais uma de suas melhores fases, com álbuns como “Delivering the Black” (2014), “Rulebreaker” (2016) e “Apocalypse” (2018), esse último, o mais recente disco da banda, construído por uma tormenta de guitarras cortantes, melódicas e fortes, como nos mostra a abertura rápida e certeira, “New Rise”, na mais pura essência da sonoridade da banda, assim como ouviremos em “Hail to Fear”, que seria uma espécie de abertura do lado B do disco, e no desfecho com “Cannonball”. 

“New Rise”, aliás, é um speed metal cheio de ganchos vibrantes e forjada no que há de mais puro no heavy metal, como no solo que ecoa todo o legado do Judas Priest. Eis um novo clássico do Primal Fear!

O Primal Fear zela por uma pureza e uma fidelidade ao metal clássico aqui marcadas na pesada “The Ritual” e na melódica e cadenciada “King of Madness” (com fortes esbarrões no hard rock, assim como na belíssima “Supernova”), que vem na sequência, mantendo o álbum num nível muito alto por uma dinâmica variada.

Claro que originalidade nunca foi um dos pontos fortes do Primal Fear. Afinal, em todos os seus lançamentos os moldes são os mesmos, sendo que até as capas parecem iguais em conceito e contexto.

Em contrapartida, por esta pouca variação, o nível é quase sempre alto!

Desde os primeiros álbuns o grupo mostrava que sua maior virtude seria a competência em criar o puro heavy metal, sem desvios bastardos. Aliando isso à técnica e ao feeling, se tornaram um dos maiores nomes do cenário metálico, praticando um excelente metal tradicional.

Porém, isto em nenhum momento é algo que torne o produto final menor, musicalmente falando.

Hoje o Primal Fear é uma banda poderosa com suas três guitarras que incansavelmente vão do power metal às pinceladas de hard rock, mostrando como, de fato, o heavy metal deve ser executado. 

Aliás, a introdução que empresta o título do álbum, com sua dramaticidade quase cinematográfica e real contexto no álbum, já prepara o ouvinte para essa orientação às guitarras de  “Apocalypse”. 

Os solos são puro heavy metal, o baixo de Matt Sinner (que também é o produtor do álbum) está sempre na cara, mas o vocal de Ralf Scheepers é, de longe, o maior destaque! 

O disco ainda nos traz “Blood Sweat & Fear” (essa lembrando demais o Judas Priest), “Hounds of Justice” (de longe a mais criativa, variada e moderna do disco, talvez sua grande composição), “The Beast” “The Eye of the Storm” (outro grande momento do disco, com detalhes orquestrados que amplificam seu aspecto épico) desfilando o que há de mais tradicional e puro no heavy metal, mesclando referências de Judas Priest (se tiver oportunidade, ouça a bonus track “Into the Fire”), Iron Maiden e Iced Earth.

Desde “Seven Seals” (2005) um disco do Primal Fear não me empolgava tanto!

Pensando bem, “Apocalypse” se equipara aos (já clássicos) discos “Black Sun” e “Nuclear Fire” e mostra que é possível variar o som dentro de sua essência.

TRACK LIST

1 Apocalypse
2 New Rise
3 The Ritual
4 King Of Madness
5 Blood, Sweat, & Fear
6 Supernova
7 Hail To The Fear
8 Hounds Of Justice
9 The Beast
10 Eye Of The Storm
11 Cannonball

FORMAÇÃO

Mat Sinner (baixo e backing vocals)
Tom Naumann (guitarra)
Ralf Scheepers (vocais)
Magnus Karlsson (guitarra e teclados)
Alex Beyrodt (guitarra)
Francesco Jovino (bateria)

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