Toxic Holocaust – Resenha de “Primal Future: 2019” (2019)

 

A banda Toxic Holocaust, liderada por Joel Grind, ataca novamente com mais um petardo, “Primal Future: 2019”, construído à base de urgência e postura punk rock mesclada ao peso e velocidade do thrash metal. 

Ou seja, esse sexto álbum de estúdio do Toxic Holocaust é mais uma amostra do quão empolgante e viciante pode ser o crossover.

Foram seis anos de hiato desde o lançamento de “Chemistry of Consciousness” (2013), e a banda chegou a ficar parada por um tempo após lançarem o single “Life is a Lie” em 2014.

O que só aumenta a curiosidade por saber o que ele preparou após esse tempo, ainda mais quando o Toxic Holocaust se apresenta novamente como uma one-man-band. 

Exatamente! Assim como em seus três primeiros três discos, “Evil Never Dies” (2003), “Hell on Earth” (2005) e “An Overdose of Death…” (2008), Joel Grind toca todos os instrumentos em “Primal Future: 2019”, além de também produzir e masterizar o disco.

Mais do-it-yourself que isso só, impossível!

Toxic Holocaust - Primal Future 2019 (2019, Hellion Records)
Toxic Holocaust – “Primal Future: 2019” (2019, Hellion Records)

A pegada old-school destas dez faixas que tomam menos de quarenta minutos de duração nos faz lembrar não apenas de seus primeiros discos, mas nos leva diretamente para os anos 1980, quando as primeiras fusões de thrash metal com punk/hardcore eram feitas.

Joel é muito inteligente ao usar os clichês como requisitos obrigatórios de um manual de regras do estilo, preenchendo os espaços com detalhes responsáveis por conferir identidade e oxigenar a musicalidade direta e incisiva.

Ele mostra que tem domínio pleno da fórmula em momentos mais cadenciados como na faixa “New World Beyond”, “Controlled by Fear”, “Cybernetic War” (com sua vibe NWOBHM) ou em “Primal Future”, a melhor do disco.

A boa dinâmica entre peso, velocidade, melodia e temática, envolve o ouvinte e nos faz ter a certeza de que o uso dos clichês não se dá pela falta de criatividade, mas por assim desejar Joel Grind.

Desta forma, por entre refrões imperativos, solos cortantes, cozinha vibrante, riffs com ganchos insanos vemos alguns esbarrões em algo mais extremo, pois suas influências de thrash metal advindas de Sodom (confira “Aftermath”), Destruction, Slayer, Metallica (fase-“Kill em’ All”) e Violator, principalmente, parecem intersectar bandas que extrapolam o estilo, como Bathory e Hellhammer (em “Deafened by the Roar”, por exemplo), mas com produção excelente.

Nesse âmbito, faixas como “Chemical Warlords”“Black out the Code”, “Time’s Edge” e “Iron Cage” são ótimas pedidas pra quem quer sair das bandas canônicas e seus discos clássicos, mas ainda ter aquela vibração old-school (ou seja, pesada, rápida e suja) intacta.

Afinal, tudo aqui te lembra da época em que as bandas só se importavam em tocar o mais alto, pesado e rápido que conseguissem.

Thrash metal pra quem gosta dele rápido, iracundo e com alma punk.

FAIXAS:

1. Chemical Warlords
2. Black Out the Code
3. New World Beyond
4. Deafened by the Roar
5. Time’s Edge
6. Primal Future
7. Iron Cage
8. Controlled by Fear
9. Aftermath
10. Cybernetic War

FORMAÇÃO

Joel Grind (vocais, guitarra, baixo e bateria)

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