Rock Nacional | Os 30 Melhores Discos do Post-Punk Brasileiro nos anos 80

 

Neste artigo queremos falar sobre o post-punk brasileiro e enumerar o melhores discos desta vertente pouco valorizada no nosso rock nacional.

Neste artigo queremos falar sobre o post-punk brasileiro e listar o melhores discos desta vertente do rock nacional oitentista.

Apesar do rock nacional não ter iniciado nos anos 1980, e sim na longínqua década de 1950, sempre estivemos defasados em relação ao que acontecia lá fora dentro das transformações do rock. Mas parte disso tem um lado bom, pois permitiu uma fusão de estilos tipicamente brasileiros ao rock que vinha importado para nós, como vimos neste artigo sobre o rock nacional antes dos anos 1980.

Um exemplo disso é que quando o rock via as primeiras bandas de hard rock heavy metal surgirem nos Estados Unidos e, principalmente, na Europa, nos primeiros anos da década de 1970, o Brasil estava em plena evolução da Tropicália. Outro exemplo é o punk que só foi explodir no Brasil por volta de 1980, com quase três anos de atraso da sua gênese estrangeira. Com o pós-punk (ou post-punk) não foi diferente.

O que é Pós-Punk?

A virada da década de 1970 para a de 1980 viu o surgimento de inúmeros novos estilos dentro do rock. Um deles foi o positive punk, que logo ficou conhecido como pos-punk, que na gênese não significava “após o punk”, mas que no Brasil ficou sendo usado desta forma. Os ingleses usam o termo post-punk, para referenciar o que surgiu após o punk. Apesar de hoje em dia os termos servirem quase como sinônimos.

Com suas raízes em meados da década de 1970, o pós-punk surgiu junto com a explosão inicial do punk rock no Reino Unido. Embora mantendo o foco do punk rock em eliminar o excesso, o pós-punk tende a dar mais importância à criação de uma atmosfera e geralmente tem composições mais complexas do que o punk rock.

Os músicos tendem a ser muito mais experimentais, muitas vezes incorporando influências de Dub, Funk, Krautrock, Art Rock, Música Experimental e Música Eletrônica. Ao contrário da New Wave, sua contraparte mais pop e colorida que surgiu na mesma época, o pós-punk geralmente lida com assuntos mais sérios, e tem como influências Velvet Underground, Leonard Cohen, Stooges, David Bowie, além de expressionismo e a cultura beatnick.

O termo pos-punk logo foi substituído por outros como darkwave, gothic rock death rock, pois era usado para encapsular bandas de musicalidades muito diversas. Até por isso, alguns historiadores dizem que o positive punk não foi exatamente um movimento, mas um termo provisório para encaixar bandas que não se enquadravam no punk rock, mesmo que viesse do ninho punk, como Warsaw (que se tornaria o Joy Division), Siouxsie and the Banshees, The Damned, Play Dead, Sex Gang Children, Death Cult, Alien Sex Fiend e Easycure (que viraria The Cure).

O Pós-Punk dentro do Rock Nacional

pos-punk chegou ao rock nacional misturado ao punk rock e à new wave, numa miscelânea de referências mais complicada de explicar do que sua versão gringa até que ficou melhor definido, mesmo que muito influenciado por bandas estrangeiras.

Indiscutivelmente, nomes como Joy Division, Bauhaus, The Cure e correlatos influenciaram muitas bandas nacionais de renome como Legião Urbana, Biquini Cavadão, Engenheiros do Hawaii, Ira!, Capital Inicial, Plebe Rude, dentre outras, em seus primeiros discos. Mas o pos-punk brasileiro foi, de fato, forjado no underground, afinal várias destas bandas mudaram suas bases musicais quando o sucesso começou a bater à porta.

O berço do pos-punk rock nacional foi a cena paulistana, impulsionada por locais lendários como Napalm, Madame Satã, Rose Bombom, Espaço Retrô, Carbono 14 e Treibhaus, que capturavam o clima de abertura do fim da ditadura militar e da censura cultural no Brasil.

Nomes como Vzyadoq Moe, Harry, Muzak, Cabine C, Maria Angélica, Mercenárias, Akira S & As Garotas que Erraram, Violeta de Outono, Smack, Nau e Fellini eram alguns dos principais nomes do pos-punk nacional, uma cena que foi muito forte entre 1982 e 1988, apesar de ter ficado mais restrita no underground se comparadas com aquelas que se dedicavam à new wave e ao pop/rock da mesma época.

Os 30 Melhores Discos do Post-Punk Rock Nacional.

Abaixo, temos uma lista com as principais bandas do pos-punk dentro do rock nacional e alguns registros importantes para compreender esta fatia riquíssima e pouco valorizada do nosso rock brasileiro.

  1. Plebe Rude – “O concreto já rachou” (1985)
  2. Legião Urbana – “Legião Urbana” (1985)
  3. A Gota Suspensa – “A Gota Suspensa” (1983)
  4. Fellini – “O adeus de Fellini” (1985)
  5. Voluntários da Pátria – “Voluntários da Pátria” (1984)
  6. Azul 29 – “Metrópole / Olhar” (single de 1983)
  7. Cabine C – “Fósforos de Oxford” (1986)
  8. Mercenárias – “Cadê as armas?” (1986)
  9. Nau – “Nau” (1986)
  10. Violeta de Outono – “Violeta de Outono” (1987)
  11. Kafka – “Musikanervosa” (1987)
  12. 365 – “365” (1987)
  13. DeFalla – “Defalla (Papaparty)” (1987)
  14. Harry – “Fairy Tales” (1988)
  15. Replicantes – “O futuro é vórtex” (1986)
  16. Smack – “Ao vivo no Mosh” (1985)
  17. Akira S & As Garotas Que Erraram – “Akira S & As Garotas Que Erraram” (1987)
  18. Tokyo – “Humanos” (1985)
  19. Varsóvia – “Varsóvia” (1987)
  20. Vzyadoq Moe – “O ápice” (1988)
  21. Ethiopia – “Ethiopia” (1986)
  22. Hojerizah – “Hojerizah” (1987)
  23. Picassos Falsos – “Picassos Falsos” (1987)
  24. Black Future – “Eu sou o Rio” (1988)
  25. Arte no Escuro – “Arte no Escuro” (1988)
  26. Finis Africae – “Finis Africae” (1987)
  27. Zero – “Passos no escuro” (1985)
  28. O Último Número – “O Strip-Tease da Alma” (1986)
  29. Sexo Explícito – “Combustível para o fogo” (1989)
  30. Agentss – “Angra / Agentss” (single de 1981)

Ofertas de Discos do Post-Punk Rock Nacional:

  1. Legião Urbana – “Legião Urbana” [Disco de Vinil]
  2. Violeta de Outono – “Violeta de Outono” [CD Digipack]
  3. Os Replicantes – “Os Replicantes” [CD Nacional]
  4. 365 – “O Destino” [CD Nacional]

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